Internacional
EUA: Produtos derivados do cânhamo, muitas vezes rotulados incorrectamente, contêm altos níveis de pesticidas

Uma análise do Conselho Americano de Laboratórios Independentes (ACIL) divulgada pela NORML, revelou inconsistências preocupantes na rotulagem e segurança de produtos derivados do cânhamo, como o Delta-8 THC. O estudo descobriu que muitos produtos contêm quantidades mais elevadas de THC do que o permitido pela lei federal, enquanto outros testaram positivo para níveis elevados de pesticidas.
A pesquisa envolveu a compra e teste de produtos de cânhamo, como flores, pré-enrolados e canetas vaporizadoras (vapes), de comerciantes e lojas online em seis estados: Arizona, Califórnia, Illinois, Massachusetts, Nova Jersey e Nova York. Os laboratórios testaram a pureza e a potência dos produtos, comparando os resultados com o Certificado de Autenticidade (COA) de cada produto.
Discrepâncias significativas nos rótulos
As descobertas mostraram discrepâncias significativas entre os níveis de canabinóides anunciados e o conteúdo real. A maioria dos produtos continha menos Delta-8 THC do que o alegado, enquanto muitos tinham níveis mais elevados de Delta-9 THC do que o permitido pela Farm Bill federal de 2018. Notavelmente, sete dos 48 produtos testados (15 por cento) continham níveis de pesticidas que excediam os limites legais nesses estados. “Os utilizadores estão a consumir involuntariamente produtos contaminados”, alertaram os investigadores.
Os autores do estudo concluíram que as actuais práticas de teste para produtos de cânhamo não fornecem informações precisas ou confiáveis sobre a sua legalidade ou segurança. Apelaram aos reguladores para que implementassem regulamentações mais rigorosas e garantissem padrões de testes mais rigorosos para proteger os consumidores de produtos rotulados incorrectamente e potencialmente perigosos.
Delta-8 THC, um canabinóide que ocorre naturalmente em pequenas quantidades na canábis, tornou-se um produto popular devido aos seus efeitos psicotrópicos. No entanto, o estudo destaca preocupações sobre como ele é produzido. A maior parte do Delta-8 THC disponível comercialmente é sintetizado a partir do CBD e o processo de fabrico não é regulamentado, levantando preocupações sobre que produtos químicos perigosos são utilizados na sua produção.
FDA descarta responsabilidades sobre Delta-8 THC
Apesar de terem a tarefa de regulamentar os produtos derivados do cânhamo ao abrigo da Farm Bill de 2018, a Food and Drug Administration (FDA) não conseguiu até agora introduzir quaisquer regras claras. No ano passado, a FDA descartou responsabilidade sobre esta matéria e apontou o Congresso como o órgão responsável por estabelecer um quadro regulamentar para produtos canabinóides derivados do cânhamo.
Grupos como a Organização Nacional para a Reforma das Leis da Maconha (NORML) apelaram à FDA para tomar medidas, defendendo a regulamentação da produção, testes, rotulagem e práticas de marketing. Em 2021, a NORML publicou um relatório instando os consumidores a evitarem o Delta-8 THC e outros canabinóides sintéticos, devido a preocupações com a produção não regulamentada e potencial contaminação.
As últimas descobertas enfatizam a necessidade de uma supervisão mais abrangente para proteger os consumidores de produtos derivados do cânhamo mal rotulados e inseguros.
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra, Laura Ramos tem uma pós-graduação em Fotografia e é Jornalista desde 1998. Vencedora dos Prémios Business of Cannabis na categoria "Jornalista do Ano 2024", Laura foi correspondente do Jornal de Notícias em Roma, Itália, e Assessora de Imprensa no Gabinete da Ministra da Educação do XXI Governo Português. Tem uma certificação internacional em Permacultura (PDC) e criou o arquivo fotográfico de street-art “O que diz Lisboa?” @saywhatlisbon. Co-fundadora e Editora do CannaReporter® e coordenadora da PTMC - Portugal Medical Cannabis, Laura realizou o documentário “Pacientes” em 2018 e integrou o steering group da primeira Pós-Graduação em GxP’s para Canábis Medicinal em Portugal, em parceria com o Laboratório Militar e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
