Internacional
CBD no Reino Unido: Um processo “controverso, caro e árduo”, mas necessário para “limpar a indústria”, diz ACI

A ACI – Association for the Cannabinoid Industry, que representa vários dos grandes players da indústria de CBD (canabidiol) no Reino Unido, diz que a limitação da venda de CBD apenas às empresas com uma permissão emitida pela FSA – Food Standards Agency, é “um processo controverso, caro e árduo”. No entanto, serve para “limpar” a indústria, que “precisa desesperadamente disso”. As declarações foram dadas em exclusivo ao Cannareporter pela Directora de Inovação da ACI, Leila Simpson, que alertou para a desconfiança dos consumidores em relação aos produtos contendo CBD.
“Os britânicos adoram CBD – somos o segundo maior mercado mundial depois dos Estados Unidos da América (EUA), já ultrapassando os mercados de vitamina C e vitamina D combinados e avaliados em 2021 em 690 milhões de libras. No entanto, esta é a ponta do iceberg, pois numa pesquisa no final de 2019, descobrimos que 48% da população do Reino Unido compraria CBD, se estivesse num ambiente mais regulamentado”.
A desconfiança dos consumidores reflecte bastante os padrões da indústria até este ponto. “Embora existam muitas empresas de CBD a trabalhar genuinamente, com óptimos padrões (e tenho o prazer de representar algumas delas na ACI), a verdade é que existem produtos sem nenhum padrão ou garantia de qualidade”, alerta Leila Simpson.
Em 2019, o The Times, em parceria com a ACI, publicou um artigo sobre o CBD existente nas prateleiras da segunda maior rede de farmácias do país e concluiu, entre outros, que:
- 11 dos 29 produtos continham substâncias controladas;
- 11 dos 29 tinham menos de 50% do CBD anunciado no rótulo;
- Um produto de CBD à venda por 90 libras continha 0% de CBD;
Leila Simpson diz que esta é uma situação preocupante, principalmente quando se trata de produtos que depois são ingeridos pelos consumidores: “Quando pensamos no consumidor final e por que motivo ele estará a consumir CBD, essa é uma situação extremamente preocupante e uma perda para o sector por conta de erros recorrentes. Este estudo foi repetido em 2020 com resultados muito semelhantes, pois na altura não havia incentivo para que os players do sector mudassem”.
A ACI espera agora que o processo “Novel Foods” da FSA ajude a garantir que o CBD à venda no Reino Unido seja realmente o que diz no rótulo. “Espera-se que haja, pelo menos, planos para gerar dados de segurança robustos que sejam verificados pela FSA. Tudo isso permitirá que a indústria atinja o seu potencial e o futuro do CBD no Reino Unido está prestes a mudar drasticamente”.
A indústria de CBD no Reino Unido aguarda agora, “com a respiração suspensa”, a publicação da lista das empresas com permissão para vender CBD. Estima-se que mais de 80% das marcas de CBD venham a ser banidas do mercado britânico nas próximas semanas.
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra, Laura Ramos tem uma pós-graduação em Fotografia e é Jornalista desde 1998. Vencedora dos Prémios Business of Cannabis na categoria "Jornalista do Ano 2024", Laura foi correspondente do Jornal de Notícias em Roma, Itália, e Assessora de Imprensa no Gabinete da Ministra da Educação. Tem uma certificação internacional em Permacultura (PDC) e criou o arquivo fotográfico de street-art “O que diz Lisboa?” @saywhatlisbon. Co-fundadora e Editora do CannaReporter® e directora de programa da PTMC - Portugal Medical Cannabis, Laura realizou o documentário “Pacientes” em 2018 e integrou o steering group da primeira Pós-Graduação em GxP’s para Canábis Medicinal em Portugal, em parceria com o Laboratório Militar e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
