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“O Infarmed está finalmente a tornar-se digital, o que pode mudar tudo para os produtores de canábis” – Leia aqui as melhores frases da PTMC25

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Depois da Sessão de Abertura da PTMC25, Vasco Bettencourt, do Infarmed, respondeu às perguntas do público. Foto: Renato Velasco | CannaReporter® / PTMC - Portugal Medical Cannabis
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A PTMC – Portugal Medical Cannabis 2025 decorreu em Lisboa nos passados dias 25 e 26 de Setembro, entre a Sociedade de Geografia de Lisboa e a Casa do Alentejo, no centro da capital portuguesa. Foi um momento histórico por vários motivos. Primeiro, devido ao contexto criado pelas operações da Polícia Judiciária, que visou empresas de canábis medicinal e que trouxe várias implicações para um setor, já por si, difícil de navegar. Depois, devido à presença do Infarmed — Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde I.P., de quem os operadores esperavam respostas que pareciam nunca chegar. E finalmente pela expectativa de poder ouvir as posições de alguns partidos políticos em relação à descriminalização da canábis. Nesta reportagem, escolhemos as melhores frases saídas das conferências e das rondas de pergunta-resposta que se seguiram, para ilustrar alguns dos melhores momentos deste evento que já conta com sete edições.

Os convidados foram chegando pouco a pouco à sala Portugal, do museu da Sociedade de Geografia de Lisboa. Sentia-se a antecipação no ar. Começou a PTMC – Portugal Medical Cannabis 2025 e as perguntas foram mais do que muitas. No programa, a sessão de abertura, com Vasco Bettencourt, director da Unidade de Licenciamento e do Gabinete de Canábis Medicinal do Infarmed, seguida de quatro mesas redondas com convidados especialistas em cada tema.

Para encerrar as conversações, antes do jantar, mais um debate com Carl L. Hart, professor de Psicologia na Universidade de Columbia, em Nova Iorque (EUA), e autor de vários estudos e livros sobre o uso de drogas; o analista e consultor sediado na Alemanha, Alfredo Pascual e representantes de três partidos políticos portugueses: PSD, Chega e Iniciativa Liberal. Todos de direita, é certo, visto que de acordo com a organização, foram convidados todos os grupos parlamentares dos partidos políticos com assento na Assembleia da República (apenas os três referidos acima aceitaram), além de todas as forças policiais portuguesas – que declinaram o convite – bem como João Goulão, presidente da Direção-Geral de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (ICAD), que cancelou no próprio dia, por motivos de saúde familiar.

Apesar das ausências, todas as conversas foram ricas em conteúdo e bastante animadas, umas mais consensuais, outras mais empolgadas. Não se esperava outra coisa, com uma sala cheia de empresários da indústria da canábis, das sementes ao cultivo de canábis medicinal; especialistas em instalações, fertilizantes ou luzes; em compliance, em equipamentos para manipulação, processamento, embalamento e distribuição; advogados, consultores, analistas e alguns médicos e profissionais de saúde (poucos).

O momento também foi especialmente importante. A canábis medicinal em Portugal está a viver um episódio difícil, devido às operações da Polícia Judiciária “Erva Daninha” e “Ortiga”, que revelaram negócios de “porta traseira” envolvendo empresas de canábis medicinal e redes internacionais de tráfico de drogas. Estas investigações da PJ revelaram também algumas falhas na fiscalização por parte do lnfarmed, que já andava atrasado com respostas e relatórios trimestrais, deixando a indústria bastante desamparada e cheia de incertezas, com a sua imagem internacional também afectada.

A falta de informação clara e a investigação em curso protegida com o segredo de justiça, leva a que investidores e operadores internacionais estejam muito nervosos e a dar instruções para não se fazerem negócios em Portugal, preferindo outros mercados mais seguros como a Suíça, República Checa, Polónia, Marrocos ou Malta.

Um passo à frente, dois atrás

A canábis medicinal é legal em Portugal desde 2018 e estima-se que este ano a indústria chegue aos 41,3 milhões de Euros de receitas apenas a nível nacional, representando um crescimento anual previsto de 2,37%.

De acordo com os números partilhados pelo Infarmed durante a PTMC25, existem 125 empresas de canábis medicinal autorizadas em Portugal: 39 licenciadas para cultivo, 24 para processamento, 13 para distribuição e 49 para Import/Export.

