Cânhamo
EIHA realiza estudo de tolerabilidade ao THC do cânhamo em Portugal

Se está em Portugal e vive no Porto poderá ser um dos 400 seleccionados para um estudo de avaliação de tolerabilidade ao THC residual proveniente de formulações de cânhamo industrial. A Associação Europeia de Cânhamo Industrial (EIHA) está a promover o ensaio no âmbito dos processos de submissão do CBD como “novo alimento” à União Europeia (UE) e uma clínica do Porto foi a escolhida para o fazer. A informação foi confirmada ao Cannareporter por Lorenza Romanese, Managing Partner da EIHA.
A EIHA está a progredir nos pedidos de “novo alimento” à UE, com as formulações de espectro completo a apresentarem mais desafios ao consórcio. São necessários ensaios para comprovar que o CBD proveniente do cânhamo industrial pode, finalmente, figurar como um ingrediente alimentar, nomeadamente estudos que comprovem a ausência de toxicidade do CBD e a tolerabilidade ao THC presente no cânhamo em proporções residuais.
Em 2019, a EIHA avançou para o mercado dos novos alimentos com a submissão de um pedido para utilizar o CBD (canabidiol) como alimento nos produtos para consumo na UE. Lorenza Romanese confirmou esta semana ao Cannareporter que a EIHA tem de realizar um estudo de tolerabilidade ao THC e que a EIHA escolheu uma clínica do Porto para o fazer.
Espectro completo tem mais desafios na submissão como “novel food”
Lorenza Romanese disse ao Cannareporter que a EIHA “recolheu os dados e descreveu os processos de acordo com as informações enviadas pelos seus membros”. Relativamente às submissões da EIHA (uma para formulações de CBD de espectro completo, outra para formulações com CBD isolado derivado de cânhamo e outra para CBD sintético), a porta-voz do grupo assume que “são os produtos de espectro completo que apresentam mais desafios em termos de submissão”. Relativamente ao CBD isolado, estas questões não se colocam porque “é um ingrediente”.
Lorenza Romanese partilhou alguns detalhes relativamente ao ensaio que decorrerá no Porto: acolherá 400 pessoas e decorrerá numa instituição de saúde particular. Os 400 participantes serão divididos em quatro grupos, num estudo com a duração de 30 dias. O recrutamento será realizado “com base em amostras de sangue e outras análises”, sendo que os participantes no estudo têm que ser ‘saudáveis’, de acordo com alguns parâmetros de saúde.
O Consórcio da EIHA em resposta ao regime Novel Food
O regime relativo aos novos alimentos, no qual foram enquadrados o cânhamo e outros canabinóides, é um extenso procedimento relativamente à avaliação da segurança alimentar dos produtos, alimentos e ingredientes que, segundo a UE, não têm um historial significativo de consumo no passado (antes de 1997). Apesar de serem permitidos os alimentos com cânhamo, nomeadamente com sementes de cânhamo ou outras partes da planta, os canabinóides derivados do cânhamo, nomeadamente o CBD proveniente de cânhamo industrial, é considerado um novo alimento pela UE.
A EIHA juntou os esforços de vários associados por toda a Europa e, em 2019, reuniu 3,5 milhões de euros para submeter um pedido para o CBD derivado do cânhamo como novo alimento. Os vários associados da EIHA que decidiram integrar o consórcio contribuíram “com 15 mil euros, através de um regime de pagamentos parcelado durante 3 anos”, que Lorenza considera “muito justo”. O estudo sobre o THC estava “projectado desde o primeiro dia”, de acordo com Romanese.
Através deste consórcio, a EIHA pretende que o cânhamo industrial possa expandir-se, incluindo o CBD derivado de cânhamo industrial como ingrediente alimentar. Os vários participantes neste consórcio gozarão de 5 anos de protecção sobre a propriedade intelectual, podendo comercializar produtos com base nos produtos testados e aprovados no pedido realizado.
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Sou um dos directores do CannaReporter, que fundei em conjunto com a Laura Ramos. Sou natural da inigualável Ilha da Madeira, onde resido actualmente. Enquanto estive em Lisboa na FCUL a estudar Engenharia Física, envolvi-me no panorama nacional do cânhamo e canábis tendo participado em várias associações, algumas das quais, ainda integro. Acompanho a industria mundial e sobretudo os avanços legislativos relativos às diversas utilizações da canábis.
Posso ser contactado pelo email joao.costa@cannareporter.eu
