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Diego Quattrone: “Se considerarmos todos os consumidores de canábis, é claro que falamos de uma percentagem muito pequena de pessoas que desenvolvem perturbações psicóticas”

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Diego Quattrone é psiquiatra, investigador e professor catedrático de Saúde Mental e Ciências Psicológicas no King’s College, em Londres, Reino Unido, sendo co-autor de diversos estudos relacionados com o impacto do consumo de canábis – assim como de outros fatores de risco – no desenvolvimento e prevalência de transtornos psicóticos.

O CannaReporter® falou com Diego Quattrone durante a Cannabis Europa, que decorreu em Londres nos passados dias 24 e 25 de Junho, onde apresentou uma das palestras do programa dedicada aos efeitos do consumo de canábis na saúde mental. Este tema propicia sempre um grande debate, devido ao aumento de casos de pacientes que referem o consumo de canábis como o gatilho desencadeante de surtos psicóticos, muitas vezes associados ao aumento da potência de THC e ao uso de canabinóides sintéticos. Tentámos perceber melhor as ligações e as implicações do THC na saúde mental e na psicose na entrevista que se segue.

Dr. Diego, acabou de apresentar a palestra “A Canábis e as Psicoses”, que foi muito interessante e esclarecedora sobre esta questão tão polémica. Uma das coisas que referiu, com base nos dados que possui dos estudos que fez e nas conclusões retiradas dos mesmos, é que a canábis é um factor de risco para o desenvolvimento de psicoses. Para esclarecer, o que é que significa ao certo ser “um factor de risco”?

Significa que aumenta “o risco” de desenvolver psicoses. Mas pode não ser necessariamente o caso. Felizmente, há muitas pessoas que consomem canábis regularmente sem desenvolver qualquer tipo de psicose – mas, como profissionais de saúde mental, concentramo-nos naqueles que desenvolvem uma doença que, infelizmente, é bastante grave. Ou seja, as perturbações psicóticas são doenças mentais graves e por isso é importante aumentar a sensibilização para o facto de que a canábis pode ser “um factor de risco”. Penso que temos sorte, desde esta perspectiva, porque se pensarmos bem, este é o factor de risco para as psicoses mais evitável de todos. Não conseguimos mexer muito na genética das pessoas; não podemos fazer grande coisa sobre as causas biológicas, de modo a prevenir um primeiro episódio de psicose; não podemos fazer muitas intervenções sobre o trauma… Como é que se pode prevenir o trauma? Talvez se possa fazer algum trabalho social, mas não é fácil prevenir o trauma. É muito mais fácil prevenir o consumo de canábis.

Portanto, factor de risco significa que “pode” desencadear um episódio psicótico. Mas também disse que há pessoas que são mais propensas ou vulneráveis, devido a factores genéticos ou outros, assim como há pessoas que podem consumir canábis toda a vida sem nunca desenvolverem qualquer psicose. Tem dados consistentes sobre a percentagem de pessoas que consomem canábis e que desenvolvem psicoses ou esquizofrenia?

É uma pergunta difícil, porque temos de ter em conta que se trata de um factor de risco e que existe uma relação dose-resposta, isto é: quanto mais canábis se consome, ou quanto maior é a potência da canábis que se consome, maior é o risco. Portanto, é difícil fazer uma proporção, porque se considerarmos todos os consumidores de canábis, é claro que falamos de uma percentagem muito pequena de pessoas que desenvolvem perturbações psicóticas.

Serão cerca de 1%, 2% …?

Menos, ainda menos. Mas se considerarmos aqueles que consomem canábis diariamente, a proporção aumenta.

Em quanto diria que aumenta?

É difícil fazer uma estimativa. Não temos a percentagem exacta de pessoas que consomem canábis diariamente e desenvolvem psicoses. No entanto, é certo que se trata de uma minoria e temos de ter isso em conta. A questão é que a canábis é tão comum – há 200 milhões de pessoas no mundo que consomem canábis, das quais quase 10 milhões são consumidores diários –, que mesmo que a proporção [de pessoas que desenvolvem psicoses] seja pequena, isto significa muitas pessoas.

