Internacional
EUA: Estudo esclarece a forma de interacção do HHC e os métodos de sintetização mais seguros

Um estudo recente realizado por investigadores da Universidade da Califórnia — (UCLA), nos Estados Unidos da América (EUA), acaba de fornecer novos dados sobre a forma como o hexa-hidrocanabinol (HHC) interage com os receptores no organismo, sugerindo ainda métodos mais seguros para o sintetizar. O HHC é um canabinóide que está a ganhar popularidade nos mercados recreativos de canábis dos EUA e da Europa, mas não sem alguns riscos associados à sua utilização.
O HHC pertence a um grupo de compostos denominados canabinóides intoxicantes derivados do cânhamo (IHDC), juntamente com o mais conhecido Delta-8 THC. Estes IHDCs são substâncias psicoactivas derivadas da planta de canábis e podem ocorrer naturalmente ou ser sintetizados a partir de outros canabinóides, nomeadamente o CBD extraído do cânhamo, de forma a contornar as zonas cinzentas da lei e assim serem considerados “legais”.
Apesar do conhecimento limitado sobre o HHC e os seus efeitos no corpo humano, as pesquisas online e as vendas de produtos com HHC estão a aumentar rapidamente. O composto foi já identificado em mais de 20 países europeus, o que levou alguns países a considerarem regulamentos mais rigorosos sobre a sua utilização.
Produtos com HHC disponíveis no mercado são “inconsistentes”
Neste novo estudo, investigadores da Universidade da Califórnia — (UCLA) efectuaram uma avaliação exaustiva da eficácia com que o HHC se liga aos receptores no corpo humano. Os produtos de HHC disponíveis no mercado contêm normalmente uma mistura de dois isómeros diferentes da molécula de HHC, o (9R)-HHC e o (9S)-HHC.
A investigação revelou que embora ambos os isómeros se liguem aos mesmos receptores canabinóides que o Delta-9 THC, apenas um dos isómeros, o (9R)-HHC, apresenta uma capacidade de ligação comparável à do THC, sugerindo assim que apenas este tem efeitos semelhantes aos do Delta-9 THC.
O autor principal do estudo, Neil Garg, que é professor de Química e Bioquímica na UCLA, explicou que, embora estes compostos tenham sido testados em animais, faltavam os ensaios fundamentais de ligação de cada isómero. O professor salientou a necessidade da realização de mais investigação neste campo em evolução para compreender melhor estes compostos. O estudo também destacou a inconsistência dos produtos HHC disponíveis para os consumidores.
Novos métodos, mais seguros, para sintetizar o HHC
A maioria dos HHC disponíveis no mercado é sintetizada a partir de THC obtido com origem no cânhamo, através da conversão de CBD em THC, nomeadamente o Delta-8 THC, que passa por um processo denominado hidrogenação catalítica. Este método produz ambos os isómeros em proporções variáveis, o que leva a inconsistências na composição dos produtos HHC entre diferentes marcas e lotes. Alguns produtos contêm quantidades inferiores do isómero biologicamente mais activo, o (9R)-HHC, devido a esta variabilidade.
Para resolver este problema, o Professor Garg e o professor adjunto de química da UCLA Daniel Nasrallah, desenvolveram um novo método para sintetizar o isómero biologicamente mais activo do HHC, utilizando um processo químico chamado transferência de átomos de hidrogénio. Desta forma, produz cerca de 10 vezes mais o isómero activo em comparação com o menos activo. Além disso, este método é considerado mais seguro do que a hidrogenação catalítica, que envolve a manipulação de gás hidrogénio e de metais pesados potencialmente tóxicos para o ser humano.
Os investigadores sublinharam a importância de mais estudos sobre os canabinóides e os seus efeitos. Consideram que essa investigação é necessária para estabelecer leis e políticas justas, garantir a segurança dos consumidores e explorar os potenciais benefícios terapêuticos de novos canabinóides como o HHC.
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Com formação profissional em desenho técnico CAD (2D e 3D), João Xabregas é activista e defensor de todos os usos e aplicações da canábis. Encontrou e entrou no mundo canábico ainda durante os seus tempos de juventude, onde ganhou especial interesse pelo cultivo da planta, o que o levou a uma jornada de auto-aprendizagem pelo mundo da canábis que ainda continua nos dias de hoje. As suas aventuras ligadas ao cultivo de canábis iniciaram-se com o mesmo objectivo de muitos outros: poder garantir a qualidade e eliminar quaisquer possíveis riscos para a sua saúde daquilo que consumia, bem como evitar quaisquer tipos de dependências do mercado ilícito. No entanto, rapidamente passou a encarar o mundo da canábis e tudo o que a ela diz respeito com um olhar bastante diferente. Assume a enorme paixão que nutre pela planta mais perseguida do mundo e sobre a qual está sempre disposto a escrever e a ter uma boa conversa.
