Connect with us

Internacional

Curaleaf obrigada a remover produtos em Nova Iorque por ter alterado métrica de THC no rótulo sem autorização

Publicado

em

A Curaleaf foi recentemente obrigada a retirar dezenas de milhares de unidades de frascos de flor seca de canábis das prateleiras dos dispensários de Nova Iorque. De acordo com o NY Cannabis Insider, a empresa mudou para uma forma não autorizada de rotular a potência, que levou os pacientes a acreditar que a canábis que compravam era muito mais forte do que o habitual. Esta não é a primeira vez que a Curaleaf tem problemas com os rótulos das suas embalagens. No ano passado, a empresa já tinha trocado rótulos de THC por CBD (e vice-versa) em produtos da marca “Select” e acabou a enfrentar sete acções judiciais federais nos Estados Unidos, tendo admitido na altura um “erro humano não intencional”. 

Desta vez, o problema verificou-se depois de a Curaleaf ter começado, no passado mês de Julho, a colocar nos rótulos as medidas do “peso seco”, sem a autorização do Office of Cannabis Management, o regulador do Estado de Nova Iorque. Em Nova Iorque, todos os produtos exibem no rótulo o “peso húmido”, mas o método do “peso seco” mostra percentagens de THC significativamente mais altas, tornando a canábis mais atraente para os compradores que procuram o maior retorno possível.

O alerta foi dado por um paciente, Tom, que afirmou à NY Cannabis Insider que teve dúvidas e portanto decidiu pedir o certificado de análise à Curaleaf: “Percebi que o THC no rótulo não correspondia ao THC no certificado de análise”. Depois de uma troca de e-mails entre Tom e a Curaleaf, o regulador interveio, a 26 de Julho, enviando um e-mail para a Curaleaf, reiterando que as medições de peso seco “são apenas para fins informativos e não podem ser aplicadas à rotulagem de produtos aprovados até que um método aprovado esteja disponível”.

Stephanie Cunha, porta-voz da Curaleaf, disse ao NY Cannabis Insider que o peso seco “é considerado a métrica mais precisa para o conteúdo de THC em qualquer tipo de amostra de canábis”. E acrescentou que os “estados vizinhos como Connecticut, Nova Jérsia e Maryland exigem testes com base no peso seco”. Cunha explicou ainda que a empresa fez a mudança para fornecer “uma métrica mais precisa e consistente do conteúdo de THC” aos consumidores, mas não respondeu porque é que a empresa não pediu a aprovação do regulador. “A Curaleaf mantém os seus produtos em altos padrões e lamentamos profundamente perante a nossa comunidade de pacientes por qualquer confusão que essa mudança na metodologia tenha causado”.

A Curaleaf disse ainda que removeu “temporariamente certos produtos do mercado, para redistribuir com a medição de peso húmido obrigatória de Nova Iorque”. No entanto, a empresa afirmou estar a trabalhar com o regulador e acredita que o estado de Nova Iorque irá mudar para a métrica do peso seco brevemente.

Consumidores procuram percentagens mais elevadas de THC 

Em questão está a tão polémica questão das percentagens de THC. O mesmo produto pode mostrar uma percentagem de THC de 20%, se usar a métrica do peso húmido, mas pode chegar aos 37% quando usa o teste do peso seco. De acordo com Geoff Brown, farmacêutico da MedMen em Buffalo e co-fundador da revista CannaBuff, “quanto maior a potência da flor, mais vendas desse item vemos”, disse ao NY Cannabis Insider. A mudança para o teste de peso seco resultou num “aumento considerável nas vendas” do produto da Curaleaf na sua loja, disse Brown, mas deixou a equipa do dispensário com dúvidas.

Bob Miller, COO da ACT Laboratories, explicou que do ponto de vista do laboratório, o peso seco permite comparações mais precisas de produto para produto ou de laboratório para laboratório. A desvantagem dessa abordagem é que ela é enganosa para os pacientes… por isso inflacciona a potência”.