“Penso que não devemos, em momento algum, transmitir a impressão de que condenamos as pessoas por consumirem canábis. É apenas um hábito como qualquer outro, mas temos de informar as pessoas sobre os riscos”

E são pessoas que precisam, efectivamente, de cuidados – e que podem precisar de cuidados para o resto das suas vidas. Mas quanto a este pormenor em específico: as pessoas que têm predisposição genética terão mais probabilidade de ter consequências a longo prazo? Ou seja, se uma pessoa que tem essa predisposição sofrer um episódio, é mais provável que venha a ter outros episódios; mais do que aquelas pessoas que não têm essa predisposição, correcto?

Sim.

Então, um episódio devido à canábis não significa desenvolver uma doença mental a longo prazo.

Isto depende de dois factores principais: o primeiro será deixar a canábis. Nos nossos estudos verificámos que as pessoas que deixam de consumir canábis após o primeiro episódio de psicose, têm um resultado muito melhor e menos recaídas em geral. Também depende de se continuam a tomar a medicação. Como orientação, após o primeiro episódio de psicose, os doentes devem tomar uma medicação antipsicótica durante um ano, pelo menos, se não dois. Depois, gradualmente, de acordo com o psiquiatra, tentar uma redução gradual da medicação antipsicótica. Mas este é um momento-chave – chamamos-lhe intervenção precoce para a psicose. A intervenção nesta janela de tempo tem melhores efeitos em termos de resultados. Se interviermos mais tarde, como disse, infelizmente torna-se difícil para as pessoas recuperar totalmente e terão de tomar uma medicação antipsicótica provavelmente para o resto da vida. No entanto, se pensarmos bem, não é o fim do mundo. É como as pessoas que têm diabetes e tomam um medicamento para a diabetes. Por isso, não devemos ser pessimistas quanto ao resultado da psicose em geral, mas é claro que se a pudermos evitar, é muito melhor.

Apesar de, actualmente, a canábis já ser legal em muitos países (para uso médico, não para uso recreativo ou adulto), milhões de pessoas continuam a comprar canábis no mercado negro sem saberem que canabinóides têm, se tem fertilizantes ou pesticidas, sem saber se é de boa qualidade ou não. Então, o que deveria realmente ser tido em conta relativamente ao uso da canábis de modo a reduzir o risco de psicoses? Que medidas devem ser tomadas?

Bem, em primeiro lugar, educar as pessoas sobre os riscos para que, pelo menos, possam reduzir o consumo de canábis, se o fizerem em excesso. Por exemplo, sabemos que o consumo diário de canábis é o factor de risco mais forte. Por isso, se as pessoas diminuírem a frequência do consumo, isto é naturalmente um passo em frente para reduzir a probabilidade de desenvolver psicoses. Além disso, a potência da canábis é muito importante e, infelizmente, não temos muito controlo sobre ela, porque depende inteiramente do que é vendido na rua. Por isso, infelizmente, não podemos trabalhar muito nesse domínio mas, ainda assim, sabemos que a maioria das pessoas prepara a sua própria canábis, portanto sabe efectivamente a quantidade de produto que coloca no cigarro, pelo que talvez possa reduzir a quantidade de produto. Mesmo que se trate de uma canábis potente, uma quantidade menor pode ajudar. Estas são mensagens muito importantes a transmitir às pessoas. Penso que não devemos, em momento algum, transmitir a impressão de que condenamos as pessoas por consumirem canábis. É apenas um hábito como qualquer outro. Portanto, não há nada de mau em consumir canábis, mas temos de informar as pessoas sobre os riscos, especialmente os riscos a longo prazo, se continuarem a consumi-la. E estamos a falar de psicose, mas não devemos esquecer o impacto no funcionamento cognitivo. Sabemos que, a longo prazo, a canábis reduz a capacidade de concentração, a memória, os processos de aprendizagem, pelo que há consequências também noutros aspectos, não só na psicoses.

Referiu na sua palestra que a proporção de CBD e THC é muito importante, porque foi observado que quando há canábis com uma quantidade elevada de THC e também uma quantidade considerável de CBD, reduz-se o risco de um episódio psicótico?

