Ciência
Nos últimos dez anos foram publicados mais de 35 mil artigos científicos sobre canábis

Uma análise feita pela National Organization for the Reform of Marijuana Laws (NORML) nos EUA revela que o arquivo aberto da PubMed (U.S. National Institutes of Health’s National Library of Medicine — NIH) disponibilizou, só na última década, mais de 35 mil artigos e estudos científicos relacionados com canábis. Este é um número significativo, que reflete o interesse da comunidade científica não só pelas propriedades medicinais da planta, mas também pelos seus efeitos psicotrópicos quando usada de forma recreativa, assim como pelos resultados das sucessivas políticas de legalização.
Na notícia publicada pela associação frisa-se que “mais de 70% de todos os artigos científicos revistos por pares, sobre canábis, foram publicados nos últimos dez anos, e mais de 90% desta literatura foi publicada desde 2002”, sendo que a plataforma partilha artigos sobre o tema realizados desde o século 19, sobrepassando já os 49.500 registos.
No entanto, em qualquer conferência cintífica dedicada à canábis medicinal é comum ouvir-se dizer que “são necessários mais estudos”, ou “os resultados são promissores, mas ainda é preciso continuar a investigar”; e ainda há muitos especialistas que duvidam da pertinência do uso da planta da canábis em termos clínicos, alegando frequentemente que é uma droga perigosa ou que não está suficientemente estudada.
Para Paul Armentano, sub-diretor da NORML, é evidente que “o interesse dos cientistas em estudar a canábis aumentou exponencialmente na última década, assim como a nossa compreensão da planta, as suas moléculas, os métodos de ação e os seus efeitos”. Isto, diz, “apesar da perceção de que a canábis ainda não foi submetida a um escrutínio científico adequado”. Mas Armentano vai mais longe, defendendo que “é tempo de que os políticos e outros parem de avaliar a canábis através da lente ‘do que não sabemos’ e, em vez disso, comecem a envolver-se em discussões baseadas na evidência [existente] sobre a canábis e sobre as políticas de legalização, que são indicativas de tudo o que já sabemos.”
Leia o artigo completo em norml.org.
____________________________________________________________________________________________________
[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
O que fazes com 3€ por mês? Torna-te um dos nossos Patronos! Se acreditas que o Jornalismo independente sobre canábis é necessário, subscreve um dos níveis da nossa conta no Patreon e terás acesso a brindes únicos e conteúdos exclusivos. Se formos muitos, com pouco fazemos a diferença!
Margarita é colaboradora permanente do CannaReporter desde a sua criação, em 2017, tendo antes colaborado com outros meios de comunicação especializados em canábis, como a revista Cáñamo (Espanha), a CannaDouro Magazine (Portugal) ou a Cannapress. Fez parte da equipa original da edição da Cânhamo portuguesa, no início dos anos 2000, e da organização da Marcha Global da Marijuana em Portugal entre 2007 e 2009.
Recentemente, publicou o livro “Canábis | Maldita e Maravilhosa” (Ed. Oficina do Livro / LeYA, 2024), dedicado a difundir a história da planta, a sua relação ancestral com o Ser Humano como matéria prima, enteógeno e droga recreativa, assim como o potencial infinito que ela guarda em termos medicinais, industriais e ambientais.