Portugal exportou este ano mais de 33,245 toneladas (dados até final de Agosto 2025, em 2024 atingiu o total de 31,021 toneladas). O maior comprador é, de longe, a Alemanha (27,281 ton.), seguido de Espanha (2.774 Kg) e da Polónia (1.047 Kg). 

Porém, em Portugal, de acordo com os últimos dados publicados pelo Infarmed, em 2025 apenas foram prescritas 1157 embalagens de canábis medicinal, número que estava em 757 embalagens até o final do 3º Trimestre de 2024.

Em termos globais, de acordo com o relatório da Global Medical Cannabis Market, prevê-se que o mercado mundial de canábis medicinal chegue aos 121,33 mil milhões de dólares norte-americanos até 2033.

Até o final do primeiro trimestre deste ano, Portugal era o segundo maior exportador mundial de canábis medicinal, a seguir ao Canadá. Mas depois dos mais recentes acontecimentos, o mercado português está a desacelerar rapidamente.

Situação desafortunada para um país que, logo este ano, celebra o 25º aniversário da aprovação da Lei nº 30/2000 de 29 de Novembro, que descriminalizou o uso de todas as substâncias. Portugal foi pioneiro e, dado o sucesso dessa medida, ainda hoje é um exemplo muito referido em termos de políticas de drogas em todo o mundo. A medida tomou-se devido a duas situações-chave: o aumento de casos de HVI/SIDA entre os dependentes (com as respetivas mortes associadas) e o impacto que o crescente consumo de heroína estava a ter a nível social e de saúde pública.

Celebram-se também este ano os 100 anos da Proibição, ou seja, desde que em 1925 a Liga das Nações assinou a revisão da Convenção do Ópio de 1912, fazendo deste o primeiro acordo internacional de combate às drogas, no qual a canábis surge como substância sujeita a controlo internacional, limitando “o uso de cânhamo indiano e a preparação de produtos derivados” apenas a “fins médicos e científicos”.

Posto isto, o ambiente que se vivia na PTMC 25 era de alguma ansiedade e grande expectativa, algo que ficou claro ao longo de todas as apresentações e mesas redondas que tiveram lugar neste dia de debate. Não sendo possível retratar tudo em poucas palavras, seleccionámos algumas das melhores citações de cada orador participante na PTMC25.

Vasco Bettencourt, Director of the Licensing Unit and the Cannabis Office at Infarmed I.P., opened the PTMC25

SESSÃO DE ABERTURA
“6 anos de canábis medicinal em Portugal: O que se segue?”

Vasco Bettencourt, Infarmed

  • “Esta conferência permite-nos debater tantos as oportunidades como os desafios que o setor da canábis medicinal está a enfrentar, em Portugal e internacionalmente. Este ano foi particularmente exigente, não só para as empresas como para a autoridade reguladora – tem sido um verdadeiro teste de resiliência para o sistema como um todo. Enfrentamos circunstâncias difíceis com o desvio de produtos de canábis da cadeia de fornecimento para o mercado ilegal. É importante sublinhar que estes incidentes estão limitados a umas quantas transações, relativas a um pequeno número de empresas do setor.”
  • “[Em 2025] Tivemos um ligeiro aumento do número de empresas produtoras, com 33 toneladas exportadas, face a um aumento de 7% (31 toneladas em 2024) e 12 preparações aprovadas com diferentes perfis de CBD e THC.”
  • “A maior parte dos produtos exportados provém da produção interna.”
  • “[Nos requisitos enviados aos produtores] Referimo-nos ao número de plantas e não ao peso dos clones. Temos que saber o peso aproximado. Sabemos que é difícil pesar os clones, só precisamos de ter o número.”
  • “Quero dizer que [para as empresas serem licenciadas e avaliadas rapidamente] é importante implementarem sistemas digitais e os registos devem estar todos corretos para a vossa atividade.”
  • “Sabemos que o procedimento de emissão de certificados demora tempo — há situações desafiantes que exigem a adoção de medidas rigorosas e precisamos de perceber como as empresas estão a fazer o seu trabalho (…) Se ultrapassarem certa linha, tudo muda, porque passa a envolver as autoridades judiciárias. O controlo rígido vem delas. Para nós [Infarmed] seria maravilhoso se não tivéssemos de o fazer… É claro que também estamos num processo de aprendizagem.
  • “É importante para o mercado nacional colocar os produtos no nosso mercado. Isto traz conhecimento… Portanto, se vem estabelecer-se aqui para exportar, temos que adaptar o nosso sistema. Estamos a investir recursos apenas para exportação.”
  • “Temos um recurso digital que estamos a implementar – leva tempo (…) e precisamos de nos adaptar muito rapidamente a tudo isto.”
  • “O Infarmed está finalmente a tornar-se digital, o que pode mudar tudo para os produtores de canábis”.
  • “Não há falta de recursos. Precisamos apenas de reaproveitar os recursos. Acredito que 2026 será muito melhor do que 2025. E o último trimestre de 2025 será muito melhor que os anteriores.”
  • “Os desafios que enfrentamos são naturais para este sector, são como dores de crescimento. Queremos tornar-nos mais fortes, mais transparentes e mais resilientes.”

