Um agricultor português que cultivava cânhamo industrial foi detido esta manhã, perto de Estremoz, no distrito de Évora, durante uma operação da GNR (Guarda Nacional Republicana). A Associação do Cânhamo Industrial, CannaCasa, repudia esta diligência e critica a DGAV (Direcção Geral de Alimentação e Veterinária).
A brigada da GNR de Évora procedeu à detenção do agricultor, tendo igualmente destruído toda a sua produção de cânhamo industrial. Segundo o que o Cannareporter conseguiu apurar, foram também apreendidos o telemóvel e o computador do agricultor, não tendo sido ainda possível apurar as circunstâncias que determinaram a detenção.
A CannaCasa — Associação do Cânhamo Industrial, já repudiou esta acção das autoridades e criticou a postura pouco flexível da DGAV. “Trata-se de um agricultor de cânhamo industrial que é associado da CannaCasa e que esteve presente nos protestos quando os agricultores se juntaram em frente à DGAV para exigir um desbloqueio burocrático e manifestar as suas preocupações com os prejuízos decorrentes de a DGAV não autorizar os cultivos anuais a tempo da época de sementeira”.
O agricultor ficará detido durante a noite e será ouvido pelo juiz de instrução durante o dia de amanhã, quarta-feira. O CannaReporter contactou a GNR de Évora, mas não conseguiu, ainda, falar com o oficial de serviço nem obter mais informações sobre esta detenção.
Esta não é a primeira vez que a GNR efectua apreensões de plantações de cânhamo industrial. A confusão entre canábis e cânhamo tem sido recorrente, não só em Portugal. Em Espanha, a polícia teve recentemente formação para aprender a distinguir o cânhamo da canábis, noticiou a Cannadouro Magazine.