Um dos fundadores da cooperativa Lusicanna e agricultor que se dedica ao cultivo de cânhamo industrial, Hugo Monteiro, foi ontem detido pela GNR em Serpa, no distrito de Beja. O Cannareporter sabe que Hugo Monteiro, um dos agricultores que tem criticado a actuação e os atrasos da DGAV, já tinha enviado três vezes o pedido com o formulário e respectivo pagamento das taxas para a atribuição da autorização de cultivo de cânhamo para fins industriais, mas até à data ainda não a tinha obtido.
Ao telefone, o Capitão Pestana, do Comando Territorial de Beja, confirmou a detenção de Hugo Monteiro, no seguimento de “um patrulhamento normal, em que foi detectada uma plantação de canábis”, ontem, dia 9 de Setembro, e que o agricultor se encontra detido e a aguardar ser ouvido por um juiz ainda hoje. O mesmo agente referiu não ter certeza se se trata de canábis ou de cânhamo, mas afirmou que o pedido do agricultor à DGAV tinha sido “indeferido”. O comunicado de Imprensa encontra-se a aguardar autorização superior e deverá ser enviado ainda hoje.
Vários agricultores admitiram já ter cultivado cânhamo por “deferimento tácito”, uma vez que as respostas da DGAV podem levar meses e a época de sementeira ocorre entre Abril e Maio, no máximo. Após este período será demasiado tarde para cultivar e perde-se todo um ano de colheita. Um dos casos recentes e idênticos ao de Hugo foi o de Barry McCullough, que foi detido a 28 de Julho, acusado de tráfico de estupefacientes. Na altura, a GNR admitiu não conseguir distinguir cânhamo de canábis e remeteu para o Laboratório de Polícia Científica.
O Cannareporter falou com alguns agricultores que estão a cultivar cânhamo actualmente em Portugal, que se mostraram indignados, pois acreditam que “é a própria DGAV que está a denunciar os agricultores a quem não foi atribuída ainda a autorização à GNR”. Dizem ainda estar a sofrer “uma perseguição sem precedentes” e acusam a DGAV de “incompetência” e “bloqueio” desta cultura.
O Cannareporter contactou a DGAV e o Gabinete da Ministra da Agricultura, que pediram que quaisquer questões fossem remetidas por e-mail.
A Lusicanna, fundada em 2018, é uma cooperativa que pretende re-introduzir o cânhamo industrial em Portugal. No seu site, diz que acredita que “o cânhamo é uma cultura com enorme potencial, que pode ajudar agricultores em todo o país” e a “revitalizar a economia das áreas rurais”.
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