Internacional
Reino Unido: NHS não está a prescrever flores de canábis aos doentes. Semana de Sensibilização para a Canábis Medicinal arrancou hoje
O serviço nacional de saúde britânico, NHS, não prescreve medicamentos à base de flores de canábis a quaisquer pacientes, incluindo aqueles com condições como epilepsia, dor crónica e cancro, de acordo com uma nova investigação do Cannabis Industry Council (CIC). Estima-se que existam 45.000 pacientes com prescrição de canábis medicinal no sector privado do Reino Unido, mas apenas 1.104 doentes receberam prescrição de medicamentos de canábis licenciados em 2023. Estas descobertas surgem no início de uma Semana de Sensibilização para a Canábis Medicinal, que arrancou hoje e termina a 7 de Novembro.
O CIC perguntou a 152 NHS Foundation Trusts em Inglaterra a quantos indivíduos tinham prescrito cannabis flos (flor) entre 2019 e 2023. Nenhum NHS Trust respondeu dizendo que alguma vez tinha prescrito flor de canábis a pacientes durante este período.
Apenas 27% dos NHS Foundation Trusts (organizações públicas que integram o NHS) responderam que prescreviam medicamentos licenciados à base de canábis – como o Epidyolex e o Sativex – aos seus pacientes. Os restantes disseram que não (38%) ou não responderam (35%).
O pedido FoI (Freedom of Information) concluiu também que apenas 1.104 doentes em 2023 receberam prescrição de medicamentos de canábis licenciados, um aumento de apenas 127 doentes em comparação com 2021. O número de crianças que receberam medicamentos de canábis licenciados diminuiu durante este período.
De acordo com os co-presidentes do Conselho da Indústria da Canábis, Callie Seaman e Jamie Bartley, “estas descobertas chocantes do Conselho da Indústria da Canábis mostram como o NHS está a falhar com os pacientes em necessidade desesperada”.
Quando a canábis prescrita foi legalizada, há seis anos, esta não era a situação prometida ou esperada aos doentes. “É tempo de o NHS tomar medidas para expandir o financiamento público dos medicamentos à base de canábis. Deve ser estabelecido um caminho claro para os doentes terem acesso às receitas através do NHS, enquanto as receitas privadas também poderiam ser reembolsadas pelo erário público”, afirma o CIC.
As descobertas surgem apesar da canábis prescrita ter sido legalizada em 2018 para o tratamento de qualquer condição médica. Os medicamentos prescritos à base de canábis podem ser críticos para os doentes, especialmente para aqueles com doenças raras ou crónicas que outros medicamentos não conseguem controlar eficazmente.
Estima-se que existam 45.000 pacientes com prescrição de canábis medicinal no sector privado do Reino Unido, o que é significativamente inferior ao de países como a Alemanha e a Austrália. Devido aos desafios no acesso à canábis prescrita, alguns doentes adultos recorrem ao uso de analgésicos opióides ou antidepressivos aditivos, ou ao acesso à canábis fora do mercado ilícito por razões medicinais.
O CIC apela ao NHS para que estabeleça um caminho claro e acessível para os doentes terem acesso à canábis medicinal nas consultas do NHS e para que comece a reembolsar as prescrições privadas.
Sobre a solicitação FoI
152 NHS Foundation Trusts em Inglaterra foram contactados pelo CIC com um pedido de liberdade de informação. Cerca de 99 (65%) responderam entre 12 de Fevereiro e 28 de Maio de 2024. 53 não responderam.
Foram colocadas as seguintes questões:
A quantos indivíduos foi prescrita cannabis flos (flor) pelo seu NHS Trust?
A quantos indivíduos foram prescritos medicamentos à base de canábis pelo seu NHS Trust?
Quantos indivíduos com menos de 18 anos receberam medicamentos à base de canábis prescritos pelo seu NHS Trust?
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra, Laura Ramos tem uma pós-graduação em Fotografia e é Jornalista desde 1998. Vencedora dos Prémios Business of Cannabis na categoria "Jornalista do Ano 2024", Laura foi correspondente do Jornal de Notícias em Roma, Itália, e Assessora de Imprensa no Gabinete da Ministra da Educação. Tem uma certificação internacional em Permacultura (PDC) e criou o arquivo fotográfico de street-art “O que diz Lisboa?” @saywhatlisbon. Co-fundadora e Editora do CannaReporter® e directora de programa da PTMC - Portugal Medical Cannabis, Laura realizou o documentário “Pacientes” em 2018 e integrou o steering group da primeira Pós-Graduação em GxP’s para Canábis Medicinal em Portugal, em parceria com o Laboratório Militar e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.