Entrevistas
Tó Trips: “É preciso sair da caixa e dizer: ‘Ya, eu fumo! Sou um tipo normal!’”

António Manuel Antunes, mais conhecido pelo público como Tó Trips, nasceu em 1966, em Lisboa. Estudou na famosa escola artística António Arroio nos idos anos 80 e tornou-se numa figura incontornável da guitarra e da música portuguesa, fundando os Dead Combo com Pedro Gonçalves Sem qualquer prurido em assumir que fuma canábis, diz que já alertou jovens para parar de fumar e acredita que a redução de riscos associados se faz através de uma sociedade informada.
Tó Trips interessou-se pela música quando a sua mãe começou a tocar guitarra na igreja, altura em que começou a aprender e a experimentar tocar com os amigos, no liceu e depois no Rock Rendez-Vous. A sua primeira banda chamava-se Ámen Sacristi, tendo passado pelos Santa Maria Gasolina em Teu Ventre! e fundado depois os Lulu Blind. Mais tarde, cansou-se das bandas, dos problemas que algumas pessoas tinham com as drogas e começou a gravar sozinho. Foi nessa altura que conheceu Pedro Gonçalves, com quem fundou os Dead Combo, um projecto inédito que o catapultou para a fama e lhe deu projecção internacional. Pai de 3 filhos, editou recentemente um novo álbum a solo, Popular Jaguar, que inclui “Ínfimas coisas”, um livro de fotografias, textos e anotações dos lugares percorridos ao longo dos anos com os Dead Combo. Falámos com Tó Trips, para saber que papel tem a canábis na sua vida.
[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se algumas gralhas ou erros noutras línguas.]
Tó, a rubrica para a qual te convidámos chama-se “Tira a canábis do armário” e serve para quebrar o estigma que ainda existe à volta desta planta. Quando é que tiraste a canábis do armário, se é que isso alguma vez aconteceu?
Eu assumo perfeitamente que fumo canábis e já fumo há muitos anos. Não sou um fumador a que eu chamo, na gíria, o “cabeça sempre cheia”. Acho que é um produto que devia ser legalizado. Eu fumo às vezes, um bocadinho à noite, umas vezes para o lado recreativo, outra vezes para o lado criativo.
Recentemente, li uma entrevista tua ao Observador onde dizias que, em 1985, tu e o teu grupo de amigos procuravam erva e não havia, e que no final do ano estava tudo agarrado ao cavalo. A heroína foi, nessa altura, uma tragédia nacional. Queres contar um bocadinho sobre como é que as coisas aconteceram em Portugal?
Na altura do Rock Rendez-Vous andava no liceu, no D. Pedro V, depois fui para a António Arroio. Isso foi quase um plano nacional do pessoal que vendia haxixe ou erva. Na altura, muita malta ia comprar ali ao pé da Padre Francisco, em Benfica, ou então comprava ali no Rigas, havia muita erva ali do pessoal que veio das colónias de África. Depois, houve uma altura nesse Verão de 85, no final do ano lectivo, em que o pessoal que vendia erva começou a vender heroína. Ou seja, no ano lectivo de 86 havia imensos miúdos agarrados. Tive amigos meus agarrados, uns morreram mais tarde, outros lixaram a vida toda.
Por isso é que um dos argumentos para a legalização da canábis é esse… porque muitas vezes diz-se que a canábis é uma porta de entrada para outras substâncias, não é?
Isso é uma boa mentira e eu sou um bom exemplo disso. Nunca toquei em heroína! E tive, como todos os miúdos e como muitas pessoas da minha geração, acesso a isso. Tive oportunidades de experimentar. Mas sempre fui um tipo que gostava de coisas que me acelerassem e não me pusessem muito down. Sou esse tipo de pessoa. Agora, gosto de fumar a minha ervinha. Uma porta de entrada? Eu acho é que sempre houve uma mentalidade, sempre existiu, que mete as drogas todas no mesmo saco. Foram anos e anos desse tipo de campanha. Eu comparo a cena da canábis com a cena da legalização do aborto: toda a gente fuma, mas ninguém assume isso. E não percebo porque é que a canábis não é legalizada, porque o Estado, que somos todos nós, ganharia dinheiro com isso. Por outro lado, controlava a qualidade do produto, sabia-se a estatística de quantas pessoas fumam neste país e poderia haver um lado didáctico e preventivo em relação a isto.
