Ciência
Ordem dos Farmacêuticos organiza Jornadas sobre Canábis Medicinal em Coimbra
A Ordem dos Farmacêuticos – Secção Regional do Centro está a organizar as jornadas “Cannabis Medicinal – Ciência, Regulação e Práticas Faramcêuticas”. A 1º Sessão Temática vai ter lugar no dia 22 de Novembro, no Auditório da Cooperativa Plural, em Coimbra, com o tema “Cannabis Medicinal: Processo de Uso dos Produtos à Base de Cannabis”.
Este evento é especificamente pensado para os profissionais do setor e, de acordo com o site do evento, o objetivo é “promover a atualização de conhecimentos dos farmacêuticos em Cannabis Medicinal abrangendo as áreas de produção, distribuição, assuntos regulamentares, dispensa e educação terapêutica” e, ao mesmo tempo, “contribuir para a melhoria da efetividade e segurança dos produtos à base de cannabis, assim como otimizar a sua acessibilidade por parte dos doentes.”
Para esta primeira jornada, os temas em debate são variados e abrangentes. Após a sessão de abertura, haverá a apresentação “Do Sistema Endocanabinóide aos canabinóides” com a Dra. Maria Helena Teixeira, do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.
A jornada continua com a palestra “Produtos à base de cannabis” com os farmacêuticos Ângela Rodrigues e Henrique Santos, que irão conversar sobre temas como a prescrição e dispensa farmacêutica ou as ações terapêuticas e as formas de administração destes produtos.
Após o almoço, o dia continua com a mesa-redonda “Barreiras e facilitadores no processo de uso de produtos à base de cannabis”, em que Pedro da Mata (médico), Henrique Santos (farmacêutico), Paula Mota (fundadora da Associação Mães pela Canábis) e um representante do Infarmed irão dar a sua perspetiva sobre as dificuldades que a legislação e os procedimentos atuais colocam em cada caso, expondo também possíveis soluções para os mesmos.
O dia termina com a conversa sobre a “Situação europeia do uso da cannabis medicinal”, no qual Ayesha, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, vai apresentar um estudo comparativo do uso de produtos à base de cannabis na Europa.
De acordo com o Dr. Henrique Santos, coordenador destas Jornadas, este tipo de eventos são importantes para “trazer a experiência dos medicos e farmacêuticos e dos próprios doentes” ao debate, porque, para este farmacêutico, “não estamos a falar de canábis, estamos a falar de um sistema biológico que regula uma série de funções no nosso organismo [SE] e que é importante conhecer”. Ao mesmo tempo, os farmacêuticos têm, segundo ele, “um papel fundamental na dispensa e no apoio aos doentes, dando-lhes informação de como deve ser usada” ou mesmo preparando manipulados que sirvam pessoalmente àquele doente, embora em Portugal não seja permitido.
A participação nesta 1ª Sessão Temática tem um custo de 15€ por pessoa e pode ser feita online, aqui.
A 2º Sessão Temática terá lugar no dia 10 de Janeiro de 2026, também em Coimbra, e tem como tema genérico “Do cultivo ao Medicamento – a Manipulação e as Formas Farmacêuticas da Cannabis Medicinal”. O programa e os oradores convidados serão anunciados em breve.
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Margarita é colaboradora permanente do CannaReporter desde a sua criação, em 2017, tendo antes colaborado com outros meios de comunicação especializados em canábis, como a revista Cáñamo (Espanha), a CannaDouro Magazine (Portugal) ou a Cannapress. Fez parte da equipa original da edição da Cânhamo portuguesa, no início dos anos 2000, e da organização da Marcha Global da Marijuana em Portugal entre 2007 e 2009.
Recentemente, publicou o livro “Canábis | Maldita e Maravilhosa” (Ed. Oficina do Livro / LeYA, 2024), dedicado a difundir a história da planta, a sua relação ancestral com o Ser Humano como matéria prima, enteógeno e droga recreativa, assim como o potencial infinito que ela guarda em termos medicinais, industriais e ambientais.




