Ciência
Teste de reflectância hiperespectral consegue prever o teor de canabinóides a partir das folhas da canábis
Um estudo publicado este mês na revista científica “Industrial Crops and Products”, demonstrou, pela primeira vez, que é possível prever a quantidade de canabinóides que irá ter a flor de canábis usando a medição óptica hiperespectral das folhas (fan leaves) da copa, no início e no final do período de floração.
O estudo foi realizado por nove investigadores da Escola de Agricultura, Alimentação e Vinho da Universidade de Adelaide, pelo Centro de Excelência em Plantas para o Espaço do Conselho Australiano de Investigação, pela empresa de iluminação australiana Vailo e pela especialista em métodos de medição óptica hiperespectral e multiespectral alemã Compolytics.
Foram usados sete regimes de iluminação em dois cultivares de canábis diferentes: Black Label e Mountain Strong CBD 1, ambos com resultados promissores. Foi possível prever “de forma precisa” a concentração de THC, CBD, CBDA, CBGA, CBCA e o total de canabinóides antes do ciclo de floração “independentemente do cultivar e das condições de cultivo”.
Embora tenham registado variações significativas na cor das folhas, na densidade das mesmas e os perfis fenotípicos de acordo com os diversos espectros de de luz aplicados, este método conseguiu distinguir claramente os dois cultivares, sendo que “a precisão das previsões variou apenas moderadamente entre as medições feitas durante fase inicial da floração e a fase final, e variou bastante entre o GC2 [segundo ciclo de cultivo] e o GC3 [segundo ciclo de cultivo].”
Para os autores do estudo, “a capacidade de prever os perfis de canabinóides semanas antes da colheita tem implicações significativas para a produção de canábis, permitindo aos growers e aos breeders melhorar a qualidade do seu do produto, reduzir custos e garantir a conformidade regulamentar, especialmente para plantações de cânhamo industrial sujeitas a limites rigorosos de THC”. Esta técnica não invasiva pode permitir ainda “rastrear e prever rendimentos em operações de canábis medicinal.”
A técnica da medição óptica hiperespectral das folhas também permite aos profissionais seleccionar as melhores plantas para cruzar antes da fase de floração, assim como usar as previsões para decidir qual o melhor momento de colher, “maximizando a produção e minimizando a duração do ciclo de cultivo”, avançam os investigadores.
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Margarita é colaboradora permanente do CannaReporter desde a sua criação, em 2017, tendo antes colaborado com outros meios de comunicação especializados em canábis, como a revista Cáñamo (Espanha), a CannaDouro Magazine (Portugal) ou a Cannapress. Fez parte da equipa original da edição da Cânhamo portuguesa, no início dos anos 2000, e da organização da Marcha Global da Marijuana em Portugal entre 2007 e 2009.
Recentemente, publicou o livro “Canábis | Maldita e Maravilhosa” (Ed. Oficina do Livro / LeYA, 2024), dedicado a difundir a história da planta, a sua relação ancestral com o Ser Humano como matéria prima, enteógeno e droga recreativa, assim como o potencial infinito que ela guarda em termos medicinais, industriais e ambientais.