“Os miúdos como eu iam ter com um dealer para comprar erva e depois o tipo vendia-lhes heroína. Nesse sentido, a canábis é uma porta de entrada”
Exactamente.
Já aconselhei miúdos que tinham ataques de pânico e que fumavam erva ou haxixe a parar com isso. Uma vez fui comprar cogumelos em Amesterdão e aquilo tem uma bula: “Se não estás bem de saúde, se não estás bem da cabeça, não tomes isto”. Tudo o que é proibitivo e assusta as pessoas é a pior coisa que se pode fazer. A melhor coisa que se pode fazer é, neste caso da canábis, legalizar e ganhar esse lado preventivo e didáctico, de avisar as pessoas dos prós e contras.
Tu não consumiste heroína porque provavelmente tinhas uma lucidez…
Porque via pessoas da minha idade a cair aos bocados, a desistir de tudo e a perder tudo e mais alguma coisa.

Tó Trips fundou os Dead Combo com Pedro Gonçalves, uma banda que se distingiu pela sua sonoridade única e que teve um enorme sucesso em Portugal
Pois, e porquê?
Esta coisa da porta de entrada das drogas… há um lado de razão nisso. Porquê? Porque não é legalizado, porque tu vais ter com um dealer. Foi isso que aconteceu em 85. Os miúdos como eu iam ter com um dealer para comprar erva, e depois o tipo vendia-lhes heroína. Nesse sentido, a canábis é uma porta de entrada, porque os miúdos vão ter com pessoal que tem outras coisas. Não tem só erva, tem outro tipo de drogas. Portanto, nesse sentido é verdade, é uma porta de entrada, porque não é legalizada. Depois há outra coisa: eu nunca vi pessoal, passo a expressão, a fazer ‘merda’ por fumar charros, eu vejo é pelo pessoal beber álcool. O estado tem esse lado cínico, hipócrita, que é vender imensas drogas maléficas, como o tabaco e o álcool. E eu acho que a canábis, na segunda década do século XXI, devia ser legalizada. Devia ser como o tabaco, como o álcool. É lógico que eu não vou fumar um charro de erva e depois vou conduzir, ou seja, tem que haver regras para essas coisas, um lado saudável no consumo. Como em tudo, não é?
Claro. Um dos argumentos contra a legalização, quando se debate esta questão no parlamento, é a possibilidade da canábis poder despoletar surtos psicóticos, principalmente em jovens. O que é que tu achas disso?
Acho que têm razão. Agora, a história é esta…
Se bem que já se sabe que isso só acontece numa parte muito ínfima, em quem já tem uma predisposição para psicose ou esquizofrenia.
Exactamente! Agora, a questão que se propõe é esta: tudo bem, eu concordo com isso, mas essa pessoa vai deixar de consumir o que é legal ou não?
Talvez se tiver mais informação? Se houver mais programas de redução de riscos?Exactamente! Por isso é que eu acho que deve haver informação. Era o que dizia, eu conheci uns miúdos que tinham ataques de pânico e fumavam na escola. Calhou ter uma conversa com eles e disse: “Pá, tu se tens ataques de pânico, se calhar aconselhava-te a não fumar.” Isso poderia estar numa bula quando se vai comprar. Se fosse legal, estaria numa bula. Como num medicamento: “Não tomes isto com álcool”, “Não tomes isto…” sei lá, como tem nos avisos do álcool, do tabaco.
“Porque é que continuam a receitar Xanax e ansiolíticos em vez de receitarem, por exemplo, CBD?”
