Japão e Tailândia reúnem-se no 1º Torneio Japonês da 1ª Cup de canábis orgânica, em Banguecoque

O conhecido dispensário de canábis orgânica em Banguecoque, Izumo Green, acolhe amanhã, dia 22 de Fevereiro de 2025, o 1º Torneio Japonês da 1ª Ganja Cup Prempavee. Este torneio, exclusivo para cultivadores japoneses comprometidos com práticas orgânicas, faz parte da qualificação para a final mundial desta 1ª Ganja Cup Prempavee, que decorrerá em Abril de 2026. De acordo com a organização do evento, esta Cup oferece uma plataforma única para networking e reconhecimento no cultivo orgânico de canábis na Tailândia. 

Os jurados receberão kits de avaliação pré-preparados quando chegarem ao evento e terão cerca de duas semanas para registar os seus votos, garantindo um processo justo e detalhado de avaliação. Mas além da competição, o torneio serve como um ponto de encontro para cultivadores, especialistas e entusiastas da canábis, oferecendo uma excelente oportunidade para criar conexões valiosas dentro da comunidade.

A 1ª Ganja Cup Prempavee é um campeonato sobre as melhores flores de canábis orgânicas certificadas do mundo. Qualquer pessoa pode organizar torneios (THC/CBD) em qualquer país, desde que seja permitida pelas leis locais. Os vencedores dos torneios poderão participar no evento final, que decorrerá em Abril de 2026, em Banguecoque.

Segundo a organização do evento, “esta cup tem como principal objectivo valorizar e apoiar os pequenos produtores artesanais locais, a agricultura biológica, as práticas regenerativas, a preservação genética e a legalização global, sem esquecer a libertação de prisioneiros, a educação igualitária, a cidadania global e o armistício”.

Trata-se, no fundo, de uma “comunidade espontânea de indivíduos que partilham ideologia e objectivos comuns e se juntam para “jogar um jogo que pode ajudar o planeta a ser um lugar melhor”, refere a organização da 1ª Ganja Cup Prempavee.

A canábis em Japonês na Tailândia

A presença dos japoneses no sector da canábis na Tailândia tem crescido nos últimos anos, impulsionada pela legalização do uso medicinal e recreativo no país. Muitos cultivadores japoneses têm-se estabelecido na Tailândia devido às regulamentações mais flexíveis em comparação com o Japão, onde a legislação sobre a canábis ainda é altamente restritiva. Com um foco em práticas orgânicas e técnicas avançadas de cultivo, os profissionais japoneses têm contribuído para a qualidade e inovação do mercado de canábis tailandês.

A Japan Cannabis Association Thailand (JCAT), uma organização sem fins lucrativos fundada em 2024, em Banguecoque, é parceira oficial deste evento e tem desempenhado um papel fundamental na conexão entre a comunidade japonesa e o sector de canábis na Tailândia, promovendo o intercâmbio de conhecimento e incentivando o desenvolvimento de práticas sustentáveis.

Eventos como o 1º torneio japonês da 1ª Ganja Cup do Izumo Green são uma oportunidade para estes cultivadores demonstrarem o seu expertise e ampliarem a rede de contactos. De acordo com a JCAT, estas iniciativas fortalecem ainda mais a presença dos profissionais japoneses no cenário internacional da canábis, nomeadamente na Tailândia, que pela proximidade geográfica tem atraído um maior número de japoneses nesta área.

Recorde-se que na última edição da Asia International Hemp Expo & Forum, que decorreu no final de Novembro, em Banguecoque, houve uma fórum exclusivamente dedicado aos investimentos e negócios japoneses na Tailândia.

Além da participação no cultivo, os empreendedores japoneses também têm investido noutras áreas da indústria tailandesa da canábis, desde dispensários de luxo até iniciativas de pesquisa e desenvolvimento. Estas movimentações sinalizam um futuro promissor para a colaboração entre o Japão e a Tailândia na indústria da canábis, combinando a tradição e o rigor técnico japoneses com a abertura regulamentar tailandesa.

De acordo com Norihiko Shimura, presidente da associação de canábis japonesa na Tailândia, “a JCAT tem apoiado a entrada de empresas japonesas no mercado tailandês na tentativa de elevar o padrão geral da indústria, promovendo uma imagem positiva e disseminando conhecimento fidedigno sobre a planta da canábis”. As actividades promovidas pela JCAT incluem a realização de eventos regulares para profissionais do sector, seminários com especialistas legais e médicos, iniciativas de networking empresarial para facilitar parcerias dentro e fora da indústria da canábis e workshops para budtenders, visando aprimorar as suas habilidades e conhecimentos.

Além disso, “a associação dedica-se ainda ao estabelecimento de padrões de qualidade através de inspecções e análises de produtos, bem como à recolha e organização de informação relacionada com o sector para a criação de um banco de dados abrangente”, referiu Shimura ao CannaReporter®.

Prémios, presentes especiais e entrada gratuita

Embora a cerimónia oficial de atribuição de prémios deste torneio esteja agendada para Abril, o evento de amanhã, 22 de Fevereiro, contará com a entrega de prémios do Torneio 00. Os vencedores desta etapa garantem também a sua vaga na final mundial, que decorrerá em Abril de 2026.

• 🥇 1º lugar – 30.000 baht em dinheiro (patrocínio da HAPPY DUMBO) + vaga na final mundial
• 🥈 2º lugar – 15.000 baht em sementes (patrocínio da DNA GENETICS) + vaga na final mundial
• 🥉 3º lugar – 10.000 baht em dinheiro (patrocínio da COWBOY JON) + vaga na final mundial

A entrada é gratuita e aberta ao público, com brindes exclusivos oferecidos pelos patrocinadores para todos os participantes.

Programação do Evento

• 19:00 – Abertura das portas
• 20:00 – Discurso de abertura
• 21:30 – Cerimónia de prémios do Torneio 00 Smoker Cannabis Resort Pyx
• 02:00 (dia seguinte) – Encerramento do evento

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Laura Ramos

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Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra, Laura Ramos tem uma pós-graduação em Fotografia e é Jornalista desde 1998. Vencedora dos Prémios Business of Cannabis na categoria "Jornalista do Ano 2024", Laura foi correspondente do Jornal de Notícias em Roma, Itália, e Assessora de Imprensa no Gabinete da Ministra da Educação do XXI Governo Português. Tem uma certificação internacional em Permacultura (PDC) e criou o arquivo fotográfico de street-art “O que diz Lisboa?” @saywhatlisbon. Co-fundadora e Editora do CannaReporter® e coordenadora da PTMC - Portugal Medical Cannabis, Laura realizou o documentário “Pacientes” em 2018 e integrou o steering group da primeira Pós-Graduação em GxP’s para Canábis Medicinal em Portugal, em parceria com o Laboratório Militar e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.

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