O Município de Nova Iorque anunciou que os agentes da NYPD – New York Police Department – vão deixar de ser testados para o uso de canábis, avançou o New York Post. No entanto, e apesar de, inicialmente, o departamento ter divulgado uma declaração a dizer que iriam parar com os testes, rapidamente a vieram rectificar, informando que iriam ainda analisar e reflectir melhor sobre a ordem dada pelo Município. De acordo com um porta-voz da NYPD, o departamento “continuará a administrar rastreios de canábis ao seu pessoal”, mas apenas quando “houver indicação de incapacidade”.
O New York Post obteve um memorando do próprio comissário adjunto dos assuntos legais da NYPD, datado de 11 de Julho, onde afirmava “começando imediatamente, o departamento só deve testar um membro ao serviço para o uso de canábis se houver suspeita razoável de que o membro é prejudicado pelo consumo de canábis no trabalho”. A polícia de Nova Iorque emitiu mais tarde uma carta a todos os comandos que diziam que os polícias “não estão autorizados a usar canábis dentro ou fora de serviço”.
Anteriormente a esta ordem do Município Nova Iorquino, um agente da polícia seria automaticamente despedido se o seu teste de canábis fosse positivo, um processo referido como sendo “doled out” na gíria da polícia norte-americana.
Medida não reúne consenso entre os agentes
No entanto, nem todos os membros do famoso departamento policial aceitaram a possível alteração a esta regra de bom grado. “Não concordo nada com isso, mas sou um polícia antigo”, disse um polícia com décadas de trabalho. “Penso que dá um mau exemplo. O que se segue, injectar heroína”?
“Tudo isto é para pessoas que não conseguem entrar na academia porque o teste de marijuana dá positivo”, disse outro agente. “Suponho que se vai voltar a contratar todas as pessoas que foram já excluídas? Este departamento está a descer a pique. O que acontece se a pessoa dispara e mata alguém e se descobre que a mesma estava pedrada com canábis?”
Um polícia de Manhattan com mais de duas décadas de serviço concordou com a nova decisão e acrescentou que acreditava que a polícia de Nova Iorque estava a fazer a mudança para padrões mais baixos, de forma a que mais candidatos pudessem ser contratados para compensar o recente aumento de aposentações no departamento.