Cânhamo
ONU destaca potencial económico e social do cânhamo industrial

O cânhamo industrial é o grande destaque da 16ª publicação da série “Commodities at a Glance”, um relatório publicado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD). O documento enaltece o papel do cânhamo industrial na economia e na sociedade e recomenda aos governos medidas claras de distinção do cânhamo industrial da canábis, pedindo que promovam igualmente a utilização integral da planta. O mercado global de cânhamo pode atingir os 18 mil milhões de euros até 2027.
O sector do cânhamo industrial foi, mais uma vez, reconhecido pelo seu potencial, crescimento e aplicações mas também, e fundamentalmente, por tudo aquilo que ainda está por fazer, revela um novo documento da ONU (Organização das Nações Unidas). O relatório publicado pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) explica como os países em desenvolvimento podem explorar o potencial económico e social do cânhamo e como estes se reflectem nas estatísticas internacionais de produção e comércio.
Com base nas experiências práticas actuais e no conhecimento empírico, a ONU sugere passos que podem ser dados pelos países onde o clima e as características agronómicas são favoráveis ao seu cultivo, a fim de explorar de forma plena o potencial do cânhamo industrial. Um exemplo específico de medidas é a distinção positiva do status legal do cânhamo, que o diferencie claramente da ‘canábis intoxicante’. Sensibilização semelhante é referida quanto à estratégia de desenvolvimento sectorial, que deve centrar-se em explorar a planta integralmente. Essa abordagem pode contribuir para a criação de cadeias produtivas que contribuam para o crescimento das áreas rurais, da manufactura e da indústria de processamento de alimentos, para um sector que projecta um crescimento de 5 para 15 mil milhões de euros em 5 anos.
Contando com a participação e colaboração de Francesco Mirizzi e Kenzi Riboulet-Zemouli, além de comentários de Lorenza Romanese, da Associação Europeia do Cânhamo Industrial, o relatório está organizado em 6 capítulos.
Capítulo 1: Introdução
Capítulo 2: Apresenta as definições e taxonomia relacionadas com a espécie Cannabis L., seguidas de uma descrição das suas propriedades botânicas e características ecológicas. O capítulo termina com uma avaliação dos tratados internacionais que regulam a produção industrial de cânhamo.
Capítulo 3: Discute a cadeia de valor do sector do cânhamo industrial. Descreve as opções de produção e as restrições que os principais produtores enfrentam. Seguidamente, analisa os possíveis desafios e oportunidades para os processadores. Por fim, o capítulo analisa o efeito das preferências dos consumidores e sua evolução nas tendências do mercado.
Capítulo 4: Apresenta alguns factos e números sobre a produção de cânhamo, seguidos de informações relacionadas com o comércio internacional de produtos de cânhamo. A última secção discute tarifas e nomenclaturas relacionadas com o comércio de cânhamo.
Capítulo 5: Discute os preços dos produtos industriais de cânhamo, com base em valores unitários comerciais e preços publicados pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e várias outras fontes.
Capítulo 6: Destaca questões políticas a serem consideradas pelos governos para promover o desenvolvimento do cânhamo industrial.
O relatório apresenta ainda Portugal como o terceiro maior importador de fibra de cânhamo na Europa (proveniente maioritariamente da China e da Tunísia), ao lado da Itália, que é o maior exportador da Europa. Portugal foi dos primeiros a exportar cânhamo para o Canadá, no entanto, de momento, as quantidades exportadas não têm expressão.
As matérias primas são produtos derivados da produção agrícola ou da produção mineral que ainda não foram transformados: produtos agrícolas, bebidas tropicais, energia, minerais, minérios e metais. A série “Commodities at a Glance” (resumo sobre as matérias primas, tradução livre) visa recolher, apresentar e divulgar informações estatísticas precisas e relevantes relacionadas com os mercados internacionais de matérias primas primárias, num formato claro, conciso e de fácil leitura.
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Sou um dos directores do CannaReporter, que fundei em conjunto com a Laura Ramos. Sou natural da inigualável Ilha da Madeira, onde resido actualmente. Enquanto estive em Lisboa na FCUL a estudar Engenharia Física, envolvi-me no panorama nacional do cânhamo e canábis tendo participado em várias associações, algumas das quais, ainda integro. Acompanho a industria mundial e sobretudo os avanços legislativos relativos às diversas utilizações da canábis.
Posso ser contactado pelo email joao.costa@cannareporter.eu
