Saúde
Espanha: Estudo não encontra declínio na saúde dos consumidores regulares de canábis
Um estudo realizado por investigadores do Centro Internacional de Educação, Investigação e Serviço Etnobotânico (ICEERS), em Espanha, liderado por José Carlos Bouso, descobriu que os consumidores regulares de canábis não registam um declínio na sua saúde, quando comparados com a população em geral. O estudo, publicado na revista Cannabis and Cannabinoid Research, foi o primeiro do seu género a avaliar o impacto do consumo regular de canábis na saúde pública em Espanha, que tem a terceira maior taxa de consumo de canábis na Europa.
A equipa de investigação, composta por membros do Centro Internacional de Educação, Investigação e Serviço Etnobotânico (ICEERS) e do Departamento de Psicologia Biológica e da Saúde da Universidade Autónoma de Madrid, desenvolveu um questionário baseado no Inquérito Catalão de Saúde Pública para recolher informações de 419 consumidores regulares de canábis na região da Catalunha, em Espanha. Os dados foram recolhidos entre 2019 e 2022 e incluíam informação socio-demográfica, saúde geral e mental, estilo de vida, apoio social e o consumo de álcool, tabaco e outras substâncias.
O estudo concluiu que a saúde geral dos consumidores regulares de canábis é comparável ou melhor do que a da população em geral. Os consumidores de canábis tiveram melhores resultados na percepção positiva da saúde e índice de massa corporal, e reportaram menos problemas com colesterol, pressão arterial, doenças crónicas, limitações físicas, e depressão. Além disso, os consumidores de canábis reportaram consumir metade da quantidade de álcool como população geral, e 30% da amostra foi capaz de parar de tomar medicamentos prescritos enquanto usava canábis.
Embora o estudo tenha constatado que os consumidores de canábis tinham notas mais baixas do que a população em geral quando se tratava de indicadores de sono, as provas existentes também apontaram para uma melhor qualidade de sono nos consumidores de canábis para fins medicinais. Os autores do estudo sugerem a inclusão de artigos relacionados com a canábis em inquéritos nacionais de saúde, de forma a fornecer dados valiosos para apoiar o debate público sobre a sua regulamentação.
José Carlos Bouso, o principal investigador do estudo, afirmou: “O consumo de canábis é estigmatizado porque a planta é considerada prejudicial à saúde pública, mas nunca houve um estudo real sobre o seu impacto, com base em indicadores de saúde pública. Esta é a primeira vez que um estudo deste tipo é realizado. Os resultados destinam-se a ajudar a orientar as decisões políticas sobre a regulamentação da canábis”.
____________________________________________________________________________________________________
[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
O que fazes com 3€ por mês? Torna-te um dos nossos Patronos! Se acreditas que o Jornalismo independente sobre canábis é necessário, subscreve um dos níveis da nossa conta no Patreon e terás acesso a brindes únicos e conteúdos exclusivos. Se formos muitos, com pouco fazemos a diferença!
Com formação profissional em desenho técnico CAD (2D e 3D), João Xabregas é activista e defensor de todos os usos e aplicações da canábis. Encontrou e entrou no mundo canábico ainda durante os seus tempos de juventude, onde ganhou especial interesse pelo cultivo da planta, o que o levou a uma jornada de auto-aprendizagem pelo mundo da canábis que ainda continua nos dias de hoje. As suas aventuras ligadas ao cultivo de canábis iniciaram-se com o mesmo objectivo de muitos outros: poder garantir a qualidade e eliminar quaisquer possíveis riscos para a sua saúde daquilo que consumia, bem como evitar quaisquer tipos de dependências do mercado ilícito. No entanto, rapidamente passou a encarar o mundo da canábis e tudo o que a ela diz respeito com um olhar bastante diferente. Assume a enorme paixão que nutre pela planta mais perseguida do mundo e sobre a qual está sempre disposto a escrever e a ter uma boa conversa.