E há também outros canabinóides dentro da canábis, que podem ter o efeito exactamente contrário, como o CBD…
É o lado medicinal da canábis. Às vezes aparecem headlines nos jornais: “Portugal, um dos maiores consumidores de ansiolíticos na Europa”. Porque é que continuam a receitar Xanax e ansiolíticos em vez de receitarem, por exemplo, CBD? Porque é que imensa gente toma comprimidos para dormir, quando, se calhar podia tomar um produto natural, que acalma, que relaxa… Eu acho que também há o lobby das farmacêuticas ou… não sei, eu não consigo perceber porque é que isto não avança. Tinha várias vantagens. Tudo o que é proibido realmente é uma porta de entrada para outros caminhos, porque as pessoas vão ter com pessoal que não tem escrúpulos nenhuns em vender outra coisa qualquer, como drogas super-pesadas, não é? Acho que todos nós ganhávamos com isso. E também acredito que as pessoas não iam fumar mais por ser legal ou não.
Já há estudos nos Estados Unidos que demonstram que o consumo até diminui, principalmente o consumo de álcool entre os jovens, depois da legalização da canábis.
Pá, eu acho que tem que haver informação digna, verdadeira, sobre os malefícios e os benefícios. Não ser uma coisa tipo “Ai Jesus…!”.
Um bicho de sete cabeças!
O que ia a dizer não é bem verdade. Eu ia dizer “Toda a gente fuma”. Não é “Toda a gente fuma”, mas há muita gente que fuma e que diz que não fuma. É a mesma coisa que o pessoal dizer “Eu não bebo”, quando bebe… [risos]. É preciso sair da caixa e dizer “Ya, eu fumo! Sou um tipo normal.” É como com o álcool e com os medicamentos, eu não vou fumar para ir fazer uma viagem. As pessoas têm que saber usar qualquer substância que altere a consciência, têm que saber usar as drogas.
Uma coisa que estás a dizer e que é verdade, é que tu és uma pessoa bastante conhecida e normalmente as pessoas que são bastante conhecidas ou famosas têm alguns pruridos em assumir que fumam.
Não, pá! Acho que um gajo que se chama Tó Trips, à partida, não tem muita coisa a esconder em relação a esse tipo de coisas.

Tó Trips lançou este ano o seu mais recente álbum a solo, “Popular Jaguar”
Mas algumas pessoas ainda têm, porque nós para esta rubrica já tentámos entrevistar outras pessoas que sabemos que fumam e elas não querem dar a cara. Tu achas que o estigma ainda está muito enraizado nas pessoas?
Eu respeito o lado pessoal das pessoas, portanto as pessoas só dão a cara se quiserem. Eu só estou a dar aqui a cara porque acho que todos nós ganhávamos com a legalização e os miúdos também. Todo o país ganhava com isso. Ao nível económico, ao nível social, ao nível de saúde pública. Essa questão da porta de entrada até é verdade. É porta de entrada para outras coisas porque tu vais comprar a uns tipos que têm outras coisas para vender. [risos]
Claro, e quando o dealer não tem erva…
Pá, tem isto, tem aquilo, tem aqueloutro!
Exacto. É esse problema de ter que recorrer ao mercado ilícito para adquirir um produto que até é bastante seguro. Não estou a dizer que não tem riscos, mas em comparação com o álcool…
É claro que tem riscos, mas a questão é que as pessoas não deixam de fazer isso. É mesma coisa como com o aborto. Era proibido, mas as pessoas faziam, portanto as coisas existem, então ‘bora lá lidar com elas de uma maneira correcta ao nível de saúde pública, ao nível de estatística, ao nível de educação no uso das coisas, de informação. Se estamos a falar de uma coisa ilícita, tudo o que é ilícito tem sempre um lado negativo. Vais parar a sítios onde se calhar é fixe não ires, vais lidar com pessoas que não têm, se calhar, escrúpulos absolutamente nenhuns…
“Há uma coisa que eu cada vez uso mais na música que são os silêncios. Cenas lentas. E a canábis ajuda, nesse lado elástico do tempo”
E neste momento, sendo ilegal, como é que tu arranjas a tua canábis?
Pá, compro, como todas as outras pessoas [risos].
[risos] No mercado ilícito, obviamente.
Só há esse!
Às vezes, as pessoas cultivam porque não querem ter que recorrer ao mercado ilícito, ou a coisas que não sabem de onde vêm, e por isso optam pelo auto-cultivo (apesar de ser ilícito na mesma). Mas essa é uma das grandes lutas da legalização.
Não é o pessoal ter campos disso, é ter duas ou três plantas para consumo. Uma coisa normal, como se plantam alfaces ou tomates.