Painel de Discussão #1: “CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS E INOVAÇÃO EM PRODUTOS E MEDICAMENTOS À BASE DE CANÁBIS”

A farmacêutica e consultora independente Helena Correia, Amit Edri (CEO da Portocanna), Danny Andrea (Curaleaf International) e Fátima Godinho Carvalho participaram neste debate, moderado pela Jornalista Sarah Sinclair

  • “Os frameworks são realmente importantes. O desafio é como a farmácia tradicional se pode adaptar a eles. Queremos ver a canábis como um medicamento, não como uma medicina alternativa, por isso precisamos mesmo de inovar. Precisamos de precisão. A razão pela qual as pessoas compram medicamentos todos os dias é porque é fácil. Trazer a canábis em formatos tradicionais é importante. Trabalhar em conjunto com os doentes é fundamental.”
  •  “O futuro tem duas vias: os pacientes que já usam e os pacientes que ainda têm medo de usar.”
  • “[É importante proporcionar] discrição, segurança e permitir que os médicos se sintam confortáveis ​​com os produtos e a dosagem, para que possam prescrever confortavelmente”.
  • “Promover [o uso] da Evidência do Mundo Real (EMR) é dar voz aos doentes. Precisamos de insistir com os reguladores o quão importante isto é. Precisamos realmente de analisar os anos e anos de data de EMR que temos. (…) Precisamos de juntar tudo isto e harmonizar esses dados.”

Danny Andrea, Directora de Produtos e Projectos, Curaleaf International     

  • “Se queremos que os médicos prescrevam [canábis] e se sintam confiantes, precisamos de consistência e qualidade. As Boas Práticas de Fabrico (GMP nas suas siglas em inglês) são obrigatórias. Os testes são muito importantes. Não podemos vender um produto se não conseguirmos garantir que está livre de contaminantes. E também temos de utilizar uma abordagem baseada na gestão de risco, porque isto é complexo. Precisamos de antecipar riscos e ter implementado um sistema de qualidade muito robusto.”
  • “Os estudos clínicos randomizados controlados e o método tradicional não podem ser aplicados a produtos medicinais à base de canábis. Há muitos factores que não nos permitem aplicá-los da mesma forma. Há outras formas. E há também a evidência do mundo real (EMR), que é cada vez mais importante, porque há uma utilização de longa data e daí podemos obter muitos dados sobre a sua eficácia. E também podemos beneficiar pensando fora da caixa – não sendo tão tradicionais.”

Fátima Godinho Carvalho, Diretora Executiva da LEF – Laboratório de Estudos Farmacêuticos     

  • “As regulamentações têm sido um grande desafio no caminho da inovação. Cada país tem regulamentos diferentes… por isso é muito importante conseguir a harmonização de todos os países da UE (…). E assim que tivermos a autorização de introdução no mercado (AIM), poderemos ter o tratamento disponível para os doentes, em todos os países.”
  • “Para atingir o objetivo de ter produtos realmente úteis, precisamos de soluções que sigam a abordagem farmacêutica. A indústria deve adotar a forma farmacêutica, que é mais precisa.”
  • “Os reguladores devem emitir novas normas, (…) e devem pensar fora da caixa. Eles precisam de aprofundar um pouco mais neste processo e também têm que inovar. A canábis não é como qualquer outro dos medicamento que já temos. Pode ser inalada, ingerida, etc. (…). Precisamos de ter regulamentos específicos, que se apliquem a este produto em específico.”
  • “Devemos fazer ensaios cegos e randomizados, mas não podemos fazer um estudo cego porque o placebo não tem cheiro nem sabor e é difícil de simular. Mesmo assim, são feitos estudos. Mas também temos a evidência do mundo real e podemos combinar ambos. Seria realmente bom ter uma abordagem mais híbrida.”

