Cânhamo
EUA: Relatório questiona viabilidade económica do Cânhamo Industrial

Um relatório publicado no Boletim de Investigação Económica do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que resume o desenvolvimento do sector industrial de cânhamo, revela falta de optimismo em relação ao futuro. O documento caracteriza o cânhamo como uma “cultura especial” e observa que “é difícil imaginar uma procura por hectares para cultivo de cânhamo industrial que corresponda à procura por hectares para cultivar milho ou soja para alimentação animal ou humana.”
A análise de 77 páginas foi publicada em Fevereiro de 2020 num boletim do USDA intitulado de “Viabilidade Económica do Cânhamo Industrial nos Estados Unidos: Uma Revisão dos Programas Pilotos do Estado”.
Projectos piloto ‘bem-sucedidos’
Apesar de o relatório observar que os programas piloto de cânhamo criados sob o projeto de lei agrícola dos EUA de 2014 foram “bem-sucedidos”, principalmente na recuperação da cultura do cânhamo como uma colheita agrícola viável, o relatório conclui que “alguns desafios apareceram no momento de transição das produções para além daquilo que são os programas piloto.”
“Enquanto o número de hectares plantados e os participantes da indústria de cânhamo industrial dos EUA aumentaram rapidamente nos programas piloto, e neste momento que o cultivo de cânhamo é permitido legalmente em quase todos os estados, as tendências a longo prazo para o cânhamo industrial dos EUA são incertas”, diz o relatório do Serviço de Investigação Económica do USDA.
O relatório admite, no entanto, que “o recente crescimento rápido do sector alternativo de alimentos protéicos vegetais mostra alguma possibilidade de uma cultura de ‘especialidade’ se tornar repentinamente um sector de mercado em crescimento”.
Os desafios
Noutros desafios descritos no relatório, os autores escreveram que a viabilidade económica a longo prazo do cânhamo industrial nos Estados Unidos será afectada por:
• A disponibilidade de dados confiáveis e transparentes, além de pesquisas e informações de mercado revistas por pares;
• Competição pela área cultivada com culturas convencionais e canábis (medicinal ou recreativa);
• Concorrentes estrangeiros bem estabelecidos para os mercados de produtos de cânhamo;
• A capacidade de diminuir a incerteza de produção e preço por meio da transparência e da gestão de riscos.
“Os próximos anos deverão ter uma resolução das questões legais e regulamentares que restringem a produção de cânhamo nos Estados Unidos e serão as importações, a procura do consumidor, a produção doméstica e as exportações que irão ditar o crescimento e o tamanho do mercado a longo prazo”, conclui o relatório.
Pode ler o relatório na íntegra abaixo ou descarregá-lo aqui:
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Foto de Destaque: Esteban Lopez on Unsplash
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Sou um dos directores do CannaReporter, que fundei em conjunto com a Laura Ramos. Sou natural da inigualável Ilha da Madeira, onde resido actualmente. Enquanto estive em Lisboa na FCUL a estudar Engenharia Física, envolvi-me no panorama nacional do cânhamo e canábis tendo participado em várias associações, algumas das quais, ainda integro. Acompanho a industria mundial e sobretudo os avanços legislativos relativos às diversas utilizações da canábis.
Posso ser contactado pelo email joao.costa@cannareporter.eu
