Investigação
Canábis apreendida num contentor era da Canna Forest. Responsável alega que era “material para destruir”

Nota: Este artigo foi actualizado às 9:00 horas do dia 22 de Maio, com uma rectificação a uma imprecisão referente ao contentor de resíduos, e não de obras, encontrado no exterior da CannaForest, assim como de esclarecimentos referentes à suspensão autorização de cultivo noticiada, que é por anterior e por motivo alheio à operação judicial em causa.
Cinco pessoas detidas e mais de sete toneladas de canábis apreendidas na mega-operação “Erva Daninha”, que visou mais de 60 empresas de canábis medicinal a operar em Portugal. De acordo com informação dada pela Polícia Judiciária, foram ainda apreendidos 400 mil euros em dinheiro, 12 viaturas e 11 armas de fogo.
Durante a tarde de hoje, a PJ lançou um vídeo para as televisões, no qual se vê um contentor de resíduos destinado especificamente à canábis medicinal, situado no exterior das instalações da Canna Forest, no Fundão. Olhando atentamente, percebe-se que o mesmo continha uma mistura de flores, folhas e talos da planta – o que poderá indicar ser material descartado, tendo em conta que no mercado apenas é valorizada a flor limpa (a parte da planta onde se concentram os canabinóides). De acordo com a PJ, um responsável da Canna Forest “alegou que esse material era para destruir”. De acordo com o que foi possível apurar, alguns dos bens apreendidos não pertencem à CannaForest, apesar do vídeo publicado versar apenas esta empresa, assumindo-se que são bens das outras empresas envolvidas nas buscas.
Uma nova versão desse vídeo, editada para as redes sociais, encontra-se agora na página do Facebook da Polícia Judiciária.
A Canna Forest Lda. não aparece atualmente na lista das empresas licenciadas para cultivo pelo Infarmed, embora constasse das mesmas na altura em que publicámos a última atualização do Mapa da Canábis em Portugal, em Março de 2025. Em esclarecimentos ao CannaReporter, foi dado a conhecer que unicamente a licença de cultivo foi suspensa, como resultado de algumas desconformidades no cultivo identificadas pelo regulador há mais de um mês mas que estão oportunamente a ser respondidas, sendo que as licenças de distribuição da empresa mantém-se válidas e esperando-se que a situação da autorização do cultivo seja reposta assim que as desconformidades sejam respondidas.
Apesar das mais de 6 dezenas de empresas visadas, as imagens apenas permitem visualizar as operações que foram levadas a cabo na CannaForest. Uma notícia do Público de ontem avançava que a luso-francesa Teresa Faísca, CEO da empresa e fundadora da Saveur 4:20, foi uma das cinco pessoas detidas na operação “Erva Daninha”. Espera-se que a mesma seja ouvida amanhã, mas o CannaReporter não conseguiu confirmar esta informação junto das autoridades.
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Margarita é colaboradora permanente do CannaReporter desde a sua criação, em 2017, tendo antes colaborado com outros meios de comunicação especializados em canábis, como a revista Cáñamo (Espanha), a CannaDouro Magazine (Portugal) ou a Cannapress. Fez parte da equipa original da edição da Cânhamo portuguesa, no início dos anos 2000, e da organização da Marcha Global da Marijuana em Portugal entre 2007 e 2009.
Recentemente, publicou o livro “Canábis | Maldita e Maravilhosa” (Ed. Oficina do Livro / LeYA, 2024), dedicado a difundir a história da planta, a sua relação ancestral com o Ser Humano como matéria prima, enteógeno e droga recreativa, assim como o potencial infinito que ela guarda em termos medicinais, industriais e ambientais.