Do lado dos pacientes, Timothy Mitchell, confessou ao NY Cannabis Insider que a rotulagem incorrecta da Curaleaf é problemática, tanto para a precisão como para a transparência: “os pacientes devem ser capazes de avaliar com precisão a sua dose. O uso medicinal é sobre o alívio dos sintomas e muitos de nós têm uma ideia clara do que é preciso para obter o resultado necessário. Por uma questão de transparência, é importante ter informações exactas, porque alguns usam a canábis medicinal depois de não obter resultados do sistema médico/farmacêutico e/ou após sentir-se enganado com promessas não cumpridas. Ter de questionar se os nossos dispensários estão ou não a enganar-nos conscientemente seria mais um revés”, disse.

 

____________________________________________________________________________________________________

[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]

____________________________________________________________________________________________________

O que fazes com 3€ por mês? Torna-te um dos nossos Patronos! Se acreditas que o Jornalismo independente sobre canábis é necessário, subscreve um dos níveis da nossa conta no Patreon e terás acesso a brindes únicos e conteúdos exclusivos. Se formos muitos, com pouco fazemos a diferença!

+ posts
Clique aqui para comentar
Subscribe
Notify of

0 Comentários
Inline Feedbacks
View all comments
Publicidade


Veja o Documentário "Pacientes"

Documentário Pacientes Laura Ramos Ajude-nos a crescer

Mais recentes

Nacional1 dia atrás

Álvaro Covões, que adquiriu terreno da Clever Leaves, diz que não tem “qualquer interesse em cultivar canábis”

No início de Abril, noticiámos que Álvaro Covões, fundador e CEO da ‘Everything is New‘, tinha comprado o terreno onde se encontrava...

Opinião1 dia atrás

A vantagem regulatória de Portugal na indústria da canábis

No cenário dinâmico do cultivo europeu de canábis, Portugal emergiu como um líder interino. Embora partilhe muitas vantagens naturais com...

Eventos6 dias atrás

ICBC Berlim volta a brilhar. É o início de uma nova era para a indústria da canábis na Alemanha

A ICBC Berlin foi a primeira grande conferência internacional sobre canábis a ocorrer após a legalização do uso adulto na...

Internacional6 dias atrás

EUA: Produtos de Mike Tyson recolhidos por contaminação de bolor

As autoridades da Califórnia emitiram um aviso de recolha obrigatória para dois produtos da marca de canábis de Mike Tyson,...

Eventos1 semana atrás

O 4:20 está a chegar e há celebrações no Porto e em Lisboa

A data da celebração da cultura da canábis está a chegar! Este sábado, 20 de Abril, é o dia em...

Internacional1 semana atrás

Paul Bergholts, alegado líder da Juicy Fields, detido na República Dominicana

Paul Bergholts, o alegado líder do esquema em pirâmide Juicy Fields, terá sido detido na República Dominicana e será submetido a...

Saúde2 semanas atrás

Canabinóides revelam resultados promissores no tratamento do Transtorno da Personalidade Borderline

Uma investigação levada a cabo pela Khiron LifeSciences e coordenada por Guillermo Moreno Sanz sugere que os medicamentos à base de...

Internacional2 semanas atrás

Caso Juicy Fields: 9 detidos pela Europol e Eurojustice. Burla ultrapassa 645 milhões de euros

Uma investigação conjunta conduzida por várias autoridades europeias, apoiadas pela Europol e pela Eurojust, culminou na detenção de nove suspeitos...

Internacional2 semanas atrás

Utilizadores regulares de canábis podem necessitar de mais anestesia durante procedimentos médicos

Os utilizadores regulares de canábis podem necessitar de mais anestesia durante os procedimentos médicos para permanecerem sedados, se comparados com...

Internacional2 semanas atrás

O futuro do CBD no Japão: Como as reformas legais irão moldar o mercado

No final do ano passado, o Japão deu um grande passo em direcção à reforma da canábis depois de aprovar...