Internacional
Morreu David Watson: Conheça o legado de ‘Sam the Skunkman, um dos grandes pioneiros da canábis

O mundo da canábis despede-se esta semana de uma das suas figuras mais icónicas. David Paul Watson, mais conhecido como “Sam the Skunkman”, faleceu a 28 de Janeiro de 2025, deixando um legado inigualável no cultivo e na genética da canábis. Visionário e incansável na sua busca pela melhoria da planta, Watson influenciou gerações de cultivadores e cientistas, moldando o futuro da indústria canábica global.
David Watson nasceu nos Estados Unidos e desde cedo demonstrou um fascínio pela botânica, em especial pela canábis. Foi nos anos 1970 que começou a sua jornada como cultivador, tornando-se uma referência incontornável no desenvolvimento genético da planta. Entre as suas maiores contribuições está a criação da Skunk #1, um dos cultivares mais influentes da história moderna da canábis, que revolucionou o mercado pela sua potência e estabilidade genética.
Na década de 1980, Watson mudou-se para a Holanda, onde encontrou um ambiente mais propício para desenvolver a sua paixão. Em Amesterdão, colaborou com figuras importantes da cena canábica, como Wernard Bruining, fundador do primeiro coffeeshop da cidade, o Mellow Yellow. Foi também responsável por trazer para a Europa a célebre genética Haze, tornando-a acessível a cultivadores e consumidores de todo o mundo. Preservou a sua identidade durante décadas através do pseudónimo “Sam the Skunkman”, conhecido pelos seus aprendizes através de um icónico peluche amarelo.
Mais do que um cultivador, David Watson era um investigador incansável. Passou décadas a viajar por diferentes regiões, desde Marrocos até à Índia, na procura por variedades autóctones e de conhecimento aprofundado sobre a planta. A sua paixão levou-o a colaborar com cientistas e instituições, contribuindo para estudos sobre genética, cultivo sustentável e até sobre o impacto de pragas e doenças na canábis industrial.
A sua abordagem científica e meticulosa permitiu que muitas das estirpes que conhecemos hoje fossem estabilizadas e melhoradas, garantindo não só altos níveis de THC e terpenos únicos, mas também maior resistência e rendimento nas colheitas.
Um Legado que Perdura
Com a sua partida, Watson deixa uma marca indelével na história da canábis. A sua influência estende-se para além das variedades que ajudou a criar – está presente na forma como a planta é cultivada, estudada e apreciada em todo o mundo.
Robert C. Clarke, seu amigo e colaborador de longa data, descreveu Watson no CannabisBusinessTimes como um homem generoso, movido pela curiosidade e pelo desejo de partilhar conhecimento: “David acreditava que a informação devia ser acessível a todos. Foi essa mentalidade aberta que permitiu que tantas pessoas beneficiassem do seu trabalho.”
A comunidade canábica internacional lamenta a sua perda, mas honra a sua vida continuando a cultivar o que ele ajudou a semear. O nome de David Watson viverá sempre nas estirpes que criou e naqueles que, graças ao seu contributo, continuam a desenvolver a cultura da canábis com paixão e dedicação.
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Sou um dos directores do CannaReporter, que fundei em conjunto com a Laura Ramos. Sou natural da inigualável Ilha da Madeira, onde resido actualmente. Enquanto estive em Lisboa na FCUL a estudar Engenharia Física, envolvi-me no panorama nacional do cânhamo e canábis tendo participado em várias associações, algumas das quais, ainda integro. Acompanho a industria mundial e sobretudo os avanços legislativos relativos às diversas utilizações da canábis.
Posso ser contactado pelo email joao.costa@cannareporter.eu
