Desporto
NBA suspende testes de doping a canábis

A NBA – National Basketball Association – vai suspender os testes aleatórios de canábis na temporada de 2020-21, após ter firmado um acordo com a NBPA – National Basketball Players Association, confirmaram a NBC Sports e a Forbes. A temporada de 72 jogos da NBA começa a 22 de Dezembro.
“Devido às circunstâncias pouco comuns, em conjunto com a pandemia, concordámos com a NBPA suspender os testes aleatórios de canábis para a temporada de 2020-21 e focar o nosso programa de testes aleatórios em produtos para melhorar o desempenho e drogas de abuso”, disse o porta-voz da NBA, Mike Bass. Apenas testes “com causa” serão efectuados, como infratores que falharam anteriormente nos testes de drogas.
Em entrevista publicada na GQ na sexta-feira, Michele Roberts, directora executiva da NBPA, disse: “Não vamos expor os nossos jogadores a riscos desnecessários… E não é necessário saber se os nossos jogadores testam positivo para canábis.” A canábis continua, no entanto, a ser uma substância proibida na NBA, de acordo com o actual acordo colectivo de trabalho, mas tudo indica que estas regras vão ser amenizadas no futuro..

As diferentes ligas desportivas dos Estados Unidos da América estão a deixar de testar os jogadores para canábis. Foto: The Fresh Toast
Ligas de Baseball, Hockey e Futebol americano já tinham aliviado o controlo sobre canábis
A NBA não é a primeira liga a reverter as restrições à canábis. A NFL – National Football League deixou de testar os seus jogadores a canábis em Abril deste ano, enquanto que a MLB – Major League Baseball já tinha removido a canábis da sua lista de “drogas de abuso” em Dezembro de 2019.
Em vez de penalizar os utilizadores de canábis, a MLB mudou para uma postura mais agressiva em relação aos opióides. A mudança ocorreu após a morte do jogador do Los Angeles Angels, Tyler Skaggs, de 27 anos, a 1 de Julho. A autópsia revelou que Skaggs morreu engasgado no próprio vómito depois de ter ingerido álcool e altos níveis de opióides, entre os quais Fentanil, Oxicodona e Oximorfona.
Também a NHL – National Hockey League deixou de punir os jogadores positivos a canábis, apesar de ainda exigir testes de drogas aleatórios.
NBA não deverá voltar a testar jogadores em 2022
John Hollinger, redactor sénior da NBA, referiu que este acordo “não era nada inesperado, visto que o teste também foi suspenso durante a conclusão da temporada 2019-20 em Orlando, mas a liga precisava cimentar a sua política para a próxima temporada. O obstáculo logístico de implementar uma política e a popularidade da mudança entre os jogadores sempre fizeram deste um resultado provável”, disse.
Hollinger confessou ainda que “agora que o génio saiu da garrafa, vai ser difícil enfiá-lo de volta”. A inclusão do teste de canábis na política de drogas da liga sempre foi uma questão polémica com a NBPA e sua continuação não estaria de acordo com as recentes mudanças legais que descriminalizaram o seu uso em vários Estados onde as equipas da NBA jogam.
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Foto de Destaque: D.R. – Kannabia
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra, Laura Ramos tem uma pós-graduação em Fotografia e é Jornalista desde 1998. Vencedora dos Prémios Business of Cannabis na categoria "Jornalista do Ano 2024", Laura foi correspondente do Jornal de Notícias em Roma, Itália, e Assessora de Imprensa no Gabinete da Ministra da Educação. Tem uma certificação internacional em Permacultura (PDC) e criou o arquivo fotográfico de street-art “O que diz Lisboa?” @saywhatlisbon. Co-fundadora e Editora do CannaReporter® e directora de programa da PTMC - Portugal Medical Cannabis, Laura realizou o documentário “Pacientes” em 2018 e integrou o steering group da primeira Pós-Graduação em GxP’s para Canábis Medicinal em Portugal, em parceria com o Laboratório Militar e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