Helena Correia, Farmacêutica e Consultora Independente   

  • “Há sempre setores altamente regulamentados e a inovação é o que muda o jogo. A canábis é o que vai alterar a estrutura tradicional da indústria farmacêutica. Espera-se que todas as alterações sejam difíceis – de implementar, de produzir… Mas estamos a tentar criar regulamentos que sejam mais adequados ao nosso setor específico.”
  • “Quando falamos dos doentes como um grupo, estamos a falhar. Os pacientes estão completamente segmentados: há os que querem fumar flor, os que preferem os óleos, os comestíveis… O foco deve ser a segmentação e a compreensão das necessidades [dos doentes]. Ter 250 SKU diferentes, para uma empresa, é uma loucura completa.”

Amit Edri, Co-Founder & CEO of Portocanna     

Painel de Discussão #2: CONSTRUIR UMA EMPRESA DE CANÁBIS DE SUCESSO: COMO ATRAIR INVESTIMENTO E OBTER RETORNO DO INVESTIMENTO?

Laura Ramos (Moderadora, CannaReporter®), Franziska Katterbach (Openhoff), Michael Sassano (SOMAÍ), Joana Silveira Botelho (CuatreCasas) e António Vieira (Acecann) participaram nesta discussão.

  • “Este é um setor altamente regulamentado. Por isso acredito que uma das coisas mais importantes para começar, é conhecer bem o enquadramento legal desde o princípio. Esteja atento ao tipo de procedimentos que irá ter e com os quais terá de lidar – procedimentos legais e administrativos, etc.. Compreenda os riscos e, claro, seja paciente, porque para estar em conformidade a 100%, vai levar tempo.”
  • “É muito difícil mudar a lei. Mas, honestamente, às vezes não é preciso mudar a lei. Por definição, a lei, é geral e abstrata e não define cada pequeno aspeto e detalhe. Assim, compreendo que, no mundo ideal, a indústria se uniria, com um lobby forte, e tentaria mudar alguns aspetos da lei. Mas penso que o que é preciso é conhecer a lei e tentar adaptá-la à sua realidade; ir ao organismo regulador e solicitar alguma regulamentação específica sobre a mesma, sem ter que ir ao parlamento e ter a formalidade da lei.
  • “As organizações de doentes são cruciais, mas as organizações médicas também. Aqui em Portugal falta-nos este tipo de importância educativa.”

Joana Silveira Botelho, Advogada e partner da Cuatrecasas     

  • “Se me perguntar: ‘Quer ser apenas o produtor?’ Acho que se deve perguntar primeiro porque é que o faz e qual vai ser a sua concorrência, com que bancos vai trabalhar, porque já existe um mercado. Não há nada de único em ter uma licença, muitas empresas têm licenças. Os tempos em que uma licença valia dinheiro acabaram. (…) Portanto, acho que tudo começa com uma ideia inteligente e única. Onde está o nicho de mercado? Enquadro-me nesse nicho? E onde está a minha vantagem competitiva em relação aos outros? Porquê? Por que é que este produto é necessário?”
  • “Parte do seu trabalho é investigar as empresas, investigar os brokers? Por mais doloroso que seja para todos, sim. Porque chegará um momento em que os reguladores intervirão, ou terá uma luta judicial, ou terá esta bela situação em que estará à procura de um investimento. Por isso, eu analiso tudo como se fosse colocar os meus clientes em apuros, porque tem de estar preparados.”

Franziska Katterbach, advogada e partner da Oppenhoff     

  • “Suponho que, se quer construir uma planta de cultivo, se é esse o seu desejo, deve construí-la. Ao fim de tantos anos, ainda continuo a fazê-lo, por isso, obviamente, continuo a querer fazê-lo. Mas é preciso entrar com os olhos bem abertos para perceber qual é o mercado. (…) Produzindo localmente, temos muitas vantagens e desvantagens. Estamos a passar por tempos bastante difíceis aqui em Portugal, mas quando chegam novos países e dizem: ‘Nós somos o novo Portugal!’ Bem, a indústria vai continuar a crescer e é melhor começarem já!”.
  • “Investe o seu dinheiro e começa a construir. Depois percebe que tudo vai demorar o dobro do tempo, custar o dobro e vai ganhar metade do dinheiro – por isso, muito provavelmente, vai ficar sem dinheiro. Um dia tem muito dinheiro e no outro vai todo desaparecer. E este ciclo continua a repetir-se. Novos países vão continuar a surgir e isto vai continuar a crescer. Este é o ciclo em que vai participar – por isso, entre com os olhos bem abertos.”
  • “Se Portugal continuar a não ultrapassar os problemas, se não os resolver e continuar a causar stress financeiro às empresas, alguém acabará por ser o número um e ultrapassar Portugal, sem dúvida. (…) Nós ainda vamos servir os mercados em que operamos, com ou sem Portugal.”
  • “Detesto ter de usar processadores no Canadá para fazer as coisas. Mas, sabe, se as coisas não estão a ser feitas aqui… Como empresário e investidor, tenho que considerar outras vias para proteger as minhas linhas de rendimento de capital. O Canadá está a abrir centros de processamento de flores – ouvi dizer que estão a ser abertos três agora – por isso, estão claramente a tentar isolar-se do mercado português. E esse dinheiro não vai para Portugal.”