Achas que as pessoas poderiam cultivar em casa?
Sim, para consumo. Não terem campos disso, mas sei lá, três plantas, cinco plantas em casa, se quisessem.
Se passar a ser legal, vais cultivar em casa ou não tens jeito para a agricultura?
Não, tenho jeito para a agricultura, ainda ontem estive a podar a árvore.
E já experimentaste plantar canábis alguma vez?
Já! Umas deram mais que outras. Mas para consumo, claro.
Aliás, a canábis, na sua forma crua, é óptima para fazer certo tipo de batidos de fruta, bolos, gomas, todo o tipo de coisas.
Atenção, eu não sou um grande fumador. Normalmente dou duas passas e está óptimo.
Ao longo da tua carreira, a canábis ajudou-te de alguma forma no teu processo criativo?
Ajuda, quando é para abrir portas, para ires a sítios onde se calhar nunca foste. Estou a falar na cena da composição de música. É um aditivo que te ajuda a perder preconceitos que tens em relação a certos aspectos criativos da música. Mas também não é uma coisa fixe, no meu caso, para fazeres coisas de detalhe ou coisas em que tens que estar atento, como por exemplo artes finais, coisas técnicas. No meu caso isso não funciona. E também, às vezes, dá para perceber que viajaste demais, que achaste que aquilo estava muito fixe e no dia seguinte vais ouvir e não está assim tão fixe.
(Risos)
É, isso tem a ver com produtos que alteram a consciência. Agora dizes “Eh pá, isto ‘tá muita fixe!”! Depois, no dia seguinte vais ouvir com a cabeça limpa e não está tão fixe, mas se calhar para chegares àquilo foi preciso abrir uma porta, para chegares àquele género de música, ir por aquele caminho. É saber usar!
“Não é pelo álcool ser legal que eu vou apanhar bebedeiras todos os dias”
Neste teu novo álbum, “Popular Jaguar”, houve algum momento em que a canábis te tivesse ajudado a abrir portas?
Acho que o lado das pessoas estarem relaxadas. Há uma coisa que eu cada vez uso mais na música que são os silêncios. Cenas lentas. E a canábis ajuda, nesse lado elástico do tempo. Cada vez dou mais importância ao silêncio. A canábis é um bom aditivo para esticar isso, para que os silêncios sejam maiores. Não para outras coisas na música, como se calhar velocidade [risos].
Há muita gente que faz uma distinção muito clara entre o que é medicinal e o que é recreativo. No entanto há um estudo que revela que, das pessoas que fumam canábis, mais de 80% utiliza porque ajuda a relaxar ou a aliviar a ansiedade. Não será isso também um efeito terapêutico?
Sim, claro. Porque é que não se legaliza uma coisa que tem um lado recreativo e tem um lado farmacêutico? É mais uma das vantagens. Eu vejo aí miúdos a caírem aos fins de semana, podres de bêbados, a andarem à porrada e a fazerem ‘merda’ à conta do álcool. A beberem 20 shots numa noite…
E está acessível, o que é assustador. Há crianças de 12, 13 anos a beber.
Acho que deve ser usada medicinalmente, tenho tanta malta amiga que se tem ido embora com cancros e a canábis pode ajudar a aliviar a dor. Isso até foi uma das razões de legalizar a canábis para uso medicinal. Mas se tiver o lado recreativo, por que não? Aliás, acho que tudo isto se baseia numa coisa que é exactamente a mesma cena que o aborto. As pessoas fazem na mesma. É proibido, mas eu vou fazer. E vou fazer no pior sentido, vou fazer como era na cena dos abortos, qualquer sapateiro fazia um aborto. É isso que faz confusão, as pessoas ainda terem essa atitude de “Ah, recreativo não…”. Mas agora as pessoas não se divertem?
Sim, como se fosse proibido uma pessoa divertir-se…
É proibido divertir-se? Aliás, as pessoas até se divertem com uma droga que é o álcool, da pior maneira. Eu nunca vi pessoal a fumar charros de erva a partir coisas e à porrada, pelo contrário, normalmente até é uma droga de comunhão, das pessoas estarem bem, relaxadas, a falar. Agora, como tudo o que altera a consciência, dentro da canábis existem coisas, [como] skunks marados, todos químicos, tudo alterado.
