Internacional
EUA: Pediatra Bonni Goldstein lança petição contra a proibição de medicamentos de CBD natural na Califórnia
A pediatra norte-americana Bonni Goldstein está a alertar para a tentativa de proibição de medicamentos derivados de CBD natural na Califórnia. O governo da Califórnia propôs recentemente o Assembly Bill 2223, que pretende limitar ou proibir severamente os canabinóides sintéticos, como o Delta 8 ou Delta 9, mas incluiu também os produtos de CBD natural derivado do cânhamo. “Retirar medicamentos que os pacientes usam com segurança há mais de 10 anos é cruel e desumano”, afirma Goldstein. “Parece loucura termos que lutar pelo acesso ao cânhamo não prejudicial, mas aqui estamos nós de novo”, lamenta a pediatra, numa petição internacional que já ultrapassou as 1.300 assinaturas.
Muitas crianças e adultos que vivem na Califórnia dependem de produtos de CBD derivados do cânhamo, de espectro total e de ocorrência natural, como medicamento para epilepsia, autismo, demência, cancro, dor crónica e outras doenças graves e crónicas.
Em declarações ao CannaReporter®, Bonni Goldstein, que tem mais de 15 anos de experiência no tratamento com canbinóides em pacientes pediátricos, disse: “Tivemos uma explosão de produtos canabinóides sintéticos não regulamentados feitos de CBD e o governo quer afastá-los, mas eles incluíram o CBD natural na mesma proposta, sem compreender que muitas pessoas dependem do CBD natural como medicamento para doenças graves. Eles estão a misturar o bom remédio com os produtos maus e perigosos.”
O projecto de lei pretendia, originalmente, proibir os produtos semi-sintéticos delta-8 e delta-9 que proliferaram nos EUA. “Estes produtos estão contaminados com canabinóides sintéticos e outros subprodutos não intencionais, que podem causar psicose, ideação suicida e danos a órgãos”, refere a médica na petição. E continua, explicando que “estes produtos não são iguais ao CBD natural derivado do cânhamo com menos de 0,3% de THC e não devem ser confundidos com medicamentos seguros. Eles também não são iguais aos produtos testados e seguros disponíveis em dispensários. Há uma grande diferença entre o delta-8/delta-9 sintético e os produtos de CBD naturais. Os nossos políticos podem optar por proteger o CBD e, ao mesmo tempo, proteger as pessoas de produtos nocivos”, alerta.
Bonni refere ainda que “para a maioria, estes produtos não podem ser substituídos pelo CBD dos dispensários, devido aos elevados custos/impostos (mesmo com preços compassivos) e concentrações demasiado baixas, especialmente para aqueles em doses elevadas — alguns tomam 800 – 1600 mg por dia”. O produto CBD da FDA e o isolado de CBD de cânhamo não são tão eficazes como o CBD de espectro completo, portanto, “não são uma opção para a maioria dos pacientes com condições refractárias”, afirma.
Entretanto, a lista de comentários na petição vai aumentando, com várias pessoas a testemunhar os benefícios do CBD nas suas condições de saúde ou dos seus familiares. Cindy Mitchell, uma mãe, comentou que o seu filho “utiliza CBD desde 2013 juntamente com os seus produtos farmacêuticos no tratamento de condições médicas. Seria uma trágica injustiça para ele e para outros alterar ou eliminar o acesso actual ao espectro completo do cânhamo/CBD”, lamenta.
Também Tara Yaccarino, afirma que o seu filho “tem um tumor cerebral inoperável e incurável e precisa deste tratamento para ajudar na epilepsia e em todos os outros efeitos colaterais terríveis” da medicação que faz.
Tammy Chang disse ainda que “pessoas submetidas aos mais severos tratamentos contra o cancro e outras doenças crónicas merecem ter uma palavra a dizer sobre como devem se sentir. Os produtos de CBD ajudaram tantas pessoas nas suas batalhas que é anti-ético tirar isso deles”.
Por estas e várias outras razões, a médica californiana está a apelar a toda a comunidade internacional para assinar a petição, de forma a evitar que o CBD derivado do cânhamo, de espectro total e de ocorrência natural, com < 0,3% de THC, seja banido ou limitado. “A legislatura da Califórnia está a decidir agora, então assine AGORA!”
____________________________________________________________________________________________________
[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
O que fazes com 3€ por mês? Torna-te um dos nossos Patronos! Se acreditas que o Jornalismo independente sobre canábis é necessário, subscreve um dos níveis da nossa conta no Patreon e terás acesso a brindes únicos e conteúdos exclusivos. Se formos muitos, com pouco fazemos a diferença!
Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra, Laura Ramos tem uma pós-graduação em Fotografia e é Jornalista desde 1998. Vencedora dos Prémios Business of Cannabis na categoria "Jornalista do Ano 2024", Laura foi correspondente do Jornal de Notícias em Roma, Itália, e Assessora de Imprensa no Gabinete da Ministra da Educação. Tem uma certificação internacional em Permacultura (PDC) e criou o arquivo fotográfico de street-art “O que diz Lisboa?” @saywhatlisbon. Co-fundadora e Editora do CannaReporter® e directora de programa da PTMC - Portugal Medical Cannabis, Laura realizou o documentário “Pacientes” em 2018 e integrou o steering group da primeira Pós-Graduação em GxP’s para Canábis Medicinal em Portugal, em parceria com o Laboratório Militar e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.