Internacional
Reino Unido: CIC responde a discurso do Rei Carlos III e diz que canábis pode fazer crescer a economia em milhares de milhões de libras

Os co-presidentes do Conselho da Indústria da Canábis (CIC), Jamie Bartley e Callie Seaman, responderam ao discurso do Rei Carlos III após o anúncio da agenda legislativa do governo. No discurso, foi referido que o crescimento económico é uma prioridade máxima do Reino Unido, mas não houve qualquer referência à canábis para melhorar a situação do país.
O CIC retorquiu, e em comunicado garante ao governo e ao Rei que a canábis tem o potencial de criar emprego e fazer crescer a economia do Reino Unido em milhares de milhões de libras, sem encargos públicos para o governo.

Dr. Callie Seaman, co-presidente do CIC. Foto: D.R. | The Frank Magazine
“O governo disse que o crescimento económico é uma prioridade máxima durante o seu mandato. A canábis tem o potencial de fazer crescer a economia do Reino Unido em milhares de milhões de libras e criar emprego, sem que o governo gaste qualquer dinheiro público. No entanto, os projectos de lei do discurso do Rei não abordam esta realidade”, refere o CIC.
Além disso, surgiram notícias esta semana de que uma série de empresas britânicas de canábis estão a considerar fazer IPOs [sigla para Oferta Pública Inicial] em Nova Iorque, o que para o CIC representa “um sinal de falha regulamentar na promoção dos interesses económicos britânicos”. A CIC afirma que continuará a pressionar as entidades e o governo para adoptarem “reformas que reduziram a burocracia e liberalizem os mercados de canábis prescrita, CBD de consumo e cânhamo industrial”.
CIC publica Manifesto para a Mudança
No passado mês de Junho, o CIC publicou um ‘manifesto’ sobre canábis pela mudança no espaço da canábis, com uma série de propostas políticas para o Governo, que pretendem melhorar o acesso dos doentes aos medicamentos, aumentar o investimento directo estrangeiro na indústria e aumentar as receitas dos agricultores. As políticas específicas propostas pelo manifesto foram as seguintes:
- Um caminho claro para os doentes acederem a prescrições privadas de CBPMs não licenciados em consultas do NHS;
- Aumento da comparticipação de prescrições privadas de medicamentos à base de canábis para determinadas indicações pelo NHS e seguradoras;
- Home Office que permita a prescrição electrónica de medicamentos à base de canábis, tanto do ponto de vista jurídico como técnico (NHS Digital)
- Revisão da Lei dos Produtos do Crime para permitir o investimento estrangeiro legítimo na indústria da canábis;
- Home Office que permita a extracção de flores de CBD com licença de cânhamo industrial
- O Governo deve estabelecer um novo organismo que reúna as várias responsabilidades regulamentares para a canábis.

Os co-presidentes do CIC, Jamie Bartley e Callie Seaman. Foto: D.R.
Na altura, a co-presidente do CIC, Callie Seaman, afirmou que “a indústria da canábis tem potencial para fazer contribuições substanciais para a saúde, o ambiente e a economia. No entanto, a indústria está actualmente a ser sufocada por uma burocracia desnecessária, caminhos pouco claros para os doentes terem acesso a preços acessíveis e restrições arbitrárias ao investimento de capital. O Conselho da Indústria da Canábis está a pressionar os políticos e os legisladores para fazerem estas mudanças incontroversas, mas transformadoras, para ajudar os doentes e os médicos”.
O governo tinha anunciado pouco antes mudanças positivas nas práticas de licenciamento do cânhamo, incluindo o aumento dos níveis permitidos de THC nas culturas de cânhamo para pelo menos 0,3%. O Conselho Consultivo sobre o Uso Indevido de Drogas (ACMD) comprometeu-se a prestar aconselhamento sobre o limite de THC até Outubro de 2024.
O co-presidente do CIC, Jamie Bartley, comentou que “o aumento das temperaturas no Reino Unido pode provocar um crescimento natural dos níveis de THC na planta do cânhamo, levando-o acima do limite. Isto representa um risco para os agricultores, que podem ter de destruir quaisquer culturas não conformes. Aumentar o limite do THC seria um voto de confiança crucial no sector agrícola, que foi atingido pela redução dos subsídios e pelo aumento da concorrência dos países com padrões mais baixos”, alertou.
____________________________________________________________________________________________________
[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
O que fazes com 3€ por mês? Torna-te um dos nossos Patronos! Se acreditas que o Jornalismo independente sobre canábis é necessário, subscreve um dos níveis da nossa conta no Patreon e terás acesso a brindes únicos e conteúdos exclusivos. Se formos muitos, com pouco fazemos a diferença!
Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra, Laura Ramos tem uma pós-graduação em Fotografia e é Jornalista desde 1998. Vencedora dos Prémios Business of Cannabis na categoria "Jornalista do Ano 2024", Laura foi correspondente do Jornal de Notícias em Roma, Itália, e Assessora de Imprensa no Gabinete da Ministra da Educação do XXI Governo Português. Tem uma certificação internacional em Permacultura (PDC) e criou o arquivo fotográfico de street-art “O que diz Lisboa?” @saywhatlisbon. Co-fundadora e Editora do CannaReporter® e coordenadora da PTMC - Portugal Medical Cannabis, Laura realizou o documentário “Pacientes” em 2018 e integrou o steering group da primeira Pós-Graduação em GxP’s para Canábis Medicinal em Portugal, em parceria com o Laboratório Militar e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