Michael Sassano, CEO da SOMAÍ Pharmaceuticals     

  • “Inicialmente, este negócio era mais como uma corrida. Então, começava-se a infraestrutura e começava-se o plano para ser o mais rápido amanhã. Isso mudou completamente. Agora, é preciso construir algo com uma proposta realmente válida em mente. Vimos no painel anterior que um dos focos deve ser a inovação. Portanto, esta é a pergunta que se faz quando se inicia um projeto como este. Levará mais tempo do que se espera, gastará muito mais do que o esperado, mas se tiver uma proposta válida em mente, uma ideia clara do início ao fim, vale a pena.”
  • É difícil comunicar [aos clientes] que isto vai demorar – e demora porque, por vezes, o caminho não é claro. É claro para um mercado, mas não para outro. Se houvesse uma regulamentação clara em toda a Europa, teria o caminho e poderia usar exemplos anteriores de empresas que tiveram sucesso como roteiros, certo? Mas, como tudo está a mudar, está a lidar com expectativas muito elevadas – porque estes projetos são muito, muito caros – e com uma regulamentação que muda constantemente.

António Vieira, CEO AceCann     

  • “Não existe legislação [sobre reembolsos] diretamente relacionada com a canábis medicinal, e não me refiro apenas a uma lei que venha do parlamento, pode ser uma portaria do Ministério da Saúde. (…) Há vários requisitos a observar. Mas o principal requisito é a inovação. E até agora, não recebemos nenhum pedido de reembolso (…) de empresas que têm a autorização de comercialização dos produtos que estão disponíveis… e, claro, temos de avaliar esses pedidos para ver se são acompanhados de uma inovação. Portanto, isto pode levar à possibilidade de reembolso. Não é algo direto. Será necessário ser avaliado e analisado.”

Vasco Bettencourt, Infarmed     

 

Painel de Discussão #3: “CULTIVO, PROCESSAMENTO E DISTRIBUIÇÃO DE CANÁBIS MEDICINAL NA EUROPA”

Margarita Cardoso de Meneses (Moderadora, CannaReporter®), Xavier Gaya (Avitas Global), Rui Soares (Paralab Green), Inês Campos Lime (BioLeaf Health) e Louis Golaz (RED Horticulture) integraram esta mesa redonda

  • “Agora é o momento de colocarmos os dados em circulação. Todos os devem comunicar. A mentalidade tem que mudar completamente. Todos temos novas ideias todos os dias neste setor. E é óptimo. A nossa paixão leva-nos a isso. Mas a nossa paixão também nos pode levar a tomar boas decisões e, por vezes, precisamos de investir. Precisamos de investir em pessoas inspiradoras, de estabilizar as nossas genéticas. Mesmo que as sementes sejam do catálogo e tenhamos certificação, sabemos que, mesmo tendo alguma certificação, nada nos vai garantir que não vamos ter algum problema. Se queremos ser fiáveis ​​e garantir a reprodutibilidade de todos os itens nos processos, este é o principal desafio.”
  • “[Devemos ter] critérios claros para escolher os fornecedores, os prestadores de serviços. Por favor, não instalem sistemas de rega que não sejam capazes de fazer um bom trabalho, e deve ter feedback do seu produto. Precisamos de feedback, precisamos de dados para melhorar, para avançar e ver, mesmo internamente, que estamos a fazer um bom trabalho. Por vezes as estas empresas não têm isso implementado desde o início, e mudar as coisas enquanto quando já estamos a produzir, enquanto tentamos destacar-nos no mercado, é mais difícil.”

