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Médicos pedem legalização da Canábis Medicinal em Carta Aberta

Mais de 135 pessoas, na sua maioria profissionais de saúde, entre os quais médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos clínicos e pacientes, defendem a legalização da canábis para fins medicinais, numa carta aberta enviada ao Governo e publicada nos meios de comunicação social. Veja aqui a versão integral com todas as assinaturas. Carta Aberta — Canábis para Fins […]

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Mais de 135 pessoas, na sua maioria profissionais de saúde, entre os quais médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos clínicos e pacientes, defendem a legalização da canábis para fins medicinais, numa carta aberta enviada ao Governo e publicada nos meios de comunicação social.

Veja aqui a versão integral com todas as assinaturas.

Carta Aberta — Canábis para Fins Medicinais

A planta da cannabis tem inúmeros efeitos medicinais que podem e devem ser colocados ao serviço das pessoas.

A investigação científica tem revelado dados consistentes e sistemáticos sobre os efeitos benéficos desta planta no controlo da dor, na regulação do apetite, no controlo de sintomas associados a doenças neuromusculares, no tratamento do glaucoma, na diminuição dos efeitos secundários negativos que resultam de tratamentos oncológicos, entre muitas outras situações.

Perante a evidência científica e os benefícios da utilização da cannabis para fins medicinais, muitos países já legalizaram a prescrição médica e dispensa desta planta, substâncias e preparações derivadas, entre eles o Canadá, a Alemanha, a Holanda, a Itália, a República Checa, vários estados dos Estados Unidos da América, a Dinamarca, a Argentina, o México ou o Uruguai.

Nestes países, a cannabis pode ser utilizada pelos médicos como uma ferramenta terapêutica eficaz e segura e está disponível e acessível aos doentes. Infelizmente, esta ainda não é uma realidade em Portugal, pelo que consideramos ser necessário legalizar a cannabis para fins medicinais no nosso país.

A legalização permitiria o acesso à cannabis, em condições reguladas e com garantia de qualidade e segurança, por parte dos milhares de doentes que dela poderiam beneficiar. A legalização permitiria a melhoria da qualidade de vida dessas muitas pessoas e um maior e melhor acesso ao tratamento mais adequado ao seu estado de saúde.

Por tudo isto, consideramos que a legalização da cannabis para fins medicinais deve avançar rapidamente e tornar-se uma realidade em Portugal. É uma medida eficaz e segura, baseada em evidência científica e na experiência internacional, que irá acrescentar uma opção importante ao arsenal terapêutico disponível para as situações em causa.

Apelamos aos vários partidos políticos representados na Assembleia da República para que tornem esta medida possível.

Signatários:

