Internacional
Reino Unido avança com ensaios clínicos com Sativex em pacientes com tumores cerebrais

Um ensaio de larga escala no Reino Unido, o primeiro do mundo de acordo com o The Guardian, vai analisar se o spray oral de canábis Sativex consegue prolongar a vida de doentes com glioblastoma, uma forma agressiva de tumor cerebral. Esta segunda fase do estudo envolve 15 hospitais do NHS (Serviço Nacional de Saúde britânico) espalhados pelo país e tem início previsto para o início do próximo ano.
A Universidade de Leeds, responsável pelo estudo, concluiu, na primeira fase, que o uso do Sativex, um spray oral que contém THC e CBD, em conjunto com a quimioterapia, pode prolongar a vida de pacientes com glioblastomas, tumores cerebrais graves, com uma taxa de sobrevivência reduzida. A média de esperança de vida após o diagnóstico é de 10 meses, e apenas 5% atinge os cinco anos de sobrevivência.
Como vai funcionar?
A instituição responsável por financiar o estudo, a Brain Tumor Charity, vai recrutar cerca de 230 pacientes de 15 hospitais e clínicas inglesas. Dois terços vão receber Sativex em conjunto com a quimioterapia e um terço vai fazer a quimioterapia e placebo. Este novo estudo está a ser coordenado pela unidade de ensaios clínicos da Cancer Research UK, na Universidade de Birmingham.
Susan Short, investigadora principal do estudo e Professora de Oncologia Clínica e Neuro-Oncologia na Universidade de Leeds, disse, ao CannabisHealth que os “gliomas mostraram ter receptores para canabinóides nas suas superfícies celulares e estudos em laboratório de células de glioma mostraram que essas substâncias podem retardar o crescimento do tumor e funcionar particularmente bem quando usadas com temozolomida [um princípio activo de quimioterapia]”.
As conclusões da primeira fase do estudo, que envolveu 27 pacientes, foram publicadas em Fevereiro deste ano na Nature. O principal objectivo foi perceber se era seguro administrar o Sativex em conjunto com o temozolomida, medicamento usado na quimioterapia.
Esta não é a primeira vez que se testam os resultados dos canabinóides em tumores cerebrais. Ethan Russo e Manuel Guzmán, que estiveram em Portugal como oradores da conferência PTMC – Portugal Medical Cannabis, já tinham descrito o potencial dos canabinóides em gliomas, entre outras patologias.
Os principais efeitos secundários da primeira fase do ensaio foram vómitos, tonturas, náuseas, fadiga e dores de cabeça. Em relação ao tempo de vida, 83% dos indivíduos a utilizar Sativex viveram por mais um ano, bem como 44% dos que estavam no grupo de placebo. Dois pacientes que estavam em placebo morreram nos primeiros 40 dias do ensaio.
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