Inês Campos Lima, Gestora Técnica e Diretora de Qualidade na BioLeaf Health   

  • “Não se pode melhorar aquilo que não se mede. Portanto, é preciso medir para compreender a melhoria e, também, é preciso compreender o que está a impulsionar as capacidades do seu negócio.”
  • “Vejo muitos produtores, na minha área, a concentrarem-se no rendimento, no rendimento por quilowatt-hora e, na verdade, são estas métricas que deve observar. Penso que expandir estas métricas é muito importante para melhorar todos os processos que se tem na estufa”.
  • “Cada planta, dependendo do seu estado de desenvolvimento e também da genética, reagirá de forma diferente devido à radiação que recebe. Penso que é ainda mais interessante em instalações interiores, porque toda a luz que está a ser direcionada é, na verdade, luz artificial. Portanto, tem realmente controlo sobre a planta naquele momento”.
  • “Muitas melhorias virão com as tecnologias FNC, e nessa altura seremos capazes de realmente desenvolver procedimentos operacionais padrão (SOPs) que proporcionem resultados regulares e consistentes e tenham mais estabilidade em tempo real. Por isso, olho para o futuro com muito optimismo, especialmente em termos do aumento da eficiência. ”

Louis Golaz, Co-fundador da RED Horticulture e da ScarLED     

  • “Acho que escolher as pessoas certas desde o início é mais fácil na teoria do que na prática. Mas penso que ter olho com as pessoas que se contratam pode ajudar. Muitas vezes, porém, é muito, muito difícil garantir que se está a tomar as decisões certas desde o início. Portanto, é preciso tomar as decisões e simplesmente seguir em frente. É impossível prever tudo o que vai acontecer.”
  • “’Retrofitting’ é uma palavra que detesto. Vemos isto com frequência, especialmente em estufas – as pessoas pegam numa plantação de morangos, framboesas ou qualquer outra, e tentam transformá-la em canábis porque vão poupar dinheiro. (…) Mas não consideram a localização, que fica a cinco quilómetros da praia, por isso há humidade durante todo o dia e toda a noite… Portanto, há desafios, mas são básicos. Com as instruções certas, não há realmente nenhuma razão para que não se tenha uma instalação equilibrada. Acredito que o antigo nome dado à produção farmacêutica é ‘agricultura ambiental controlada’. É preciso controlar cada detalhe e projectá-lo adequadamente.”
  • “Basicamente, uma planta que possui dois conjuntos de cromossomas é designada por diplóide. Esta cruza-se com uma planta que tem quatro conjuntos de cromossomas – e um cruzamento de uma diplóide com uma tetraplóide, tem triplóides. Às vezes estas são [plantas] muito vigorosas, mas só na fase vegetativa. Então, podem ser realmente muito permeáveis ​​nesse sentido. Mas ainda estão a trabalhar nelas para que também possam ter um crescimento generativo igualmente abundante. Há algumas empresas que estão a fazer muitas alegações e eu acho que o mais importante agora é que as pessoas as testem.”
  • “Os cientistas hoje estão a dizer: ‘se nos esforçarmos um pouco mais’ vamos conseguir obter a esterilidade total nos nossos triplóides. Portanto, acho que é só uma questão de deixarmos os especialistas a trabalhar nisso, para conseguirem chegar onde precisam. É a mesma coisa com as F1s [primeira geração]. Um produtor com quem falei hoje disse que parte da genética é muito, muito estável e uniforme. Outras são muito imprevisíveis. Portanto, vamos ver daqui a cinco anos, onde estamos.”
  • “A atenção ao detalhe é algo que é um pouco negligenciado. Pode ter um piloto a pilotar um Cessna e ele tem uma lista de verificação de 15 coisas antes de poder levantar voo. Mas se pilotar um jacto enorme, terá uma lista de verificação de 10 milhões de coisas antes de poder levantar voo. Há tantos detalhes, muito, muito pequeninos… E, para gerir tudo com a precisão necessária, há muitas coisas que podem ser facilmente negligenciadas.”
  • “Estou muito grato pelo futuro que se avizinha, tanto para a genética como para a canábis. Se comprarmos com o que tínhamos há cinco, dez anos… Se plantaram [sementes] autoflorescentes naquela altura, todas [as flores] tinham um sabor muito insípido e sem graça. A moca era zero. As flores autoflorescentes de hoje são bastante diferentes, por isso, acho que é sempre bom estar de olho nas bases de dados genéticas. E depois também temos a cultura de tecidos e outras coisas muito divertidas.”

