Nacional
André Ventura diz que quer “Limpar toda a canábis de Portugal”

André Ventura, o conhecido líder do partido político português de extrema-direita, Chega, disse que quer “limpar toda a canábis de Portugal” e que o quer fazer utilizando técnicas EU-GMP. O Chega é o único partido português que se assume manifestamente contra a legalização da canábis no país.
Apesar de esta notícia ser, obviamente, uma mentira do dia 1 de Abril, a verdade é que nas últimas eleições o Chega aumentou consideravelmente o número de deputados, de 12 para 50 assentos parlamentares. Esta representação Parlamentar poderá dificultar ou atrasar cada vez mais uma eventual regulamentação do uso adulto de canábis em Portugal. O que não é mentira é que, em comparação, a legalização do uso recreativo de canábis entrou precisamente hoje em vigor na Alemanha.
O Chega e a canábis: Ficção ou realidade?
Um dos lemas utilizados pela campanha política do Chega nas últimas eleições legislativas foi “Limpar Portugal”, numa alusão aos imigrantes, mas que também se poderia aplicar à canábis, uma vez que o Chega é assumidamente contra a legalização. “Um charro é o início de uma vida na toxicodependência”, afirmou um dos seus representantes na Assembleia da República.

André Ventura, líder do Chega, admitiu ter fumado canábis na sua juventude. Foto: D.R.
Apesar da sua posição pública, André Ventura assumiu ter fumado canábis na juventude, depois de algumas imagens suas de 2015 terem sido tornado públicas, onde aparece com um charro na mão.
No entanto, rejeitou lições de moral: “No dia em que eu ou o Chega recebermos lições de moral dos amigos da marijuana e do charro, Portugal estará perdido. Habituem-se, connosco será diferente”, disse no Facebook, reagindo a uma acusação de alta de seriedade do Bloco de Esquerda, a quem acusou de serem “amigos da marijuana e do charro” recusando ainda “lições de moral”.
Num debate que decorreu na Assembleia da República, em Setembro do ano passado, Pedro dos Santos Frazão, em representação do Grupo Parlamentar do Chega, deixou explícita a rejeição do partido a uma eventual regulamentação da canábis.
Para o efeito, o deputado citou Nelson Carvalho, director de serviços da Unidade operacional para os Comportamentos Aditivos e Dependências da Madeira: “Sou totalmente contra a legalização da canábis. Aliás, faz-me um pouco de confusão porque estamos a atravessar uma política do tabaco altamente restritiva e estamos a atravessar uma política altamente liberalizado da canábis. Isto é preocupante”. O deputado defendeu ainda que a legalização defende um problema de saúde pública terminando com a citação do psicólogo madeirense de que “a legalização é uma questão política e não de saúde”. O deputado debruçou-se igualmente na opinião coordenador do antigo Plano Nacional de Saúde mental, que, segundo o deputado, “não acreditava que a legalização da canábis de forma recreativa iria trazer benefícios no combate à toxicodependência”.

Pedro Santos Frazão deixou claro na Assembleia da República que o Chega é contra a legalização da canábis
Pedro Santos Frazão exprimiu que este tema não é um problema científico, defendendo que vários cientistas que vieram à Assembleia da República são contra a legalização da canábis, e acusa o partido socialista de aprovar “aquilo é o seu desiderato pelas leis contra do que dizem os especialistas”. Referindo-se ao seu partido, Frazão defendeu que “temos a rua connosco, sabemos que temos as famílias connosco”, acrescentando que “um charro é o início de uma vida na toxicodependência”.
Pode parecer mentira, mas tirando a “limpeza” da canábis, tudo o que aqui escrevemos é verdade.
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[Aviso: Por favor, tenha em atenção que este texto foi originalmente escrito em Português e é traduzido para inglês e outros idiomas através de um tradutor automático. Algumas palavras podem diferir do original e podem verificar-se gralhas ou erros noutras línguas.]____________________________________________________________________________________________________
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Licenciada em Jornalismo pela Universidade de Coimbra, Laura Ramos tem uma pós-graduação em Fotografia e é Jornalista desde 1998. Vencedora dos Prémios Business of Cannabis na categoria "Jornalista do Ano 2024", Laura foi correspondente do Jornal de Notícias em Roma, Itália, e Assessora de Imprensa no Gabinete da Ministra da Educação do XXI Governo Português. Tem uma certificação internacional em Permacultura (PDC) e criou o arquivo fotográfico de street-art “O que diz Lisboa?” @saywhatlisbon. Co-fundadora e Editora do CannaReporter® e coordenadora da PTMC - Portugal Medical Cannabis, Laura realizou o documentário “Pacientes” em 2018 e integrou o steering group da primeira Pós-Graduação em GxP’s para Canábis Medicinal em Portugal, em parceria com o Laboratório Militar e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
