Álvaro Covões, que adquiriu terreno da Clever Leaves, diz que não tem “qualquer interesse em cultivar canábis”

No início de Abril, noticiámos que Álvaro Covões, fundador e CEO da ‘Everything is New‘, tinha comprado o terreno onde se encontrava a plantação de canábis medicinal da Clever Leaves, no Alentejo, em Portugal, por 1,4 milhões de euros. O CannaReporter falou com Álvaro Covões, que esclareceu que não é sua intenção investir no sector da canábis: “Adquiri o terreno [da Clever Leaves] porque confinava com terrenos do Festival de Sudoeste [em São Teotónio, Odemira], dos quais tenho 50%. Tinha direito de preferência [de aquisição] e optei por comprar para investimento, mas não tenho qualquer interesse na canábis, nem na agricultura”, explicou, divertido.

Álvaro Covões, fundador da agência promotora de espectáculos Everything is New, que organiza alguns dos maiores festivais de música de Portugal, confirmou que a compra dos terrenos da Clever Leaves aconteceu porque, aquando da venda, lhe foi dado o direito de preferência de aquisição, como está previsto na lei Portuguesa para os vizinhos que têm terrenos confinantes.  Além disso, esclareceu que foi um “investimento a longo prazo” e que não pretende investir em canábis.

O empresário, que dedicou a maior parte da sua vida à área da cultura, nomeadamente aos espectáculos, concertos e festivais de música, admitiu ao CannaReporter que não tem “qualquer interesse na agricultura ou em canábis”, mas que as estufas poderão ser alugadas para esse ou outros fins: “as estufas estão lá e podem ser alugadas para agricultura, agora o que as pessoas lá cultivarem, não tenho nada a ver com isso”, sorriu. Ao telefone, Álvaro Covões disse ainda ao CannReporter que o mais provável é que um dia venha a nascer neste terreno um projecto “mais na área do turismo, pois está muito próximo da praia e na primeira linha do Parque Natural” [do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina].

Sobre o facto de esta aquisição ter sido amplamente publicada na Imprensa, Covões disse que não escapou às piadas de alguns amigos. “Era inevitável”, riu.