Xavier Gaya, consultor da Avitas Global     

  • “Há problemas comuns a todos, nas pequenas explorações. E há problemas que surgem com o cultivo, para todos há soluções. De certa forma, não são os sistemas que afetam uma sala de cultivo, mas também podem afetar, por exemplo, uma sala de secagem. Mesmo para as empresas que projectam isto no início, e a experiência que poderia funcionar talvez no Canadá e nos Estados Unidos, as condições ambientais não são as mesmas, por isso não funcionará aqui”.
  • “E, além disso, não existe uma receita única. Pergunta-se a qualquer produtor como é que secam. Qual é a sua receita? Vamos receber dez respostas diferentes. Isto não é ciência. Isto não está a funcionar de forma consistente. É mais do que isso. Hoje em dia, existem soluções. Pode estar a utilizar sistemas naturais tradicionais, por isso utilize outras tecnologias que lhe dêem um melhor controlo.”
  • “Outro problema comum é a contaminação. Encontro isso em todo o lado, não apenas na Europa. Temos várias operações em curso e ainda há grandes contaminações. Mesmo que assine uma ordem de data para a contaminação agora, esta aparecerá naturalmente com o tempo. Não é possível eliminar todos os casos. Então, isto tornar-se-á um tipo de problema, para o qual teremos uma remediação que manterá a contaminação no mínimo.”

Rui Soares, CEO da Paralab     

Painel de Discussão #4: “A CADEIA DE ABASTECIMENTO DE CANÁBIS NO MUNDO: TENDÊNCIAS DOS MERCADOS INTERNACIONAIS”

Arnau Valdovinos (Moderador, Cannamonitor), Alfredo Pascual (Analista Independente, CFA), Natalia Lopez (Consultora, Big Leaf), Rob Smallman (Consultor, Global Cannabis Exchange) e Sita Schubert (Secretária-Geral, EUMCA)

“O sucesso da Alemanha veio das flores e da Telemedicina.”

Arnau Valdovinos, fundador da Cannamonitor      

  • “A telemedicina é um fenómeno enorme. Quando a cortaram na Polónia, as prescrições caíram 55%. Mas agora normalizaram o mercado com um programa híbrido.”
  • “Se pensa que vai enriquecer rapidamente no mercado europeu, isso não está a acontecer. Normalmente, vai demorar três, quatro, cinco meses, só para começar. Depois terá um lucro 30 ou 60 líquidos com o fornecimento ao distribuidor. E depois, cinco a seis meses para receber o seu ordenado. Portanto, precisa de ter esse cash flow, precisa de ter essa capacidade de aguentar até lá.”
  • “A Alemanha ainda tem o GG 4 disponível, ainda se sai bem, e isto porque é consistente. É sempre a mesma coisa. As pessoas querem consistência; os médicos querem consistência; na indústria farmacêutica, têm consistência. Mas o mercado também muda, certo? Nos Estados Unidos [onde o uso adulto é legal], passam por 15 cultivares a cada três semanas. As pessoas aborrecem-se, querem comprar algo diferente.”
  • “Temos dados em todo o mundo, dados sobre o mercado alemão, o que está parado nas prateleiras. Temos modelos específicos de IA para o grupo de Barcelona, ​​​​que nos mostram estes modelos práticos de IA em diferentes mercados e vemos o que está a acontecer. É isso que os nossos modelos de IA fazem: prever o mercado – COVID, Reino Unido, Alemanha. Por isso sabemos onde investir e acho que isto vai ser cada vez mais produtivo.”

Rob Smallman, Global Exchange Network     

  • “A procura existe. Não se pode reduzir a procura restringindo a telemedicina. Se for restringida, haverá compressão do mercado e os produtos irão para outro lado. Na Tailândia, cederam à pressão internacional. Legalizaram a canábis como qualquer outra cultura, abriram as prisões… Sem regulamentação, há um enorme aumento do mercado e uma curva de aprendizagem rápida. Agora, querem regulamentar um pouco mais porque querem ser bem vistos nos outros países.”
  • “No final, está-se a matar o mercado com o compliance e tudo o resto.”
  • “O que posso dizer agora, porque há uma tonelada de dados, é que é, precisamente, o chamado segmento de flores baratas [value flowers] o que realmente tem movimentado o mercado em termos de volume. Disto tenho a certeza.”

