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Última hora: Mãe e bebé que foram detidas no Hospital de Cascais já estão em casa

A mãe e a bebé que estavam detidas no Hospital de Cascais desde sexta-feira por suspeitas de utilização de canábis durante a gravidez já tiveram alta e o aval da CPCJ — Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Sintra Ocidental para ir para casa. A notícia foi avançada ao Cannareporter pela própria Isabella Burgos, mãe da bebé, cujo teste toxicológico deu negativo.
Isabela Burgos deu à luz a pequena Tereza na passada quinta-feira, dia 10 de Agosto, no Hospital de Cascais, mas dois dias depois viu ser-lhe negada a alta a si e à sua bebé, por alegadas suspeitas de utilização de canábis durante a gravidez. Contactado pelo Cannareporter, ainda no Sábado, o Hospital de Cascais não se quis pronunciar sobre o caso em específico, pois já estava nas mãos da CPCJ, mas confirmou que o teste toxicológico da mãe era negativo, remetendo a decisão da alta para a assistente social encarregue do caso.
O que aconteceu?
Após alguns desentendimentos com a equipa que assistiu Isabella, Tereza e o pai, Marcos, no pós-parto, o Hospital chamou a GNR e uma assistente social ao local. Inicialmente, a assistente social terá dito a Marcos que tinha sido chamada por causa do seu “comportamento agressivo”, mas depois “disse que foi porque a Isabella contou numa consulta que fumava canábis”, de acordo com declarações de Marcos ao Cannareporter.
Marcos clarificou que essa informação só tinha sido facultada no Centro de Saúde da Parede, durante a primeira consulta de gravidez de Isabella e que a mulher nunca mais fumou durante a gravidez.
O pai queixou-se de retaliação por parte da equipa médica, quando percebeu que tinham ido ao sistema à procura de qualquer coisa que pudessem usar contra eles. “Durante toda a gravidez ninguém se preocupou em perceber se a mãe fumava ou não nem ninguém pediu para fazer testes toxicológicos antes do parto, pegaram nisso porque estavam à procura de alguma coisa para criar todo este transtorno que nos estão a provocar agora”.
Mãe e bebé foram obrigadas a permanecer no Hospital durante o fim-de-semana, já que a CPCJ estava encerrada. Esta manhã, Marcos fez marcação cerrada à porta da CPCJ de Sintra Ocidental, onde inicialmente lhe terão dito que as duas assistentes sociais encarregues do processo teriam ido de férias. Após insistência do pai, a assistente social de serviço acabou por lhe dizer iriam comunicar o seu aval ao Hospital para lhes ser dada alta.
Mãe e bebé tiveram alta ao final do dia de hoje, tendo-se dirigido para sua casa, em Massamá. Isabella desabafou ao Cannareporter: “Conseguimos! Vamos para casa!” e acrescentou apenas que agora queria descansar.
O Cannareporter tentou contactar a CPCJ de Sintra Ocidental ao longo do dia de hoje para obter uma reacção, mas sem sucesso.
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra, Laura Ramos tem uma pós-graduação em Fotografia e é Jornalista desde 1998. Vencedora dos Prémios Business of Cannabis na categoria "Jornalista do Ano 2024", Laura foi correspondente do Jornal de Notícias em Roma, Itália, e Assessora de Imprensa no Gabinete da Ministra da Educação. Tem uma certificação internacional em Permacultura (PDC) e criou o arquivo fotográfico de street-art “O que diz Lisboa?” @saywhatlisbon. Co-fundadora e Editora do CannaReporter® e directora de programa da PTMC - Portugal Medical Cannabis, Laura realizou o documentário “Pacientes” em 2018 e integrou o steering group da primeira Pós-Graduação em GxP’s para Canábis Medicinal em Portugal, em parceria com o Laboratório Militar e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