Adriana Curado – psicóloga no In Mouraria | Adriana Lopera – enfermeira | Afonso Moreira – médico interno de saúde pública | Alda Sousa – docente no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar | Alexandra Camilo – psicóloga clínica | Alexandra Oliveira – psicóloga e professora universitária | Alfredo Frade – médico psiquiatra | Amândio Desport Coelho – médico dentista | Ana Alexandra – psicóloga clínica| Ana do Vale – investigadora do IBMC/i3S | Ana Matos Pires – médica psiquiatra | Ana Montrond – técnica no projeto Intendente | Ana Paula Caetano – técnica superior de Serviço Social | Ana Raquel Lira – psicóloga | André Beja – enfermeiro e investigador em políticas de saúde | André Faustino – Médico | Andreia Nisa – jurista, coordenadora de projetos na APDES |António Manuel da Silva – enfermeiro do Médicos do Mundo | António Rodrigues – médico especialista em medicina geral e familiar | Bruno Maia – médico neurologista | Carla Frazão – DICAD na ARSLVT, especialista em comportamentos aditivos e dependências | Carla Isabel Paixão – enfermeira | Carlos Poiares – advogado e professor de psicologia criminal | Cátia Bragança – psicóloga clínica | Cristina Guerreiro – médica de ginecologia e obstetrícia | Daniel Simões – psicólogo e coordenador da Rede de Rastreio Comunitária | Diana Santos – psicóloga clínica | Diana Silva – socióloga, estudante de psicologia | Diogo Gaivoto – enfermeiro | Edite Spencer – médica de família | Estela Nogueira – médica nefrologista | Eurico Figueiredo – professor catedrático de Psiquiatria e Saúde Mental |Fabrícia Silva – socióloga, mestre em Desenvolvimento e Políticas Sociais | Fátima Marras – enfermeira | Fernanda Lopes – enfermeira especialista em saúde mental e psiquiatria | Filipe Couto Mendes – médico interno de psiquiatria | Filipe Gonçalves – fisioterapeuta | Francisco Antunes – médico infeciologista | Gilberto Couto – médico gastroenterologista | Guida Ascenção – psicóloga clínica | Francisca Marques de Jesus – enfermeira do Médicos do Mundo | Frederico Gustavo Pereira – investigador | Helena Peixoto – pessoa com doença e utilizadora de canábis para fins terapêuticos | Henrique Barros – médico e presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto | Inês Correia – enfermeira no projeto Move-se | Iva Desport-Coelho – enfermeira e mestranda em psicologia clínica | Jennifer Santos – médica | Jesus Rojas – médico | Joana Barroco – enfermeira | Joana Barros – psicóloga | Joana Canedo – trabalha em advocacy e políticas públicas na APDES | Joana Coutinho – enfermeira | Joana Fernandes – enfermeira Médicos do Mundo | Joana Pereira – técnica de Redução de Riscos e Minimização de Danos | Joana Pires – estudante de enfermagem | Joana Sanches – enfermeira no In Mouraria | Joana Santos – médica | Joana Silva Coelho – psicopedagoga | Joana Vilares – assistente social | João Bettencourt Relvas – neurocientista | João Lavinha – ex-presidente do Instituto Ricardo Jorge | João Miguel Baía – enfermeiro | João Santa Maria – pessoa com VIH, utilizador de canábis para fins terapêuticos | João Semedo – médico | Jorge Espírito Santo – médico oncologista | Josefa N. S. Pandeirada – Investigadora na área da Psicologia | José Almeida – médico internista | José Aranda da Silva – farmacêutico, primeiro presidente do Infarmed | José Manuel Boavida – médico endocrinologista | José Maria Moreira – engenheiro biomédico e investigador | Juliana Louceiro – técnica superior de Educação | Júlio Esteves – pessoa com epilepsia e utilizador de canábis para fins terapêuticos | Kevin Oliveira – enfermeiro de Psiquiatria | Leonor Castro Lemos – psicóloga e coordenadora da equipa de rua GIRUSetúbal | Luís Anselmo – psicólogo | Luís Fernandes – psicólogo, docente universitário e investigador na área das drogas | Luís Mendão – presidente do GAT | Luís Rhodes Baião – farmacêutico | Luís Veríssimo – técnico comunitário no CheckpointLx |Lurdes Rodrigues – psicóloga clínica | Manuel Abecassis – médico interno | Maria Carmo Carvalho – psicóloga, investigadora e docente do ensino superior | Maria da Purificação dos Anjos – psicóloga especialista em comportamento de uso e abuso de substâncias psicoativas | Maria Fernanda Ventura – Associação de Mulheres com Patologia Mamária | Maria João Brás – pessoa com doença e técnica de rastreio no projeto Move-se | Maria João Cosme – psicóloga clínica | Maria José Campos – médica internista | Mariana Oliveira – psicóloga | Marília Costa – técnica de Serviço Social | Mário Durval – médico de saúde pública | Mário Gonçalves – psicólogo estagiário | Mário Martins – médico de saúde pública | Marisa Miraldo – professora catedrática, economista na área da saúde | Marta Borges – assistente social | Marta Maia – antropóloga | Miguel Correia – enfermeiro | Miguel Rocha – enfermeiro saúde comunitária CheckpointLx | Mónica Pereira Soares – investigadora e psicóloga | Mónica Sousa – Neurocientista IBMC/i3S, Universidade do Porto | Nuno Rodrigo Matias – psicólogo | Patrícia António Brilhante – psicóloga clínica | Paulo Anjos – assistente social e presidente da Associação Existências | Paula Frango – psicóloga | Paulo Fidalgo – médico | Pedro Alves Andrade – paraplégico e utilizador de canábis para fins medicinais | Pedro Daniel Ferreira – psicólogo e professor do ensino superior | Pedro La Féria – médico internista | Pedro Marques Catita – psicólogo clínico | Pedro Neves Mota – arquiteto, fundador da Portuguese Psychedelic Society | Raquel Guidi Rebel – técnica superior de Educação Social | Ricardo Fuertes – psicólogo | Rita de Aires – psicóloga do comportamento desviante | Rita Faísca – infeciologista | Rosa Freitas – técnica coordenadora do Espaço Intendente | Rui Coimbra – psicólogo especialista em Psicologia Comunitária | Rui Machado – psicólogo | Rui Moreno – diretor da Unidade de Cuidados Intensivos Neurocríticos do Hospital de S. José | Sandra Vieira Cóias – psicóloga clínica | Sara Emanuela da Silva – psicóloga forense | Sara Ferreira – médica especialista em medicina geral e familiar | Sara Prates – Presidente da Dravet Portugal | Sebastião Torres – médico psiquiatra | Sérgio Rodrigues – educador de pares na APDES | Sérgio Vitorino – ativista e consumidor para fins terapêuticos | Sofia Crisóstomo – farmacêutica | Susana Andrade – assistente social nos Cuidados de Saúde Primários |Susana Rojão – psicóloga clínica | Tânia Silva – educadora social | Teresa Castro – assistente social no projeto IN-Mouraria | Teresa Sousa – criminóloga e coordenadora de Equipa de Rua de RRMD | Teresa Summavielle – Investigadora e docente do ensino superior, diretora do laboratório “Biologia da Adição” no I3S Porto | Tiago Sá – médico | Victor Mateus – Vice-Presidente da Dravet Portugal | Vítor Amorim Rodrigues – médico psiquiatra, professor universitário | Ximene Rego – investigadora na APDES/RECI e na FPCEUP
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Foto de destaque: DR

 

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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]

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