2ª edição do Festival Binóide celebra a cultura da canábis no Village Underground, em Lisboa

A segunda edição do Festival Binóide realiza-se no dia 29 de Junho, no Village Underground, em Lisboa, e vai juntar música, arte, workshops, marcas, artesãos, profissionais do meio, entusiastas e curiosos para celebrar a cultura canábica em Portugal – com a energia e o arrojo que carateriza a comunidade brasileira, país de origem da maior parte dos membros da organização e dos artistas no cartaz.

As diferenças terminam aí,  já que a canábis é uma planta de união e no que toca a isso, todos os que a estudam, trabalham com ela e se cruzam nestes eventos costumam partilhar o mesmo fascínio e paixão sem fronteiras. É precisamente isto que o festival binóide quer oferecer: um dia de festa e comunhão entre todos aqueles que encontram respostas na canábis, quer seja medicinal, industrial, recreativa, por trabalho, por lazer ou seja pela pela razão que for.

A par dos concertos e exposições, o Festival Binóide vai ter um “weed market” com produtos de CBD, parafernália, tatuagens e arte ao vivo com a Persi Tattoo, o mini estúdio fotográfico da Social Weed que irá fazer uma oficina de fotografia canábica; flash tattoos de Juliana Mendes e Maria Belier; e bancas de marcas como a Green Mill, Green Culture, Girls Seeds ou projetos de colaboração entre fazedores e artesãos como a Sete Irmãs.

Está também confirmada a presença de Pedro Masetti, que irá fazer uma demonstração de extrações de resina, entre outros workshops e conversas que vão compor o programa dedicado a diversos aspetos da planta. No total vão ser “10 horas de mercado e 14 horas de música” para animar a festa desde dois palcos, com as rimas Muleca XIII, o soundsystem dos Mindel Reggae e a música de vários DJs como DJ Ofá, DJ Stilo, XavBeatzz ou DJ Swingueiro. Mas não se fica por aqui. Haverá também pocket shows, comida e muito networking.

Carolina Furtado, ou Carol Binóide como é conhecida no meio por ser a fundadora do canal Binóide, explica que “a intenção deste evento é espalhar conhecimento, juntamente com a vibração da cultura, da arte e da música.” A primeira edição o Festival, “uniu palestras com sets de DJs e apresentações de artistas ao vivo de forma simultânea. Dessa vez não vai ser diferente: uma feira com mais de +15 marcas enquanto rola o Sound System, tudo ao ar livre em um ambiente que por é, si só, uma intervenção artística: o Village Underground”, explicou. À tarde, conta Carol, as palestras vão acontecer “ num ambiente preparado para aqueles que querem separar um tempo para absorverem informações valiosas” sobre a planta e tudo o que se pode fazer com ela. O Festival Bonóide foi organizado em colaboração com a artista plástica Ingrid Lyra e com a produtora carioca da festa Xarpi, Kel Pastori.

O Canal Binóide, por seu lado, é “uma plataforma de comunicação que une ciência, cultura e marketing para tranformar a percepção sobre a planta” e eventos como este servem para “conectar conhecimento e experiência, em um espaço vibrante e inclusivo, reunindo expositores, artistas, música, atividades interativas e projetos independentes para educar, inspirar e impulsionar a economia verde”.

Tudo boas razões para uma bela festa canábica.

FESTIVAL BINÓIDE – O FESTIVAL DA CULTURA CANÁBICA

29 de Junho, 13h – 3h
Village Underground, Lisboa

PROGRAMA: 

Das 13h00 às 21h30: mercado Binóide com mais de 15 marcas

Das 13h00  às 18h00: rodas de conversa (mais informações em breve)

+ arte ao vivo com @persitattoo

+ estúdio fotográfico @socialweed.co

+ flash tattoo com @mariabelier e @jumendxtattoo

PISTA BINÓIDE (OPENAIR)

13h00: @djessychica

14h00: Batalha de Rimas com @muleca13

14h30: Pocketshows com @lacream444 e @nuuck7

15h00: @nayzera_

16h30: @mindel_reggae_soundsystem b2b @sr.dubong

22h00: Fim

PISTA XARPI

22h00: @ofadjj

23h30: @dj.stilo

1h00: @xavbeatzz b2b @djswingueiroo

3h00: Fim

Bilhetes na Shotgun ou Fourvenues: de 6,00€ (early bird) a 8,00€

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Margarita Cardoso de Meneses

+ postsBio

Margarita é colaboradora permanente do CannaReporter desde a sua criação, em 2017, tendo antes colaborado com outros meios de comunicação especializados em canábis, como a revista Cáñamo (Espanha), a CannaDouro Magazine (Portugal) ou a Cannapress. Fez parte da equipa original da edição da Cânhamo portuguesa, no início dos anos 2000, e da organização da Marcha Global da Marijuana em Portugal entre 2007 e 2009.

Recentemente, publicou o livro “Canábis | Maldita e Maravilhosa” (Ed. Oficina do Livro / LeYA, 2024), dedicado a difundir a história da planta, a sua relação ancestral com o Ser Humano como matéria prima, enteógeno e droga recreativa, assim como o potencial infinito que ela guarda em termos medicinais, industriais e ambientais.

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