Nacional
Portugal: 84% usa canábis para aliviar stress e relaxar, 40% para ansiedade e depressão

A esmagadora maioria de uma amostra de 3188 pessoas que utilizam canábis afirma utilizá-la para reduzir o stress e relaxar (84%), enquanto que 60% diz que o faz para se divertir ou melhorar a qualidade do sono (52%). Cerca de 40% garante que a canábis ajuda a tratar a ansiedade ou a depressão e mais de 75% dos utilizadores que responderam ao inquérito concorda plenamente que consumir canábis devia ser legal.
Os dados foram publicados na sequência de um inquérito do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência em cerca de 30 países europeus, entre os quais Portugal, através do SICAD – Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências.
O inquérito decorreu online entre Março e Maio de 2021, destinou-se a maiores de 18 anos e teve como principal objectivo aprofundar o conhecimento sobre os padrões de utilização de substâncias ilícitas, visando uma melhor adequação das políticas públicas. Responderam ao questionário 3188 pessoas.
Benefícios na saúde e no bem-estar são os principais motivos para o consumo
Além das utilizações mais frequentes acima referidas, os inquiridos disseram utilizar canábis também para socializar (36%), para melhorar o desempenho escolar, académico ou profissional (21%), para reduzir dores ou inflamações (15%) ou apenas para experimentar (3%).
O estudo revela ainda que três quartos dos inquiridos concordam completamente com a legalização do consumo de canábis, sendo que 25% concorda em grande medida.
De acordo com o inquérito, 3019 consumiram canábis ilegal (95%) e 614 consumiram “canábis legal” (19%), que o próprio estudo define como “produtos de CBD e/ou de baixo teor de THC, comercializados em lojas). Apenas 2 inquiridos consumiram canábis prescrita por um médico, o que equivale a 0,1% dos inquiridos.
Usualmente, 95% faz “charros” para consumir a canábis herbácea, sendo que 2,5% usa vaporizador, 1,2% usa cachimbo de água, 0,7% usa cachimbo seco 0,6% utiliza canábis na comida.
Dos inquiridos, 88% disse consumir canábis herbácea (ou erva), 64% a resina (ou haxixe), 15% ingeriu produtos comestíveis e 9% óleo ou extracto de canábis.
Veja os resultados completos do inquérito aqui:
https://www.sicad.pt/BK/Documents/Can%C3%A1bis%20em%20Portugal%20Inqu%C3%A9rito%20Online%20Europeu%20sobre%20Drogas%202021.pdf
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra, Laura Ramos tem uma pós-graduação em Fotografia e é Jornalista desde 1998. Vencedora dos Prémios Business of Cannabis na categoria "Jornalista do Ano 2024", Laura foi correspondente do Jornal de Notícias em Roma, Itália, e Assessora de Imprensa no Gabinete da Ministra da Educação. Tem uma certificação internacional em Permacultura (PDC) e criou o arquivo fotográfico de street-art “O que diz Lisboa?” @saywhatlisbon. Co-fundadora e Editora do CannaReporter® e directora de programa da PTMC - Portugal Medical Cannabis, Laura realizou o documentário “Pacientes” em 2018 e integrou o steering group da primeira Pós-Graduação em GxP’s para Canábis Medicinal em Portugal, em parceria com o Laboratório Militar e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
