O Vice-Primeiro Ministro e o Ministro da Saúde Pública da Tailândia anunciaram que o governo vai oficialmente registar quatro variedades de canábis como Património Nacional. A decisão foi tomada com o intuito de promover a investigação e o desenvolvimento da indústria nacional baseada na planta da canábis e nas suas utilizações medicinais e industriais.
Anutin Charnvirakul, ministro da Saúde, disse ao Bangkok Post que este reconhecimento “vai gerar benefícios económicos para o país, além de aumentar o potencial dos agricultores para competir no mercado global, o que ajudará a reduzir o déficit comercial com outros países”.
Apesar de constar na história como um dos países mais proibicionistas e com as penas mais pesadas para os consumidores de canábis, a Tailândia legalizou a canábis medicinal em 2018 e, antevendo o seu potencial terapêutico e económico, reverteu totalmente a sua posição. Desde 2020, a maior parte da planta foi removida da lista de narcóticos controlados e os produtores locais foram incentivados a cultivar cânhamo e canábis. O auto-cultivo até ao limite de seis plantas foi também autorizado.
A canábis medicinal foi aprovada para uso hospitalar e deve ser prescrita por médicos modernos e médicos tradicionais. Em Fevereiro passado foi aprovado um novo regulamento, com o qual qualquer pessoa maior de idade pode solicitar autorização para cultivar, usar e produzir derivados de todas as partes da planta com menos de 0,2% de THC.
O reconhecimento do Património Nacional anunciado pelo Governo vai aplicar-se a quatro variedades com diferentes concentrações de CBD e THC, algumas delas psicoactivas. Os cultivars (variedades) foram nomeados com os identificadores ST1, TT1, UUA1 e RD1. O ministro da saúde disse que os registos de variedades aguardam a certificação do Departamento de Agricultura e o processo está previsto para terminar no final deste mês.
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