De sintomas de psicose, em geral. Os sintomas são menos graves, mas continuam a existir, infelizmente. Portanto, não basta pôr CBD. É difícil encontrar, digamos, uma combinação de canábis que não seja arriscada. Praticamente todos os produtos de canábis apresentam alguns riscos.

Acha que é mais arriscado manter o estado actual, em que é ilegal e as pessoas recorrem sobretudo ao mercado ilícito, ou seria importante regulamentá-la, para que as pessoas soubessem o que estão a usar e pudessem escolher quantidades menores de THC, por exemplo? 

Quem me dera que fosse assim; tentaram fazê-lo na América do Norte. Um dos princípios da legalização é legalizar a canábis e o mercado tornar-se um pouco mais controlado e as pessoas optarem por variedades de baixa potência, mas, infelizmente, isso não aconteceu. E a razão é que, quando se legaliza a canábis especialmente, se não se transmite uma mensagem de saúde pública adequada, afirmando que se legaliza a canábis não porque é segura, mas apenas porque, na nossa ideia, pode reduzir o consumo. Infelizmente, as pessoas pensam: “Muito bem, se é legal, é saudável, ou pelo menos não é prejudicial, porque senão não a legalizariam”. Assim, o que acontece na América do Norte é que não só as pessoas consomem mais canábis, como também optam pelas variedades de grau mais elevado, apesar de o mercado ser controlado. E quando digo variedades de grau mais elevado, infelizmente, refiro-me a concentrações muito, muito elevadas de THC, o que é terrível para o nosso cérebro. Quando está abaixo de uma determinada percentagem, podemos considerar o THC como um agonista parcial do receptor CB1, o receptor endocanabinóide que temos no cérebro. Mas quando está em excesso, torna-se um agonista total, o que significa que activa totalmente o receptor e os efeitos em termos de psicose são muito, muito fortes e, por vezes, não conseguimos controlá-los, mesmo com antipsicóticos. 

“Sabemos que o consumo diário de canábis é o factor de risco mais forte. Por isso, se as pessoas diminuírem a frequência do consumo, isto é naturalmente um passo em frente para reduzir a probabilidade de desenvolver psicoses”

Por isso, considera que a educação, mais uma vez, seria fundamental, para os consumidores perceberem os riscos que correm se consumirem canábis de maior potência? 

Sim, penso que a legalização sem educação é perigosa. É muito, muito perigosa. 

E como é que acha que a educação deve ser feita? Nas escolas? Nas lojas? 

Em todo o lado. Fizemos isso com o tabaco com muito sucesso, por isso, provavelmente, a mesma abordagem com a canábis seria igualmente bem-sucedida. Também precisamos de encontrar a comunicação formal mais adequada. É claro que não basta um psiquiatra partilhar informação sobre o que acontece quando se consome canábis de uma forma aborrecida, nas escolas, porque, obviamente, a maioria dos alunos não lhe daria ouvidos. Mas se encontrarmos pessoas ou pares que tenham vivido a experiência da psicose associada à canábis, a mensagem será muito mais forte. 

Portanto, é um pouco como o que acontece com outras substâncias, certo? Essas pessoas são um exemplo do que pode acontecer e do que é possível também fazer para a recuperação, em muitos casos. Outra coisa que achei muito interessante no que disse é que a migração também é um factor de risco para a psicose e que, nos seus estudos leva muito a sério as pessoas ou grupos socioculturais que estuda. Assim, a migração em si pode ser um factor de risco para a psicose?

Sim. 

Então, os migrantes têm um risco maior de psicose do que os não migrantes, e quando consomem canábis, é mais um factor de risco que se acrescenta?

Sim. 

E a prevalência do consumo entre os imigrantes é mais elevada do que entre os não-migrantes, em geral?

Normalmente é mais elevada, sim.

“Infelizmente, em termos de efeitos, o THC sintético é muito pior. O facto de ser um agonista total significa que as pessoas desenvolvem formas extremas de psicose, muito, muito graves

Tendo em conta os países de onde são originários? 

