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Austrália: Associação Médica alerta para riscos do uso recreativo de canábis

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Foto: D.R.

Num contexto de intensos debates sobre a legalização da canábis recreativa na Austrália, a Associação Médica Australiana (AMA) submeteu um comunicado ao Comité de Assuntos Legais e Constitucionais do Senado, alertando para os riscos de curto e longo prazo associados ao consumo da substância.

A AMA, representada pelo seu presidente, Steve Robson, expressou preocupações significativas em relação aos impactos na saúde pública, decorrentes da possível legalização da canábis para fins recreativos. O comunicado (ver abaixo) destaca que o uso da canábis pode acarretar uma série de impactos negativos na saúde, tanto a curto quanto a longo prazo. A associação diz mesmo que um aumento no consumo poderia sobrecarregar o sistema de saúde australiano.

Robson deixou ainda o aviso de que a legalização da canábis recreativa envia uma mensagem errada ao público, especialmente aos jovens australianos, sugerindo que a sua utilização não é prejudicial. Referindo-se a uma revisão sistemática recente, o presidente da AMA mencionou um aumento nos casos de intoxicação aguda por canábis após a sua legalização nos Estados Unidos, Canadá e Tailândia.

Embora a AMA se oponha à legalização da canábis, o comunicado sugere que a abordagem regulatória actual pode ser melhorada. Robson destaca a importância de tratar o uso da canábis como uma questão de saúde, em vez de criminal. O documento sugere a substituição das penalidades criminais para uso pessoal para medidas de redução de danos, como ordens judiciais que exigem aconselhamento e educação, ou a participação em tribunais especializados em drogas que desviem os utilizadores do sistema de justiça criminal para o tratamento.

Além disso, o comunicado manifesta preocupações sobre a auto-medicação com produtos de canábis recreativa e insta os pacientes a discutirem melhores métodos de tratamento com os seus médicos. “A Austrália já possui um processo de avaliação de segurança, qualidade e eficácia de produtos terapêuticos através da TGA”, afirmou. Steve Robson enfatiza que, para a maioria das condições, há tratamentos baseados em evidências disponíveis através de profissionais de saúde que os pacientes devem explorar, antes de recorrer à auto-medicação com produtos de canábis.

Leia aqui o comunicado da Australian Medical Association

AMA Media Release – Legal cannabis too risky a proposition to entertain_0  

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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]

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Sou um dos directores do CannaReporter, que fundei em conjunto com a Laura Ramos. Sou natural da inigualável Ilha da Madeira, onde resido actualmente. Enquanto estive em Lisboa na FCUL a estudar Engenharia Física, envolvi-me no panorama nacional do cânhamo e canábis tendo participado em várias associações, algumas das quais, ainda integro. Acompanho a industria mundial e sobretudo os avanços legislativos relativos às diversas utilizações da canábis.

Posso ser contactado pelo email joao.costa@cannareporter.eu

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