Sintéticos!
Sintéticos, exactamente! Mais uma das razões para que seja legalizada.
Em Portugal, há agora duas propostas de lei, uma do Bloco de Esquerda e outra da Iniciativa Liberal, para legalizar o uso adulto da canábis em Portugal. Em princípio, até final deste ano deverão ser discutidas em Plenário. Se pudesses ser tu a decidir, como é que legalizarias a canábis em Portugal?
É um produto que poderia ser vendido em lojas, com aviso, tipo uma bula, a dizer os prós e contras, se da maneira como te sentes deves tomar aquilo ou não, que haja um controlo da qualidade para não haver aquelas cenas sintéticas. Espero que isto evolua na segunda década do século XXI e que todos nós saibamos lidar com o produto. Há países que já o fizeram. Nós até somos um país que está à frente nesse lado, principalmente na cena de pessoas dependentes da heroína. Tivemos essa coragem de…
Descriminalizar.
Exactamente! E foi uma coisa que resultou, portanto a pessoa que é dependente não é uma criminosa, é uma doente. Eu acho que isso foi um grande exemplo para o mundo. Não percebo porque é que isto da canábis é uma cena tão… É como aquele sketch do Ricardo Araújo Pereira sobre o aborto: é proibido, mas as pessoas fazem. Portanto, se fazem, ‘bora lá legalizar isto e vamos todos ganhar com isto. Porque as pessoas fazem!
“Eu penso que mais tarde ou mais cedo vai acontecer, porque tem que acontecer”
E [o aborto] reduziu bastante depois de se legalizar. Ao contrário do que diziam as vozes contrárias.
Eu não vou fumar, ou não vou deixar de fumar, porque é legal. O tabaco também tem lá a dizer “Isto provoca cancro”. E eu sei que o tabaco faz mal, todos nós sabemos isso, que o álcool faz mal. Agora, não é pelo álcool ser legal que eu vou apanhar bebedeiras todos os dias.

A cartola preta foi durante muito tempo a imagem de marca de Tó Trips
Claro, isso já vai das próprias pessoas.
Claro, isso faz parte da educação e da informação. Todos esses produtos têm que ter informação, prevenção.
E é isso, no fundo, que nós pretendemos fazer com esta revista, dar mais informação às pessoas, para elas reduzirem riscos.
Esta é a minha opinião, não ganho nada com isso. Estou a dar o meu testemunho, porque acredito nisto. Se me viesses falar da legalização das drogas todas, eu não concordo com isso. Concordo com a legalização da canábis.
Foi muito importante teres estado connosco hoje, Tó, para ajudar a quebrar o preconceito e também deixar alguns conselhos para os mais jovens. Foi uma boa conversa e agradeço-te.
Obrigado Laura. Eu penso que mais tarde ou mais cedo vai acontecer, porque tem que acontecer. É estúpido, acho que não faz sentido. A questão é que, por mais pontos negativos que alguém possa apontar, a cena existe e as pessoas consomem. Se há um grande número de pessoas que consomem – e nem toda a gente bebe, nem toda a gente fuma – então há que legislar sobre isso.
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Esta entrevista foi originalmente publicada na Edição #10 da Cannadouro Magazine.
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra, Laura Ramos tem uma pós-graduação em Fotografia e é Jornalista desde 1998. Vencedora dos Prémios Business of Cannabis na categoria "Jornalista do Ano 2024", Laura foi correspondente do Jornal de Notícias em Roma, Itália, e Assessora de Imprensa no Gabinete da Ministra da Educação do XXI Governo Português. Tem uma certificação internacional em Permacultura (PDC) e criou o arquivo fotográfico de street-art “O que diz Lisboa?” @saywhatlisbon. Co-fundadora e Editora do CannaReporter® e coordenadora da PTMC - Portugal Medical Cannabis, Laura realizou o documentário “Pacientes” em 2018 e integrou o steering group da primeira Pós-Graduação em GxP’s para Canábis Medicinal em Portugal, em parceria com o Laboratório Militar e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
