O Ministro da Saúde Pública da Tailândia, Anutin Charnvirakul, surpreendeu, mais uma vez, o mundo, ao anunciar que quer oferecer um milhão de plantas de canábis aos tailandeses, quando o cultivo doméstico e o uso da planta forem legalizados no país, já no próximo mês de Junho. Num post do Facebook, o Ministro garantiu que os habitantes da Tailândia vão poder cultivar “quantas plantas de canábis quiserem” nas suas próprias casas, desde que seja para fins medicinais, e o registo oficial não será necessário para o auto-cultivo.
As plantas a cultivar terão de ser de grau medicinal e usadas apenas para fins medicinais, anunciou Anutin, que aproveitou para descrever também os benefícios do cultivo comercial para o país.
O Ministro da Saúde tailandês tem sido um grande defensor do acesso à canábis
Actualmente, é legal que as empresas registadas na Tailândia vendam produtos de cânhamo, com menos de 0,2% de THC (tetrahidrocanabinol), mas, com as novas regras, as pessoas poderão operar negócios e empresas relacionadas com a canábis.
“Isso permitirá que as pessoas e o governo giram mais de 10 mil milhões de Baht (cerca de 276 mil euros) por ano em receitas com canábis e cânhamo”, afirmou. “Enquanto isso, as pessoas podem mostrar os seus produtos e sabedoria relacionados com a canábis e o cânhamo e vender os seus produtos em todo o país”.
Anutin acrescentou que empresários e empresas podem competir livremente no mercado de canábis da Tailândia, pois não haverá concessões. Os pequenos vendedores não precisam de se registar na Food and Drug Administration (FDA) do país. “No entanto, grandes empresas do sector da canábis deverão solicitar permissão para operar à FDA”, acrescentou.
Os defensores locais da canábis expressaram esperança de que a flexibilização das leis sobre a canábis possa impulsionar a recuperação económica da Tailândia após a crise da Covid-19. A Tailândia tornou-se no primeiro país do Sudeste Asiático a legalizar a canábis medicinal em 2018.
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