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Aldo Vidinha renuncia ao cargo de CEO e deixa de ser accionista da Stepscience

A Stepscience enviou ontem, dia 28 de Maio, por e-mail, uma comunicação oficial onde anuncia que Aldo Vidinha, ex-CEO da consultora, renunciou à gerência da Stepscience e deixou também de ser accionista da consultora. Recorde-se que Aldo Vidinha, que também era CEO da empresa Smart Nature, foi detido na semana passada, no âmbito da Operação “Erva Daninha”, levada a cabo pela Polícia Judiciária em 64 empresas em Portugal. Vidinha acabou por ser libertado, mas foi constituído arguido e aguarda julgamento com termo de identidade e residência.
Com uma presença marcante no sector da canábis medicinal, a Stepscience Pharma & Engineering afirmou-se como uma referência em consultoria e engenharia na área da saúde em Portugal. Embora tenha começado na área farmacêutica, a empresa expandiu a sua actuação para apoiar projectos de diferentes sectores desde a fase inicial, oferecendo soluções integradas e personalizadas para cada actividade, nomeadamente para projectos de canábis medicinal, incluindo a formação em diferentes áreas da indústria.
O CannaReporter® tentou contactar Aldo Vidinha mas o telemóvel encontra-se desligado.
Quem é Aldo Vidinha?
Aldo Vidinha é um empreendedor português com formação em Engenharia Química e uma carreira que o levou a colaborar com múltiplos projectos de licenciamento e implementação de infraestruturas de cultivo, transformação e distribuição de canábis medicinal. Fundador e líder da Stepscience Pharma & Engineering, anteriormente designada Stepwise, e da Smart Nature, uma empresa licenciada pelo Infarmed para importar, exportar e comercializar canábis medicinal.
Com vasta experiência na indústria farmacêutica, Vidinha foi um dos nomes mais activos na fase inicial da indústria da canábis medicinal em Portugal. Começou a trabalhar com canábis medicinal em 2016, na Austrália, onde integrou um projecto que culminou na obtenção de várias licenças para fabrico GMP e distribuição de produtos à base de canábis.

Aldo Vidinha organizou, em parceria com o LEF, três edições da conferência Medical Cannabis Europe
Em 2017, regressou a Portugal para liderar o projecto da Holigen (RPK Biopharma), onde ocupou o cargo de COO. Foi responsável por todas as etapas de licenciamento, construção e operação das unidades de cultivo indoor em Sintra e outdoor em Aljustrel, até à obtenção das licenças do Infarmed.
Em 2020, fundou a Stepwise Pharma & Engineering, depois renomeada Stepscience, uma empresa de consultoria que acompanhou dezenas de projectos na área da canábis medicinal, oferecendo serviços desde o planeamento estratégico e regulatório até à implementação de processos de qualidade e certificações GACP e GMP.
Também esteve envolvido na organização nas três edições da conferência Medical Cannabis Europe, que reunia os profissionais da indústria da canábis medicinal para promover a excelência do sector em Portugal.
Numa entrevista concedida ao CannaReporter® há cerca de três anos, Aldo Vidinha lamentava que o mercado europeu estava “a evoluir a um ritmo mais lento do que o esperado”, afirmando que, na sua opinião, essa lentidão estava relacionada com dois factores: “a dificuldade de acesso ao produto pelos doentes, disponibilidade de produtos adequados e a disponibilidade de produto consistente e com a qualidade necessária para ser registado como produto farmacêutico”.
Na sua página do LinkedIn, entretanto actualizada há menos de uma semana, o seu sobrenome foi substituído por apenas um “V.” e deixou de constar qualquer referência à Smart Nature, a empresa que alegadamente estaria envolvida na operação investigada pela Polícia Judiciária. Actualmente, no LinkedIn, Aldo V. está como Strategic Advisor em full time da “Confidential” e cessou as suas funções na Stepscience em Maio de 2025.
Na secção “Sobre”, no LinkedIn, Aldo escreve: “no cerne do meu trabalho está uma missão clara: ajudar as empresas a lançar produtos no mercado de forma mais rápida, segura e inteligente. Seja através de licenciamento de GMP, optimização de processos ou expansão de operações internacionais, o meu foco é gerar impacto real — combinando precisão regulamentar com excelência operacional”.
Há quatro anos, Aldo Vidinha assinou um artigo de Opinião, juntamente com Fátima Godinho Carvalho, do LEF – Laboratório de Estudos Farmacêuticos, intitulado “Canábis Medicinal: O estado da arte em Portugal”, publicado no CannaReporter®.
Comunicação Oficial da Stepscience
Lisboa, 28 de maio 2025 – Vimos por este meio comunicar que Aldo Vidinha renunciou à gerência da Stepscience, e deixará também de ser acionista da consultora.
Queremos agradecer a sua visão e o seu empenho na construção do que é hoje a Stepscience.
O nosso compromisso com os clientes permanece exatamente o mesmo do primeiro dia.
Gratos pela confiança dos nossos clientes.
Nuno Rebelo Santos
Diretor Geral de Qualidade e Validação
nuno.santos@stepscience.com
Miguel Lameiras
Diretor Geral de Engenharia e Gestão de Projeto
miguel.lameiras@stepscience.com
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra, Laura Ramos tem uma pós-graduação em Fotografia e é Jornalista desde 1998. Vencedora dos Prémios Business of Cannabis na categoria "Jornalista do Ano 2024", Laura foi correspondente do Jornal de Notícias em Roma, Itália, e Assessora de Imprensa no Gabinete da Ministra da Educação do 21º Governo Português. Tem uma certificação internacional em Permacultura (PDC) e criou o arquivo fotográfico de street-art “Say What? Lisbon” @saywhatlisbon. Co-fundadora e Editora do CannaReporter® e coordenadora da PTMC - Portugal Medical Cannabis, Laura realizou o documentário “Pacientes” e integrou o steering group da primeira Pós-Graduação em GxP’s para Canábis Medicinal em Portugal, em parceria com o Laboratório Militar e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