Alfredo Pascual, analista independente     

  • “Na Tailândia, vêem a canábis como algo cultural.”
  • “O futuro da canábis medicinal são os extractos – que são previsíveis, fiáveis ​​e podem ser produzidos em massa, reproduzidos e padronizados através de processos de fabrico ou síntese, coisa que a flor seca não permite.”
  • “Eu não acho que as flores de canábis devam ser regulamentadas para uso farmacêutico. Estamos a tentar regulamentar uma planta… Estamos a tentar aplicar directrizes que favoreçam aspectos como a esterilidade a um produto não-estéril e a tentar obter reprodutibilidade de uma amostra biológica que tem o seu próprio microbioma, certo? A canábis regulada farmacêuticamente, para mim, é uma ofensa. Os medicamentos à base de plantas fazem parte do nosso legado, é o nosso direito fundamental de escolher o nosso próprio medicamento e este é violado pela canábis regulamentada. Regulamentar esta indústria como se fosse um produto farmacêutico não permite que as pessoas se curem. Ninguém está a ganhar agora.”
  • “Antes de termos tudo isto, tínhamos anos e anos de uso. E não havia mortes. Os dados que temos provêm de outras farmacopeias… não são da canábis.”
  • “Fizemos muita publicidade enganosa. Há muita propaganda alarmista… Mas é fácil: em primeiro lugar, devemos permitir que mais pessoas forneçam dados e que se possa aceder às patentes. Precisamos de garantir que a matéria-prima está acessível e pronta a usar.”
  • “Outra é esta obsessão que a indústria tem, que os clientes têm – creio que vem de uma orientação errada face aos consumidores – com a potência do THC, como principal medida de qualidade da canábis. Já foi demonstrado repetidamente que a potência do THC não se correlaciona, de facto, com a experiência preditiva na canábis, mas este tipo de busca pela potência acima de tudo é muito, muito difícil de alcançar, além de limitar o que se pode cultivar.”
  • “[Para entrar no mercado Europeu] o maior estrangulamento, neste momento, é o embalamento GMP. Há muita pressão para que a embalagem GMP esteja disponível. Há filas, às vezes as pessoas assinam acordos de fornecimento com outras explorações e isso acaba por falhar para os pacientes, porque talvez uma instalação de embalamento específica acabe por dar prioridade a uma exploração que está a produzir muito produto standard, mas como vão lançar um press release, estão a fazer uma parceria, os outros terão de esperar pela sua vez enquanto isso acontece. Mas existe uma solução incrivelmente fácil para isso, que é parar de tratar a flor seca como um produto farmacêutico e deixar de exigir que passe pelo embalamento GMP.”

Natalia López, consultora da Big Leaf     

  • “Temos de distinguir: os suplementos são para pessoas saudáveis ​​e os medicamentos são para pessoas doentes. Na Alemanha, temos uma longa tradição de medicamentos à base de plantas, mas também temos os produtos farmacêuticos, e isso deve-se à regulamentação.”
  • “Existe uma espécie de semente de alta potência, mesmo na Alemanha, que tem uma situação muito bem estabelecida. Mas estamos a perder as potências baixas, e muitas doenças femininas não conseguem lidar com potências altas porque os pacientes são mães, estão a cuidar das suas famílias. Por isso, em muitos casos, as doenças femininas não devem ser tratadas com potências elevadas.”
  • “A educação é fundamental e a informação é fundamental, e isso é algo muito importante para avaliarmos antes de decidir como vamos continuar.”
  • “Os suplementos alimentares são para pessoas saudáveis, e os medicamentos são para pessoas doentes. Se eu tiver um filho, quero dar-lhe algo que seja fiável, que esteja controlado, que tenha passado por muitas avaliações para que, no mínimo, possa confiar que é um produto seguro e de qualidade.”

Sita Schubert, European Medicinal Cannabis Association (EUMCA)      

Nota do Editor: O CannaReporter® agradece a Sarah Sinclair e a Roberto Perez pela partilha de conteúdos sobre estas mesas. Sem a contribuição de ambos, este artigo não teria sido possível.

 

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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]

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Margarita é colaboradora permanente do CannaReporter desde a sua criação, em 2017, tendo antes colaborado com outros meios de comunicação especializados em canábis, como a revista Cáñamo (Espanha), a CannaDouro Magazine (Portugal) ou a Cannapress. Fez parte da equipa original da edição da Cânhamo portuguesa, no início dos anos 2000, e da organização da Marcha Global da Marijuana em Portugal entre 2007 e 2009.

Recentemente, publicou o livro “Canábis | Maldita e Maravilhosa” (Ed. Oficina do Livro / LeYA, 2024), dedicado a difundir a história da planta, a sua relação ancestral com o Ser Humano como matéria prima, enteógeno e droga recreativa, assim como o potencial infinito que ela guarda em termos medicinais, industriais e ambientais.

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