República Checa: Coordenador Nacional Antidrogas apoia modelo dos clubes sociais de canábis

O primeiro ministro da República Checa, Petr Fiala, anunciou a constituição de um grupo de trabalho composto por especialistas para discutir as questões relativas à legalização do uso adulto de canábis no país, num modelo que deverá seguir o da vizinha Alemanha. Jindřich Vobořil, Coordenador Nacional Antidrogas, será o responsável por juntar o painel e mostrou-se defensor do modelo dos clubes sociais, de acordo com algumas publicações nas suas redes sociais.

Petr Fiala, Primeiro Ministro da República Checa. Foto: D.R.

Apesar de a República Checa já ter dado sinais de que tencionava avançar para a legalização da canábis recreativa, torna-se agora mais claro como o governo do país o pretende fazer. O Coordenador Antidrogas, Jindřich Vobořil, irá constituir um grupo de trabalho para levar a cabo a avaliação sobre a implementação da canábis recreativa, de forma análoga ao que aconteceu na Alemanha.

Vobořil, que é um defensor dos clubes sociais de canábis, afirmou numa publicação no Facebook que quer “manter os clubes de canábis até ao meu último suspiro. Acho este modelo muito útil, pelo menos nos primeiros anos”.

O coordenador partilhou igualmente um vídeo onde tece algumas considerações sobre este modelo.

Em contacto com a Alemanha

Apesar de não haver completo entendimento nas várias medidas que cada país pretende aplicar, Jindřich Vobořil assumiu que está “em contacto directo com nossos colegas da Alemanha e confirmamos repetidamente que queremos coordenar-nos”. O responsável declarou ainda que só haverá novidades a respeito desta avaliação no próximo ano.

De visita aos Clubes Sociais de Canábis

O Coordenador Nacional Antidrogas da República Checa, que visitou um clube de canábis em Barcelona na última semana, confirmou ter-se tornado sócio, apesar de não ser consumidor. Segundo Jindřich Vobořil, os clubes sociais “deveriam fazer parte do modelo de regulamentação proposto na República Checa”, tendo realizado a visita para verificar como estes funcionam (como é que aceitam associados e qual é o ambiente no espaço).

Apesar das considerações positivas relativamente ao ambiente dos espaços, na óptica do oficial Checo faltam ainda algumas respostas, principalmente em relação ao fornecimento e produção, mas também em relação às equipas que trabalham nestes espaços. Afirma ainda que em termos económicos a estruturação “precisa ser claramente definida. Parece que manter tudo não lucrativo não é muito fácil a longo prazo”, concluiu.