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Crise habitacional em Portugal: cânhamo permite menos burocracia, mais mercado, mais inovação

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A escassez de habitação acessível em Portugal é um dos problemas sociais mais urgentes da actualidade. As recentes notícias sobre famílias portuguesas obrigadas a viver em parques de campismo evidencia uma realidade dramática, não por falta de recursos, mas por falta de visão estratégica e vontade política de remover os entraves ao funcionamento eficiente do mercado. Mas é tempo de repensar como estamos a construir. O cânhamo industrial representa uma oportunidade real de revolucionar o setor da construção civil. 

A verdade é que o Estado português, ao longo das últimas décadas, tem falhado redondamente em criar condições para que o sector habitacional responda à procura crescente. A burocracia sufocante, os licenciamentos lentos, os entraves ao uso de solo urbano e a carga fiscal sobre os promotores imobiliários criaram um ambiente hostil ao investimento e à inovação.

Não basta construir mais — é preciso construir melhor!

A solução para esta crise passa não por mais Estado, mas por mais liberdade para construir, investir e inovar. Sim, é necessário aumentar a oferta e isso exige reformas que libertem o mercado, incentivem a construção e tragam concorrência ao sector.

Mas também é tempo de repensar como estamos a construir.

As vantagens de construir com cânhamo

O cânhamo industrial, por exemplo, representa uma oportunidade real de revolucionar o sector da construção civil. Trata-se de um material altamente sustentável, acessível e com enorme potencial económico.

Um hectare de cânhamo consegue retirar entre 8 a 16 toneladas de CO2 da atmosfera — sendo uma das culturas mais eficientes em termos de sequestro de carbono.

O chamado hempcrete, ou betão de cânhamo, é leve, resistente, com excelente isolamento térmico e muito menor pegada ambiental do que o cimento tradicional.

O sector privado deve ser estimulado a adotar este tipo de soluções — não através de imposições ideológicas ou subsídios pesados, mas através de incentivos fiscais, redução de IVA em materiais ecológicos, aceleração de processos de licenciamento e criação de zonas francas urbanísticas que premiem a inovação e a sustentabilidade.

Não basta construir mais — é preciso construir melhor, com liberdade para inovar e responder às necessidades reais da população. Também há espaço para um papel subsidiário do Estado, nomeadamente em projectos de habitação de transição ou para populações vulneráveis. Mas insistir num modelo estatal centralizado, como se vê com muitos programas de habitação pública, é repetir erros do passado. A resposta estrutural deve vir do mercado, com o Estado a criar as condições para que ele funcione — e não a substituí-lo.

A habitação deve ser encarada como um bem essencial que só se tornará acessível quando o ambiente político e regulatório deixar de ser hostil ao investimento. O cânhamo e outras tecnologias verdes não são apenas boas para o ambiente — são boas para o bolso dos construtores, para a inovação nacional e para a liberdade de escolha dos cidadãos.

Está na hora de libertar o sector da habitação. Portugal precisa de menos entraves, menos preconceito ideológico e de mais soluções de mercado com visão de futuro.

 

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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]

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Leonardo Sousa
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