Internacional
Líbano aprova canábis medicinal para tentar sair da crise

Numa tentativa de recuperar da crise em que mergulhou com o Coronavírus, o Líbano aprovou o cultivo de canábis para fins medicinais e industriais, anunciou a Reuters. A nova legislação entrou em vigor esta semana, numa altura em que a libra libanesa desvalorizou 50 por cento em relação ao dólar desde Janeiro, a maior queda da sua história.
A produção legal de canábis poderá gerar cerca de mil milhões de dólares por ano de receita na economia, segundo estudos prévios da consultora McKinsey. A planta é cultivada, ilegalmente, há mais de 100 anos no Vale do Bekaa, no leste do país, perto da fronteira com a Síria, mas o Líbano pretende atrair agora investimento estrangeiro para produzir legalmente e revitalizar a economia.
Segundo as Nações Unidas, o Líbano é um dos cinco maiores produtores mundiais de canábis. A planta costuma seguir para a Síria, que há quase dez anos está imersa numa guerra civil, a Jordânia e outros países da região.Com a legalização, o governo libanês acredita que poderá ajudar a suprir a procura mundial por canábis, mais voltada para o uso medicinal e industrial, e não recreativo.
A decisão do Parlamento foi “realmente motivada por motivos económicos, nada mais”, disse à Reuters Alain Aoun, um deputado do Movimento Patriótico Livre, fundado pelo presidente Michel Aoun. “Temos reservas morais e sociais, mas hoje existe a necessidade de ajudar a economia de qualquer maneira”, afirmou. O único partido que votou contra a aprovação foi o Hezbollah.
Muitos países do Oriente Médio foram apanhados de surpresa com a notícia. Em geral, o consumo de bebidas alcoólicas e substâncias ilícitas é considerada uma grave transgressão aos preceitos religiosos. “O mais incrível é a medida ter passado no Parlamento libanês, que conta com vários membros do Hezbollah, um grupo xiita bastante conservador”, diz o fotógrafo Kareem Azhour, de 35 anos. Em Maio de 2019, o grupo proibiu a realização do desfile Gay Pride em Beirute.
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Imagem de destaque: The Greenfund.com
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra, Laura Ramos tem uma pós-graduação em Fotografia e é Jornalista desde 1998. Vencedora dos Prémios Business of Cannabis na categoria "Jornalista do Ano 2024", Laura foi correspondente do Jornal de Notícias em Roma, Itália, e Assessora de Imprensa no Gabinete da Ministra da Educação do XXI Governo Português. Tem uma certificação internacional em Permacultura (PDC) e criou o arquivo fotográfico de street-art “O que diz Lisboa?” @saywhatlisbon. Co-fundadora e Editora do CannaReporter® e coordenadora da PTMC - Portugal Medical Cannabis, Laura realizou o documentário “Pacientes” em 2018 e integrou o steering group da primeira Pós-Graduação em GxP’s para Canábis Medicinal em Portugal, em parceria com o Laboratório Militar e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