Bem, temos algumas culturas – por exemplo, a cultura negra das Caraíbas – que são mais orientadas para a canábis e, por isso, as pessoas em Londres com essa proveniência tendem a consumir mais. Embora também deva dizer que os tempos mudam porque, em teoria, a cultura original caribenha negra utilizava variedades de canábis de baixa potência – estou a pensar nos rastafarianos, em Bob Marley, etc.. Estes não gostavam de canábis de alta potência porque a usavam de uma forma espiritual, digamos assim. Hoje em dia, se falarmos com pessoas de origem negra das Caraíbas já não é assim – também consomem canábis para apanhar uma “moca”, como qualquer outra pessoa. Por isso, perdemos essa parte da cultura. E agora também temos alguns subgrupos de pessoas que consomem canábis não por razões espirituais, mas apenas porque querem ficar pedrados. E se também tiverem o factor migração nessa equação, infelizmente, é uma tempestade perfeita para a psicose.

E os canabinóides sintéticos?

São um problema, porque os canabinóides sintéticos são utilizados sobretudo porque são mais baratos do que os canabinóides naturais.

Ou porque são legais enquanto não são ilegais.

Bem, em teoria não são legais. Mas o que acontece é que são mais difíceis de detetar. É por isso que são utilizados na prisão, por exemplo, porque é muito mais fácil levar canabinóides sintéticos na prisão. Existem até sob a forma de pedaços de papel imersos em THC sintético, pelo que é muito mais fácil introduzir um pedaço de papel na prisão do que uma erva. Portanto, estas são as principais razões para as utilizar: são mais baratas e são muito mais fáceis de transportar para todo o lado. Devo dizer que os consumidores de canábis normalmente não gostam, ou pelo menos preferem a canábis natural ao THC sintético, pelo que os que usam THC sintético são os que não podem comprar a canábis natural ou estão na prisão, ou num ambiente restritivo.

Infelizmente, em termos de efeitos, o THC sintético é muito pior porque, mais uma vez, como já referi, por ter concentrações elevadas de THC, uma vez que é muito potente, funciona como agonista total do receptor CB1, ao passo que, normalmente, o THC contido na canábis natural é um agonista parcial. O facto de ser um agonista total significa que as pessoas desenvolvem formas extremas de psicose muito, muito graves. E são normalmente essas pessoas que, por estarem intoxicadas com canabinóides sintéticos de uma forma muito grave, algumas, infelizmente, acabam mesmo por se matar sem se aperceberem do que estão a fazer. Estão num estado tão psicótico, que perdem completamente o contacto com a realidade.

E colocam-se em situações de perigo.

A si próprios e às outras pessoas.

Portanto, os canabinóides sintéticos devem ser abordados com muita seriedade.

Sim. São piores do que a canábis natural.

O que diria, então, aos países que pretendem legalizar a canábis recreativa? Deveria haver programas nas escolas, por exemplo, para as crianças compreenderem o uso da canábis ou mesmo de outras substâncias? Deveria também passar pelas universidades, para que os médicos e farmacêuticos possam começar a aprender sobre o sistema endocanabinóide? Acha que isso deveria estar inscrito na lei, num possível modelo de legalização?

Sim, acho que devemos ser humildes e aprender com os outros, em vez de pensarmos que sabemos qual é a solução. Na América do Norte, a experiência de legalização da canábis até agora – não sei no futuro, mas os dados que podemos ver até agora são terríveis – não foi nada bem-sucedida. Acabou por levar as pessoas a consumir mais canábis e variedades de maior potência.

Só os dados relativos ao consumo adolescente é que baixaram.

E nem sequer tenho a certeza disso. Mas o problema é que não teve qualquer sucesso. Por isso, talvez devêssemos tentar fazer o contrário, ou seja: o que não foi feito na América do Norte deveria ser feito na Europa ou nos países que gostariam de avançar com a legalização.

Para isso, deverão ser criados programas de redução de riscos e danos, financiados e levados a sério…

Sim, e a mensagem é muito importante. Temos de investir o nosso dinheiro em mensagens de saúde pública, como fizemos com o tabaco, porque, infelizmente, as pessoas pensam que se a canábis é legalmente segura, senão porque é que um país legalizaria algo que não fosse seguro? E não é essa a razão da legalização. A razão racional da legalização é que a canábis não é segura, por isso vamos legalizá-la de modo a que seja minimamente…

… não tão problemática.

Sim, exactamente. Mas, em teoria, a ambição de qualquer projecto de legalização é reduzir o consumo, não é dizer às pessoas para consumirem mais canábis. Temos de dizer isto às pessoas; caso contrário, e compreensivelmente, elas não o entendem.

Em tempos assisti a uma palestra e penso que foi um membro da Health Canada (Ministério da Saúde do Canadá) quem referiu que o objectivo da legalização não tem que ser necessariamente reduzir o consumo. Depois de todos estes anos de Proibição, em que os consumos têm vindo sempre a aumentar, se chegarmos a uma plataforma em que não há aumento dos consumos, isso já é positivo e é um bom objectivo a ter em mente. Foi o que ele disse e achei muito interessante…

Sim, é justo, é justo. Mas, infelizmente, o consumo está a atingir um patamar nos países onde foi legalizada… Mesmo em Portugal, se olharmos para os dados…

Mas em Portugal não foi legalizada. Só a canábis medicinal.

Canábis medicinal, sim. Mas, se olharmos para os dados, a proporção de psicoses induzida por canábis aumentou em Portugal nos últimos 20 anos. Claro que não sou especialista na situação de Portugal, mas penso que uma das razões poderá ser o facto de, com a legalização parcial ou a descriminalização, a mensagem pública é de que não é algo assim tão mau e, por isso, as pessoas começam a consumi-la mais.

Também referiu que o Canadá tem os dados mais consistentes dos últimos anos no que diz respeito à evolução do mercado e à utilização por parte das pessoas e que também tem feito um excelente trabalho na utilização da canábis para tratar problemas de alcoolismo. Mencionou ainda que, por vezes, algumas doenças mentais (como as perturbações psicóticas) podem dever-se a um desequilíbrio do sistema endocanabinóide. A minha pergunta é: se houver esse desequilíbrio e trabalharmos com essa pessoa com os canabinóides certos, isso pode ajudar a tratar a sua psicose?

Sim, essa é uma questão importante. Infelizmente não tenho uma resposta, porque o sistema endocanabinóide é algo que é disfuncional na psicose, mas ainda não sabemos até que ponto.

E está a estudar este assunto?

Sim, estou a estudar exactamente isso, porque é uma questão em aberto. Provavelmente não será suficiente intervir apenas no sistema endocanabinóide para resolver todas as questões relacionadas com a psicose e a canábis, mas… claro que é um sistema muito bom para trabalhar, especialmente porque não há muita investigação sobre ele.

E quando poderemos ver os resultados do estudo que está a fazer agora?

Bem, ainda é uma investigação em curso, por isso estamos numa fase em que não tenho dados para partilhar. Estamos a recrutar pessoas activamente e a medir os níveis de endocanabinóides para ver o que acontece, quão alterados estão na fase activa da psicose e se há uma diferença quando as pessoas melhoram o seu estado mental.

Muito interessante. E quando acha que poderemos conhecer os resultados?

Nos próximos anos, provavelmente, veremos alguns resultados.

Ficamos a aguardar, então. Obrigada pela sua disponibilidade para falar com o CannaReporter®.

Eu é que agradeço.

 

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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]

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Margarita é colaboradora permanente do CannaReporter desde a sua criação, em 2017, tendo antes colaborado com outros meios de comunicação especializados em canábis, como a revista Cáñamo (Espanha), a CannaDouro Magazine (Portugal) ou a Cannapress. Fez parte da equipa original da edição da Cânhamo portuguesa, no início dos anos 2000, e da organização da Marcha Global da Marijuana em Portugal entre 2007 e 2009.

Recentemente, publicou o livro “Canábis | Maldita e Maravilhosa” (Ed. Oficina do Livro / LeYA, 2024), dedicado a difundir a história da planta, a sua relação ancestral com o Ser Humano como matéria prima, enteógeno e droga recreativa, assim como o potencial infinito que ela guarda em termos medicinais, industriais e ambientais.

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